O
@Verdade havia alertado em Abril último que o Governo de Nyusi,
impossibilitado de contrair mais Dívida Externa, tem financiado o seu
funcionamento desde 2015 com cada vez maior contratação de Dívida
Pública Interna, particularmente através da emissão Bilhetes do
Tesouro(BT), Obrigações do Tesouro(OT) e também pedindo empréstimos
directos ao Banco de Moçambique.
Contrastando com o seu antecessor, que entre 2011 e 2015 havia feito crescer a Dívida Pública Interna de 22,3 milhões de meticais para 69,2 milhões de meticais, Filipe Nyusi tem tido no endividamento interno uma das principais fontes de dinheiro para o seu Governo.
Contrastando com o seu antecessor, que entre 2011 e 2015 havia feito crescer a Dívida Pública Interna de 22,3 milhões de meticais para 69,2 milhões de meticais, Filipe Nyusi tem tido no endividamento interno uma das principais fontes de dinheiro para o seu Governo.
Em pouco mais de 2
anos aumentou-a para 97,7 biliões de meticais, mais de 1000%, sendo que
cerca de metade, 47 biliões de meticais, é dívida directamente
contraída no banco central.
Nem Governo nem o BM revelaram qual é a sustentabilidade da Dívida Pública Interna porém a economista Fernanda Massarongo Chivulele constatou, num artigo publicado em 2015, que a dívida interna “tem como principal finalidade de emissão o pagamento de dívida anterior. O pagamento de bilhetes e obrigações do Tesouro vencidos é a principal finalidade da emissão de Obrigações do Tesouro”.
“O que acontece é uma espécie de jogos Ponzi, isto é dívida paga com nova dívida” explicou ao @Verdade a economista, aludindo ao esquema fraudulento de pirâmide que leva o nome do o imigrante italiano Charles Ponzi, em que são prometidos rendimentos garantidos elevados em troca de um investimento e os juros são pagos com o dinheiro obtido com a entrada de novos participantes ou com novos investimentos dos membros que já integram a pirâmide.
Acontece que os investidores da pirâmide dos Bilhetes do Tesouro e das Obrigações do Tesouro parecem ter perdido a confiança na capacidade do Estado honrar os seus compromissos, afinal tem estado a dar calote aos investidores da Dívida Pública externa desde o ano passado. No último leilão de Obrigações do Tesouro 2017 da 3ª Série o nível de subscrição foi de apenas 45%.
Aliás o montante do actual endividamento revelado pelo BM é igual é o mesmo de 16 de Junho passado, o que indicia que nos últimos dois meses o Executivo não conseguiu contratar mais dívida internamente.
http://www.verdade.co.mz/tema-de-fundo/35/63099
Nem Governo nem o BM revelaram qual é a sustentabilidade da Dívida Pública Interna porém a economista Fernanda Massarongo Chivulele constatou, num artigo publicado em 2015, que a dívida interna “tem como principal finalidade de emissão o pagamento de dívida anterior. O pagamento de bilhetes e obrigações do Tesouro vencidos é a principal finalidade da emissão de Obrigações do Tesouro”.
“O que acontece é uma espécie de jogos Ponzi, isto é dívida paga com nova dívida” explicou ao @Verdade a economista, aludindo ao esquema fraudulento de pirâmide que leva o nome do o imigrante italiano Charles Ponzi, em que são prometidos rendimentos garantidos elevados em troca de um investimento e os juros são pagos com o dinheiro obtido com a entrada de novos participantes ou com novos investimentos dos membros que já integram a pirâmide.
Acontece que os investidores da pirâmide dos Bilhetes do Tesouro e das Obrigações do Tesouro parecem ter perdido a confiança na capacidade do Estado honrar os seus compromissos, afinal tem estado a dar calote aos investidores da Dívida Pública externa desde o ano passado. No último leilão de Obrigações do Tesouro 2017 da 3ª Série o nível de subscrição foi de apenas 45%.
Aliás o montante do actual endividamento revelado pelo BM é igual é o mesmo de 16 de Junho passado, o que indicia que nos últimos dois meses o Executivo não conseguiu contratar mais dívida internamente.
http://www.verdade.co.mz/tema-de-fundo/35/63099
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