- 10 Dezembro 2012
- Opinião
Brasil - A história do surgimento de algumas instituições nem sempre está a prova de suspeitas, quando as mesmas existem, que lhes tornariam mais dignas na ausência destas, diante da sociedade que muitas vezes dizem defender e até edificar valores culturais comuns a toda nação, quando o que se deseja é a construção desta em que todos possam se refletir, sem as discriminações que levam a degradação humana.
Fonte: www.blogdonelodecarvalho.blogspot.com
Crimes: Opiniões tóxicas criada por este canal público de informação
Numa Angola de tantos conflitos o papel das instituições públicas ou privadas, além dos objetivos primários e originais a que se propõem cada uma delas, estar em sincronia com aquilo que mais preocupa a cidadania é condição necessária e suficiente para não se encontrar ao lado do que há de mais reacionário e oportunista dentro da sociedade Angolana: a Corrupção.
Se um dia a história de Angola pós-independência for escrita de tal forma que não só os vencedores, e os habituais “defensores do povo”, tenham interesses numa verdade que lhes convém; e que mesmo sendo a verdade das verdades; o Jornal de Angola poderá ser também acusado não só de inventar crimes contra os adversários políticos daqueles que sempre controlaram a mesma publicação, mas também de ocultar e omitir os mesmos do poder em situação. Para mim, diante dos fatos, na fabricação e na omissão já não existem diferenças.
Crimes que se a nação tivesse consciência dos mesmos, com certeza, os destinos do país e da recente democracia angolana seriam outros.
Destinos que para bem, o país não teria a fama de o país mais corrupto do mundo, onde nenhum crime de corrupção é combatido. Ao contrário, as práticas dos mesmos são vistas como meios e instrumentos de empreendedorismo atribuídos a seres privilegiados, principalmente, quando estes seres são os herdeiros dos homens do poder.
E o silêncio sobre esses atos criminosos, vindo do Jornal de Angola, de garganta profunda quando são os outros a serem denunciados e os adversários dos que estão no poder, nada tem a ver com a velha e a famosa desculpa esfarrapada de se manter e salvar a integridade Nacional diante de uma suposta ameaça de inimigos interno e externos. Como se a própria corrupção, fenômeno igualmente angolano e mais interno do que externo, não oferecesse um perigo à integridade da Nação; não oferecesse um perigo a Unidade Nacional; como se a própria corrupção não fosse mais do que um vício sócio-político e econômico que poderia levar o país a desembocar numa guerra.
Com ajuda do Jornal de Angola criou-se a opinião de que o perigo sempre vem dos outros. Vem daqueles que estão na oposição ou que simplesmente criticam o governo corrupto de José Eduardo dos Santos e o Partido no poder que o mesmo dirige. Opinião que criminosamente ao longo dos trinta e sete anos de independência a maldita instituição soube incutir na mentalidade do cidadão angolano.
A vítima, como uma esponja, que absorve as opiniões tóxicas criada por este canal público de informação é quase sempre aquele cidadão que orgulhosamente se identifica como militante e simpatizante do MPLA, tem orgulho de ser defensor e membro desse partido, mesmo quando carrega na sua mente o veneno prejudicial que atrapalharia as boas relações humanas, que deveriam existir com outros grupos de cidadãos que não comungam as mesmas ideias e crenças. Este Jornal e outros meios de comunicação públicos inventaram as crenças diabólicas do ser e o não ser o bom e o típico cidadão, que deve depositar sua crença e confiança política ao MPLA e aos corruptos que estão no poder.
Sabe-se, e isso não é segredo para ninguém, que o Jornal de Angola criou a maior calúnia difamatória que já tivemos em Angola contra determinados grupos étnicos. Muitos de nós até hoje recordamos o canibalismo protagonizados pelos homens da FNLA, os homens de Holden Roberto, assim como o grupo étnico que os mesmos representavam. Tudo isso foi obra da famigerada publicação.
E os homens do poder que no passado comandaram aquele Jornal, hoje ainda com a mesma arrogância e ambição de poder em que sempre estiveram caracterizados suas atitudes, continuam a dar diretrizes ao mesmo Jornal: são os polêmicos herdeiros de Agostinho Neto. Que ajudam no presente a distorcer a posição histórica em que este último merece e deveria estar. Não adianta acusar a oposição e quem odeia o lixo que o MPLA nos últimos quase 40 anos andou jogando por em cima de todos os angolanos, de serem formadores de calúnias contra o nosso herói. Estes que hoje estão no poder, com suas truculências e bandidismo, também ajudam a desmistificar a saga do Herói Nacional que é e deveria ser o Grande Manguxi.
O Jornal de Angola não parou de cometer seus crimes. E com a mesma ideologia difamatória e de calúnias, quando é possível, hoje, calunia a quem acusa o governo angolano de corrupto. Não acusar esse governo ( o mesmo desde 1975) diante de tanta confusão social é compactuar com o que há de mais imundo e promíscuo na sociedade angolana: a corrupção. E ninguém tem obrigação de aceitar tal sujeira.
E não só, o Jornal omite a todos os angolanos o fato de que Angola é governado verdadeiramente por uma quadrilha de bandidos e gentalha da pior espécie. Na verdade, a omissão é o ato administrativo institucional que esse Jornal usa para se relacionar e estar em sincronia com os homens do poder.
Um sincronismo que tem como objetivo estar de acordo com toda a ignorância, a burrice e a mentira; um outro ato administrativo, daqueles que vêm do poder de governar, que só José Eduardo dos Santos e alguns membros do MPLA têm. Esses subsidiam aquela instituição com o pensamento que pouco interessa a civilidade e a própria democracia.
Quando o interesse é de se manter no poder, tudo vale, até criminalizar os adversários.
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