A LONGA E DIFÍCIL LUTA PELA DEMOCRACIA DA RENAMO - PARTE I
A implantação da democracia no país nunca foi um processo fácil como muitos pensam. Há intelectuais e académicos mercenários que estão ao serviço do regime da frelimo que vão aos debates na rádio e televisão dizer barbaridades, numa tentativa de diluir o inestimável trabalho que está sendo feito pela Renamo.
O que os mocambicanos deviam saber é que para haver democracia neste país a Renamo pegou em armas e lutou durante 16 anos consecutivos nas matas deste país contra o regime comunista e ditatorial da frelimo. Na altura, o regime da frelimo, liderado pelo ditador Samora Machel, tinha um poderoso exército e era apoiado por vários países estrangeiros sobretudo a União Soviética, na altura uma super potência mundial em paridade com os Estados Unidos da América.
Felizmente, sob a liderança inicial do comandante André Matadi Matsangaisse Diliwayo, natural de Machaze, que muito jovem deu a sua vida em prol da democracia em 1979 e foi depois substituído pelo seu adjunto Afonso Macacho Marceta Dhlakama, natural de Chibabava que continuou a liderar sabiamente a Renamo e rapidamente expandiu a guerrilha do centro para o norte e do centro para o sul do país, enquanto até os finais dos anos 80 a Renamo apenas lutava na província de Manica, ao longo da fronteira com o Zimbabué (na altura Rodésia).
No princípio, a própria frelimo desprezava muito a este movimento chamado Renamo, pensando que com a vitória de Mugabe em 1979 nos acordos com os ingleses nas negociações de Lencastre House, até finais de daquele mesmo a Renamo havia de desaparecer, só que as coisas foram muito diferentes.
Antes da morte de André Matsangaisse, a Renamo fixou a sua primeira Base Central na Serra da Gorongoza, mesmo quando este morreu em combate a 17 de Outubro de 1979, organizava as operações a partir desta base central situada na Serra. Mas a frelimo desprezava muito a Renamo porque sempre pensou que uma vez terminado o conflito do Zimbabwe com os ingleses, este movimento desapareceria. Aliás, naquela altura o regime da frelimo confundia a Renamo com estrangeiros por isso nunca tomava em consideração.
Só a partir dos finais dos anos 80 é que Samora Machel ordena uma grande ofensiva militar, cercando toda a Serra da Gorongoza com milhares de tropas apoiadas com uma impressionante quantidade e diversidade de equipamento militar, sofisticados na época, como bombardeiros Antonov, caças Mig, helicópteros de transporte/ataque Mi-17/24, canhões de 75 e 130 mm, morteiros pesados, BTR-60, PT-76, tanques T-54 e 55, os temíveis BM-21 "Katiusha", de 40 canos, etc.
Nesta altura, a liderança da Renamo já estava nas mãos de Afonso Dhlakama e a ofensiva levou 4 meses, de Janeiro até finais de Abril. Todas as brigadas das tropas da frelimo de Manica, Sofala, Tete, Niassa, inclusive a brigada de tanques de choque de Gaza, vieram cercar Afonso Dhlakama na Serra da Gorongoza. Ninguém tinha ficado nas províncias, todas brigadas do país, milícias, batalhôes provinciais das FPLM (hoje FADM) vieram a Gorongoza para exterminar o líder da Renamo e os seus homens. Também vieram super comandos especiais estrangeiro como as mundialmente famosas 'boinas rojas' cubanas e as 'Spetnaz' russo - soviéticas.
Todos os generais da frelimo, alguns já na reserva foram despachados a Gorongoza. Pesos pesados como os generais Hama Thai, Tobias Dai, Joaquim Munhepe, Américo N'pfumo e o famoso malogrado general Sebastião Marcos Mabote. Este último era o comandante da ofensiva e ao mesmo tempo era vice-ministro da defesa, o ministro da defesa era o Alberto Chipande, agora transformado em general dos esquadrões da morte.
Naquela super ofensiva militar, ouvia se o estrondo de todo o tipo de armamento pesado e explodir contra a Serra. Parecia uma "Segunda Guerra Mundial em miniatura". Certa vez, as tropas da frelimo empregaram simultaneamente 13 sistemas BM-21, alinhados ao longo de 30 km do comprimento da Serra. Os 13 "40 canos" (equivalente a 520 "B11"), disparam de forma infernal durante 3 dias e 3 noites consecutivos várias salvas de 2000 kg cada, deixando a Serra totalmente em chamas, que foram vistas a mais de 200 km.
Segundo dados que dispomos, naquela ofensiva militar de grandíssima escala, o regime da frelimo perdeu 12.000 homens só entre mortos e foi capturado diverso armamentos como morteiros, canhões, bazucas, metralhadoras e ak-47. Vários carros de combate foram destruídos. A frelimo perdeu a batalha com baixas de proporções jamais vistas em África e não conseguiu matar e muito menos capturar o lider da Renamo, o agora marechal Afonso Dhlakama.
É bom que os jovens mocambicanos, académicos, intelectuais, empresários, etc, leiam bem a presente publicação, não estamos a inventar nada. Os Hama Thai e Tobias Dai ainda estão vivos e recordam se deste grandioso descalabro militar.
O interessante é que o camarada Samora Machel tinha dado ordens expressas para "capturar este homem (Dhlakama) e trazer lo cá em Maputo, para eu mata lo pessoalmente num comício popular", mas como vimos, tal não foi possível porque Dhlakama mostrou grande bravura e habilidade militar, tenacidade, temeridade, inteligência, infatigabilidade e acima de tudo uma grande e tensa coragem equiparável a dos melhores generais soviéticos durante a batalha de Kursk ou o cerco de Stalinegrado.
