Da redação
É lamentável como a cada dia aumenta o descrédito na quase totalidade dos políticos. Durante os últimos dias diversos veículos de comunicação no Brasil estão divulgando novos fatos sobre uma suposta relação indevida entre o Senador Demóstenes Torres, ex-líder do Partido Democrata (DEM-GO) e o empresário Carlos Augusto Soares, conhecido no Brasil como Carlinhos Cachoeira, investigado por suspeita de contravenção.
Se os fatos relatados pela imprensa forem confirmados, será mais uma decepção para todos aqueles que depositaram alguma esperança nos discursos em favor da ética proferidos pelo Senador Demóstenes Torres, num estilo destemido, elegante e convincente.
Fatos dessa natureza trazem novamente à baila aquela pergunta que tem incomodado milhões e milhões de brasileiros: Será que os cidadãos estão preparados para identificar os verdadeiros e os falsos políticos?
Tudo indica que ainda estamos muito distantes de atingirmos um grau de compreensão política que nos leve a uma mais correta avaliação dos nossos representantes políticos. A maior parte dos brasileiros se encanta facilmente com a arte discursiva dos nossos políticos, que de maneira eloquente, cativam multidões de seguidores que aceitam como verdade aquilo que muitos políticos dizem.
Conforme observam Eire (2001) e Vallejo (2001), a retórica sempre esteve associada com a política, com a arte de discursar com eloqüência diante das multidões. A persuasão não pode, de modo algum, ser reduzida a um sinônimo de enganação. O poder da persuasão é tão antigo como a humanidade. O sucesso da persuasão vai além da força dos seus argumentos, diz respeito também a personalidade credível e responsável do orador.
Um motivo para o povo brasileiro ter errado tanto no difícil desafio de identificar os verdadeiros e falsos políticos reside no fato de que não aprendemos a fazer uma correta análise crítica entre o discurso, a prática política e a ética política. Confiamos muito facilmente em qualquer palavra, em qualquer promessa, em qualquer lágrima de um político.
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