Distrito de Murrupula
A s populações da localidade de Naphuco, no distrito de Murrupula, em Nampula, voltaram já a participar no processo da produção agrícola, depois de alguns anos ter sido confrontada com um clima de intranquilidade decorrente das incursões de homens armados supostamente da Renamo, que as obrigou, na altura, a refugiarem-se para distritos vizinhos, como, por exemplo, Mogovolas, em busca de segurança.
Segundo nos afirmou o administrador do distrito de Murrupula, António Saul, em Naphuco, onde durante a guerra civil funcionou uma base da Renamo, já foi erradicado o espectro do terror, mercê do trabalho realizado pelas Forças de Defesa e Segurança.
“Até eu próprio já chego lá para realizar encontros com a população. Nesses encontros, para além da transmissão de mensagens de paz e unidade nacional, apelamos às populações para se engajarem na produção agrícola e serem vigilantes contra os perturbadores da ordem e segurança no seio das comunidades. Não vamos parar por causa de um grupo de pessoas mal-intencionadas e contrárias ao desenvolvimento”, realçou António Saúl.
Num outro desenvolvimento, aquele governante destacou o grande envolvimento que se verifica por parte dos líderes comunitários, não só na mobilização das populações para a necessária vigilância, como também concernente ao redobrar de esforço na produção agrícola para combater a fome.
A nossa fonte esclareceu que algumas pessoas ainda não regressaram à Naphuco, devido ao facto de, nas zonas para onde haviam-se acomodado, terem produzido muita comida que não querem deixar antes da respectiva colheita.
No entanto, o nosso entrevistado lamentou o facto de a movimentação dos homens da Renamo ter prejudicado centenas de crianças que, também, abandonaram as escolas onde estudavam, seguindo os pais e encarregados de educação, tendo sido reintegrados noutros estabelecimentos de ensino daquele distrito.
Segundo dados da direcção provincial de Educação e Desenvolvimento Humano em Nampula, cerca de 500 alunos ficaram afectados pela situação instalada pelos referidos correligionários da Renamo. O director provincial do sector, Júlio Mendes, garantiu, na altura, que tinha sido feita a reintegração daquele número de alunos, incluindo professores, nas escolas que ofereciam segurança.
WAMPHULA FAX – 02.08.2016
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