Tuesday, December 18, 2012

Uma questão de confiança

José Ribeiro |

 
16 de Dezembro, 2012
Os angolanos conseguiram progredir nas últimas décadas porque confiaram nas suas capacidades e acreditaram no futuro. Estes são os principais ingredientes de um “milagre” que fez de Angola o país que hoje se afirma no concerto das nações e já é parte indispensável para soluções necessárias na África Austral e noutros continentes.
Os angolanos são um povo reconciliado com o passado e de mangas arregaçadas constroem a sociedade justa e solidária que habita os seus sonhos há muitos anos, mas que foi sendo adiada por força da cobiça oportunista.
A Angola da paz e da justiça renasce. Nos últimos dez anos Angola fez mais obras públicas do que muitos países num século. Os investimentos no sector social são dos mais elevados do mundo. Falamos de educação, saúde, emprego, justiça, prestações sociais, habitação, juros bonificados. No próximo ano o sector social tem, em previsão, um aumento superior a 33 por cento no Orçamento Geral do Estado. São milhares de milhões de kwanzas destinados a melhorar o nível de vida dos angolanos e a aprofundar a democracia.
O programa de governo sufragado por mais de 72 por cento do eleitorado, apela a todos os angolanos – e não apenas aos que confiaram o seu voto à maioria – para que continuem a trabalhar por um futuro melhor. Angola ainda tem tantos e tão grandes desafios pela frente que todos são poucos para que os projectos estruturantes sejam executados. Há uma imensidão de problemas na saúde e no saneamento básico, na habitação e no ordenamento urbano, no ensino e na investigação sociológica, nas empresas e na gestão do capital humano.
Cada partido tem de assumir as suas responsabilidades próprias e fazer tudo para melhorar a vida das populações. Ninguém tem de abdicar da sua ideologia, doutrina ou convicções. Mas todos têm o dever de procurar dar a Angola tudo o que ainda lhe falta. Cada partido, cada político, deve ter como ponto de honra engrandecer o país, com propostas viáveis e ideias inovadoras. Os angolanos, nestes anos de construção de uma sociedade mais estável, mais justa e democrática, têm de dar o melhor de si. Mas têm sobretudo que dar as mãos e confiar. A força que alimenta a vida é a fé e a confiança.
Quando vemos muitos edifícios antigos, ainda do tempo do colono, podres e a desabar, pondo em risco vidas humanas, é preciso perceber a necessidade de agir rapidamente. Quando a falta de higiene conduz ao risco de epidemias graves, devemos ouvir o que dizem as autoridades. Quando as chuvas chegam e surge o risco da malária, é preciso começar a pulverizar de imediato. Temos de confiar uns nos outros, não apenas nos mais próximos. É muito importante confiar também nos que estão distantes das nossas ideias e dos nossos projectos, mas sabem do assunto e querem ajudar.
Os angolanos vão até onde quiserem, se forem capazes de confiar em si e nos seus representantes no poder legislativo, executivo e judicial. Já muita coisa foi feita em dez anos de paz e grandes problemas ultrapassados. Outras ficaram a meio. Mas o importante é agir, fazer, construir, avançar. Para isso, é preciso confiarmos nas nossas capacidades. A confiança cria espaço para todos nos entendermos e darmos as mãos.
Os angolanos têm de confiar em José Eduardo dos Santos. Não há um único cidadão angolano que tenha razões para não confiar no Presidente da República e Chefe do Executivo. Os resultados da sua liderança estão à vista e são importantes. Negá-los ou desvalorizá-los é negar a realidade.
Os resultados eleitorais deste ano não podem ser ignorados nem postos em causa. Os angolanos sempre que foram chamados a votar, fizeram-no em consciência. E as suas opções não foram ditadas por campanhas de propaganda ou por artes de uma qualquer manipulação. Quem pensa assim não conhece o país nem os angolanos. É pura estultícia pensar que mais de 72 por cento dos angolanos escolheram José Eduardo dos Santos para Presidente da República e Chefe do Executivo por qualquer acção de manipulação. Os angolanos são muito politizados e têm uma consciência política aguda. Nunca tiveram dúvidas quanto às suas escolhas políticas. José Eduardo dos Santos é de confiança, inspira confiança, porque é um homem do povo, que assumiu sempre as suas responsabilidades mesmo quando era mais fácil retirar-se.
Os angolanos confiam em José Eduardo dos Santos porque ele é um homem de trabalho e tem obra feita. Não ataca ninguém, não insulta os adversários, não lança suspeitas sobre a sua honorabilidade, não fala dos familiares dos outros líderes partidários. Sempre que acha necessário, fala com o povo. Transmite as suas mensagens e continua a fazer o seu trabalho, determinado. Sabe que existe uma relação de confiança muito forte entre ele e os angolanos.
Parece claro que esta realidade enerva muita gente, sobretudo os que fazem da política apenas a arte da fuga ao entendimento, da conspiração e da destruição. Em Portugal há hoje, também, um grande nervosismo em relação ao “fantasma” angolano. Às elites corruptas daquele país só falta dizer que não querem ali os bens e investimentos angolanos e que os vão expulsar, para enterrarem ainda mais o seu país na crise.
A prova de que as mudanças em Angola, nas últimas décadas, foram profundas é que a nossa riqueza está a servir fundamentalmente os angolanos e não se dirige apenas para alimentar apetites insaciáveis. Com José Eduardo dos Santos, estamos certos que é sempre assim. Também por isto, os angolanos confiam no seu líder. O sucesso de Angola é uma questão de confiança.

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