Dou a
Frelimo o prazo de uma semana para dizer o que quer
Dhlakama promete reagir numa semana se Frelimo rejeitar governo de gestão em Moçambique
O líder da Renamo, maior partido de oposição, Afonso Dhlakama, prometeu este sábado, num comício em Tete, centro do país, reagir numa semana caso a Frelimo, no poder, não aceite a sua proposta de um governo de gestão.
"Eu não vou ajoelhar-me à Frelimo [Frente de Libertação de Moçambique] porque não fui eu que roubei votos, mas os ladrões e comunistas da Frelimo é que se vão ajoelhar a mim, porque vou responder-lhes dentro de uma semana, caso eles continuem a brincar com o povo", declarou o presidente da Renamo [Resistência Nacional Moçambicana], no dia em que o Presidente da República, Filipe Nyusi, anunciou o novo elenco governativo do país.
Num comício bastante concorrido, Dhlakama voltou a falar num governo de gestão, como forma de ultrapassar o que alega ter sido uma fraude nas eleições gerais de 15 de outubro, mas não deu indicações sobre a resposta que pretende dar caso a sua exigência continue a ser recusada.
"O povo está comigo e, se quisermos, podemos tomar este país, mas não é isso que eu pretendo. A Renamo não quer mais voltar à guerra", afirmou o líder histórico do principal partido de oposição e candidato derrotado nas últimas presidenciais.
Dhlakama pediu à assistência para não se preocupar com a posse de Nyusi, realizada na quinta-feira, porque "quem tomou posse foi um presidente da Frelimo", para liderar "um governo composto por ladrões e não um governo vindo da vontade do povo".
"Nenhum presidente neste país pode competir com o Dhlakama, o que a Frelimo está a fazer é uma brincadeira e desta vez nós vamos reagir porque o povo esta connosco", afirmou.
O porta-voz da Renamo anunciou hoje à Lusa a realização de uma reunião, na terça-feira em Caia, província de Sofala, de Dhlakama com os principais quadros do partido, incluindo os 89 deputados que faltaram à cerimónia de posse da Assembleia da República no dia 09 de janeiro, para discutir a estratégia do partido e que passa pela criação da república autónoma do centro e norte de Moçambique.
O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, nomeou Carlos Agostinho do Rosário, embaixador na Indonésia e Timor-Leste, para o cargo de primeiro-ministro, informou hoje a presidência moçambicana.
O elenco do novo Governo terá 22 ministros, menos sete do que o anterior, e seis nomes transitam do executivo de Armando Guebuza para o novo de Filipe Nyusi.
Antes do comício de Dhlakama, tanto o porta-voz da Renamo, António Muchanga, como o membro da Comissão Política do MDM (Movimento Democrático de Moçambique) Lutero Simango tinham acusado Nyusi de contrariar o seu discurso de posse, na quinta-feira, e nomear um Governo de base partidária.
Lusa
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