Thursday, December 27, 2012

Rebeldes tomam mais duas cidades

 

por Lusa, publicado por Luís Manuel Cabral22 dezembro 20121 comentário
A coligação rebelde centro-africana Séléka anunciou hoje que tomou duas novas cidades na República Centro-Africana, depois de apelos dos chefes de Estado da África central para negociações.
"Na sexta-feira à noite, uma coluna de viaturas das FACA (Forças Armadas Centroafricanas) dirigiu-se até às nossas posições. Nós respondemos e fomos obrigados a tomar Ippy (no centro do país). Estamos atualmente estacionados em Ndassim (também no centro), que ocupámos esta noite", afirmou, em declarações à agência France Presse em Libreville, capital do Gabão, o porta-voz do Séléka, Eric Néris Massi, a partir de Paris.
"[O presidente da Republica Centro-Africana, François] Bozizé não tem intenção de respeitar um cessar-fogo, e se as suas colunas de veículos vierem ao nosso encontro, não teremos outra opção que não seja reagir", garantiu o porta-voz.
Os rebeldes da coligação Séléka pegaram em armas há dez dias, tendo já tomado posse de várias cidades no norte da República Centro-Africana para reivindicar, em particular, "o respeito" pelos diferentes acordos de paz assinados entre 2007 e 2011, que previam, nomeadamente, um processo de desarmamento e de reinserção dos ex-combatentes.
Na sexta-feira os rebeldes tinham assegurado que suspenderiam as suas operações "de modo a dar uma oportunidade ao diálogo", ao mesmo tempo que os chefes de Estado da Comunidade Económica dos Estados da África Central estiveram reunidos para discutir a crise centro-africana.
De acordo com o comunicado emitido no final da reunião, que aconteceu na capital do Chade, N'Djamena, ficou excluída a opção militar para resolver a crise, apelando-se a uma abertura imediata de negociações em Libreville, entre o Séléka e o Governo de Bangui (capital da República Centro Africana).
Os chefes de Estado da África Central pediram a retirada dos rebeldes para a sua posição inicial, num prazo máximo de uma semana, mas o porta-voz do Séléka, em reação, afirmou "ser difícil concretizar uma retirada sem um acordo prévio de cessar-fogo.
 
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