O recente entendimento entre o PR Filipe Nyusi e o Coordenador da Renamo, Ossufo Momade, na Beira foi, um encontro de princípios e o estabelecido prazo de dez dias se insere nesse contexto, clarificou um elemento ligado a estratégia negocial do maior partido da oposição. A Renamo, disse-me a fonte, espera pela assinatura nos próximos dias de um acordo sobre "questões militares" formalizando aquele entendimento.
So depois desse acordo, a Renamo começará a contar os 10 dias para apresentar sua lista de oficiais para integração em lugares de chefia no Estado Maior do Exercito e no Comando Geral da Policia. No entendimento da Renamo, na Beira houve apenas uma clarificação de princípios. O processo vai avançar com um "acordo formal" que clarifique o papel de cada um dos lados e um cronograma completo para a desmilitarização, incluindo elementos concretos sobre a reintegração social dos seus homens.
Nos ultimos dias tem crescido um tom de desconforto nalguma opinião publica, em organizações da sociedade civil e chancelarias ocidentais, que esperavam um maior cometimento da Renamo depois dos entendimentos da Beira. Por outro lado, Armando Ossudo foi citado nalguma imprensa dizendo que o prazo dos 10 dias estavam expirando e a chefe da Liga da Mulher da Renamo disse ha dias em Tete que o seu partido nao entregaria as listas sem garantias.
A fonte disse-me ontem que esse tom de desconforto era exagerado e mostrava uma falta de conhecimento do processo. Neste momento, disse ela, as negociações estão bem encaminhadas rumo ao referido acordo formal. Para a Renamo a plena integração dos seus oficiais no Exercito e na Policia era condição sine qua non para o processo seguir suas etapas subsequentes, nomeadamente o acantonamento dos seus foot soldiers e consequente triagem para determinacao de quem vai ser encaminhado para as fileiras da PRM e quem seguira para a desmobilização no quadro de um programa "compreensivo" de reintegração social.
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