O historiador britânico teve uma visão privilegiada das transformações sociais, políticas e econômicas que marcaram o mundo moderno.
"A idade produz um tipo de perspectiva histórica", dizia Eric Hobsbawm. Durante os seus 95 anos de vida, o historiador britânico teve uma visão privilegiada das transformações sociais, políticas e econômicas que marcaram o mundo moderno.
A obra-prima de Hobsbawm é o livro "Era dos Extremos, o breve século XX", o último de quatro volumes sobre a história da humanidade desde o século XVIII.
O livro, que foi traduzido em 40 línguas, inclusive o português, analisa as décadas entre a Primeira Guerra Mundial, o colapso da União Soviética e a integração europeia.
Época que coincide com o tempo de vida de Hobsbawm, que nasceu em Alexandria no Egito, filho de um inglês com uma austríaca, em 1917, ano da revolução russa. Viveu na Áustria e na Alemanha, em plena ascensão do nazismo.
Aos 14 anos, se filiou ao Partido Comunista, uma ideologia que manteve até o fim. Em 2003, a primeira edição da Festa Literária de Paraty contou com a presença do historiador.
Eric Hobsbawm morreu de pneumonia na madrugada de segunda-feira num hospital, no norte de Londres, cidade que ele adotou há 79 anos. O historiador deixa a mulher, três filhos, sete netos e um bisneto, além de milhares de leitores mundo afora que aprenderam, com ele, a importância de entender a história do nosso próprio tempo.
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