Por Redação, com Vermelho - de Londres
Julian Assange mostra que a sua organização não está paralisada e presta homenagem aos 232 jornalistas presos no mundo, defendendo que “a verdadeira democracia não está na Casa Branca, está na resistência das pessoas que usam a verdade contra as mentiras, desde a praça Tahrir a Londres”. Artigo |21 Dezembro, 2012 – 13:05 Assange falou pela segunda vez da janela da embaixada do Equador em Londres.
- O próximo ano será tão cheio como 2012. A Wikileaks prepara a publicação de um milhão de documentos que dizem respeito a todos os países do mundo”, declarou Julian Assange em conferência de imprensa realizada na janela da embaixada do Equador em Londres, onde está refugiado há seis meses.
- Há seis meses, 185 dias, que entrei neste edifício que se tornou a minha casa, o meu escritório e o meu refúgio”, salientou Assange, que vive em reclusão desde que em junho se refugiou na embaixada do Equador que depois lhe concedeu asilo político, acolhendo a argumentação do editor da Wikileaks que, se fosse enviado para a Suécia, arriscava-se a ser extraditado para os Estados Unidos e ser condenado à pena de morte.
O editor da Wikileaks evocou ainda os jornalistas presos em todo o mundo, afirmando que, apesar de a sua própria liberdade estar limitada, ainda pode trabalhar e comunicar-se, ao contrário dos 232 jornalistas que estão na cadeia.
O jornalista australiano recordou que o Pentágono alegou recentemente que a Wikileaks era “um crime em marcha”, e que enquanto a Casa Branca tiver esta opinião e enquanto o governo australiano não o defender a ele, que é cidadão australiano, terá de se manter na embaixada. E acusou Washington de “ingerências na economia” do Equador e de interferência nas eleições presidenciais que decorrerão em janeiro naquele país.
- A verdadeira democracia não está na Casa Branca, está na resistência das pessoas armadas com a verdade contra as mentiras, desde a praça Tahrir (no Cairo) até Londres – defendeu.
Mas o fundador da Wikileaks abriu uma porta à negociação com as autoridades britânicas, que não lhe permitem a saída da embaixada: “A porta está aberta, e sempre esteve aberta para qualquer um que deseje usar os procedimentos padrão para falar comigo ou garantir-me passagem segura”, disse.
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