A
KROLL, firma norte-americana seleccionada para auditar as contas da
chamada dívida oculta da Ematum, MAM e PROINDICOS, é acusada de estar
por detrás de vários casos de espionagem no Brasil, escreve A Bola
África.
A
imprensa brasileira relata que, em Outubro de 2004, executivos da
empresa foram detidos pela Polícia Federal do Brasil por espionagem
comercial, incluindo a figuras preponderantes do Governo da altura, como
o Presidente Lula da Silva, escreve o jornal.
Noutro
desenvolvimento, A Bola escreve que as autoridades detiveram o
presidente da KROLL no Brasil, Eduardo Sampaio Gomide, o gerente Vander
Aloisio Giordano, a investigadora Júlia Marinho Leitão da Cunha e
Rodrigo de Azevedo Ventura, além de Ricardo Sanchez, ambos acusados de
operar sofisticados equipamentos de escuta, que também foram
apreendidos.
Segundo
denúncias jornalísticas, alguns membros do Governo e importantes
assessores de Lula foram espiados no meio de uma guerra entre grupos
empresariais pelo controle da empresa de telecomunicações Brasil
Telecom, em poder do Banco Opportunity.
A
KROLL teria feito investigações em países como Venezuela, Bolívia,
Cuba, Grécia, Turquia e Sérvia, e na altura, fontes da Polícia Federal
disseram ter provas de que a empresa realizava operações ilegais no
Brasil a pedido da Brasil Telecom, que também deverá responder pelos
delitos imputados.
Em
Moçambique, refira-se, esta firma foi contratada pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) para iniciar brevemente a
investigação, num prazo de 90 dias, sobre as contas da Ematum, MAM e
ProIndicus. A PGR ainda não informou se já assinou acordo com a KROLL,
condição para iniciar a contagem dos dias.
“O
objectivo da Auditoria é fornecer à Procuradoria-Geral da República uma
análise dos contractos de financiamento e dos fundos obtidos dos
mesmos, das aquisições efectuadas, bem como a identificação e análise de
eventuais irregularidades na administração e utilização dos fundos”,
indica o comunicado da Procuradoria-Geral da República publicado
recentemente.
A Auditoria Internacional e Independente é dirigida pela Procuradoria-Geral da República e será financiada pelo governo sueco.
No
processo de selecção do auditor concorreram cinco empresas de reputação
internacional. A KROLL tem 40 anos de experiência de auditoria.
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