© Colagem: Voz da Rússia
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No início de novembro, em Bruxelas, a Catalunha apresentou o plano de independência da Espanha e da sua adesão à UE.
No dia 25 de novembro os catalães vão participar de eleições legislativas regionais. A vitória, provavelmente, vai ser dos separatistas locais. Exigindo a soberania e não apenas autonomia, eles, na opinião dos especialistas, estão contribuindo para o fim da ideia de integração europeia.
Depois de ganhar as eleições regionais, os separatistas querem incentivar um referendo regional sobre a separação. O primeiro-ministro da província espanhola, Artur Mas, falando com funcionários europeus, disse que a Catalunha não é a única região que quer ganhar a independência. Segundo ele, recentemente têm fortemente aumentado as chances da separação da Catalunha da Espanha, Flandres – da Bélgica, e Escócia – do Reino Unido. Mas com tudo isso, a Catalunha quer ficar na UE.
Mas Bruxelas, de certo modo, acalmou o entusiasmo dos catalães. No caso da separação da Espanha e apresentando a solicitação da adesão à UE, eles terão que ficar no fim da fila dos outros que desejam aderir à União e passar por todos os procedimentos previstos. Enquanto isso, os catalães estimulam o interesse econômico, diz o chefe do Centro da Pesquisa Econômica do Instituto da Globalização e Movimentos Sociais Vassili Koltachov:
"Se a Catalunha se separar da Espanha, a primeira coisa que vai adquirir, será a libertação da pressão que se exerce sobre o conjunto da economia espanhola. Ao mesmo tempo, a Catalunha terá a oportunidade de fugir do euro, lançando a sua própria moeda, a fim de cobrir, de alguma forma, os seus problemas de orçamento. Em particular, vai gradualmente desvalorizar a dívida da Catalunha, que deverá manter após a possível separação do território da Espanha. Ao mesmo tempo, a situação econômica na Catalunha será, certamente, melhor do que no resto da Espanha. Simplesmente, porque será possível não ter a política de austeridade que se baseia na enorme dívida nacional."
Sem dúvida, Madrid vai fazer tudo para que tais planos ambiciosos dos catalães não se tornem a realidade. Porque senão, terá que enfrentar não só perdas na reputação, mas também financeiras. E nisso a Espanha, provavelmente, será apoiada pela União Europeia (embora quase ninguém dos separatistas europeus de hoje esteja contra a integração). No entanto, exatamente os sentimentos separatistas, com a crise econômica no fundo, podem terminar definitivamente com uma Europa unida, deixando na sua superfície os destroços das fronteiras feudais dos reinos e principados medievais.
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