O Japão condenou este ano à pena capital sete pessoas,
enquanto o número de presos no corredor da morte ascende a um recorde de 133
condenados.
O Japão, o único país desenvolvido e democrático que aplica a pena de morte,
a par dos Estados Unidos, executou três condenados em março, dois em agosto e
dois em setembro, depois de no ano passado não ter condenado ninguém à pena de
morte e de em 2010 ter aplicado a pena capital a dois condenados.
O número de condenados à morte executados este ano é o mesmo registado em
2009, enquanto em 2008 foram executados 15 condenados.
Desde 2009 foram condenadas 15 pessoas à pena de morte, três das quais foram
executadas na forca, método que o Japão aplica secretamente, sem aviso prévio
nem testemunhas.
Segundo uma sondagem oficial realizada em 2009, mais de 85% dos japoneses
apoia a pena de morte, considerando-a como uma medida "inevitável", apesar dos
protestos de várias organizações humanitárias e de diversos grupos civis.
O último protesto contra a pena de morte no Japão teve lugar no início de
outubro, quando cerca de 280 pessoas se manifestaram em Tóquio, dez dias depois
da execução de dois condenados e em vésperas da celebração do Dia Mundial contra
a Pena de Morte.
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