O Intercept Brasil publica hoje mais uma história exclusiva. Durante três meses investiguei as relações das dinastias que dominam a Justiça Federal no Amazonas. Partindo de uma denúncia anônima, encontrei casos que ilustram os abusos existentes nas entranhas do judiciário. Ganhos milionários, favorecimentos, negociações suspeitas e nepotismo. O TJ amazonense é um negócio para poucas e abastadas famílias.
Identifiquei sete famílias com grande influência para agregar parentes no tribunal. Isso pode acontecer através do possível beneficiamento em concurso público ou da distribuição de cargos de confiança com gratificações generosas.
Uma das histórias que conto é a da família Caminha, dos gêmeos Igor e Yuri Caminha Jorge, filhos da desembargadora Nélia Caminha. Eles foram aprovados em um concurso para juiz que oferecia 23 vagas, ficando no 34º e 43º lugar, respectivamente.
Uma semana após a publicação do resultado, um deles participou, acompanhado da mãe, de uma reunião entre o presidente do tribunal e uma comissão de aprovados. O encontro tratou da necessidade de agilizar a nomeação de mais juízes. Um mês depois o tribunal encaminhou um projeto de lei que criava 12 cargos de juízes auxiliares e seis meses depois do resultado do concurso Igor e Yuri foram chamados para assumir o cargo que atualmente lhes garante um salário bastante generoso.
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