A derrota do regime militarista e ditatorial da frelimo naquela super ofensiva contra as forças da perdiz fez com que Samora Machel destituisse o general Sebastião Mabote, um habilidoso e bravo comandante militar, acusando - o de ser incompetente.
Mas o malogrado general Mabote nao era qualquer um, e tinha experiência da guerrilha que era muito mais que a do próprio Samora, disse: "Sr. presidente (Samora), Dhlakama é muito forte, já ganhou a guerra, é melhor negociarmos com ele enquanto é cedo porque ele domina tudo no campo da guerrilha, ele resistiu e conseguiu destruir esta nossa poderosa ofensiva, criando a desmoralização total nas nossas forças armadas" - estivemos a citar Sebastião Mabote. Em resposta, Machel exonerou - o e pouco depois mandou - à Cuba estudar ciências militares. Depois disso, a frelimo voltou a insistir com caça ao lider da Renamo nas suas ofensivas militares e depois da morte de Samora continuou com o Chissano, o Guebuza e agora com o Nyusi. E já lá vão 37 anos.
Até a data da sua misteriosa morte o general Sebastião Mabote era de forma indirecta acusado pela frelimo de ter simpatias com Afonso Dhlakama; os serviços de informação do estado (SNASP) controlava as conversas do Mabote.
Decidimos trazer está história hoje para fazer entender ao Nyusi e sua miudagem das forças armadas que jamais conseguirá matar ou capturar Afonso Dhlakama porque o seu próprio patrão, o temivel e terrível Samora Machel morreu sem atingir este grande desejo pessoal e mandou a morte milhares e milhares de militares.
(CONTINUA)
A implantação da democracia no país nunca foi um processo fácil como muitos pensam. Há intelectuais e académicos mercenários que estão ao serviço do regime da frelimo que vão aos debates na rádio e televisão dizer barbaridades, numa tentativa de diluir o inestimável trabalho que está sendo feito pela Renamo.
O que os mocambicanos deviam saber é que para haver democracia neste país a Renamo pegou em armas e lutou durante 16 anos consecutivos nas matas deste país contra o regime comunista e ditatorial da frelimo. Na altura, o regime da frelimo, liderado pelo ditador Samora Machel, tinha um poderoso exército e era apoiado por vários países estrangeiros sobretudo a União Soviética, na altura uma super potência mundial em paridade com os Estados Unidos da América.
Felizmente, sob a liderança inicial do comandante André Matadi Matsangaisse Diliwayo, natural de Machaze, que muito jovem deu a sua vida em prol da democracia em 1979 e foi depois substituído pelo seu adjunto Afonso Macacho Marceta Dhlakama, natural de Chibabava que continuou a liderar sabiamente a Renamo e rapidamente expandiu a guerrilha do centro para o norte e do centro para o sul do país, enquanto até os finais dos anos 80 a Renamo apenas lutava na província de Manica, ao longo da fronteira com o Zimbabué (na altura Rodésia).
No princípio, a própria frelimo desprezava muito a este movimento chamado Renamo, pensando que com a vitória de Mugabe em 1979 nos acordos com os ingleses nas negociações de Lencastre House, até finais de daquele mesmo a Renamo havia de desaparecer, só que as coisas foram muito diferentes.
Antes da morte de André Matsangaisse, a Renamo fixou a sua primeira Base Central na Serra da Gorongoza, mesmo quando este morreu em combate a 17 de Outubro de 1979, organizava as operações a partir desta base central situada na Serra. Mas a frelimo desprezava muito a Renamo porque sempre pensou que uma vez terminado o conflito do Zimbabwe com os ingleses, este movimento desapareceria. Aliás, naquela altura o regime da frelimo confundia a Renamo com estrangeiros por isso nunca tomava em consideração.
Só a partir dos finais dos anos 80 é que Samora Machel ordena uma grande ofensiva militar, cercando toda a Serra da Gorongoza com milhares de tropas apoiadas com uma impressionante quantidade e diversidade de equipamento militar, sofisticados na época, como bombardeiros Antonov, caças Mig, helicópteros de transporte/ataque Mi-17/24, canhões de 75 e 130 mm, morteiros pesados, BTR-60, PT-76, tanques T-54 e 55, os temíveis BM-21 "Katiusha", de 40 canos, etc.
Nesta altura, a liderança da Renamo já estava nas mãos de Afonso Dhlakama e a ofensiva levou 4 meses, de Janeiro até finais de Abril. Todas as brigadas das tropas da frelimo de Manica, Sofala, Tete, Niassa, inclusive a brigada de tanques de choque de Gaza, vieram cercar Afonso Dhlakama na Serra da Gorongoza. Ninguém tinha ficado nas províncias, todas brigadas do país, milícias, batalhôes provinciais das FPLM (hoje FADM) vieram a Gorongoza para exterminar o líder da Renamo e os seus homens. Também vieram super comandos especiais estrangeiro como as mundialmente famosas 'boinas rojas' cubanas e as 'Spetnaz' russo - soviéticas.
Todos os generais da frelimo, alguns já na reserva foram despachados a Gorongoza. Pesos pesados como os generais Hama Thai, Tobias Dai, Joaquim Munhepe, Américo N'pfumo e o famoso malogrado general Sebastião Marcos Mabote. Este último era o comandante da ofensiva e ao mesmo tempo era vice-ministro da defesa, o ministro da defesa era o Alberto Chipande, agora transformado em general dos esquadrões da morte.
Naquela super ofensiva militar, ouvia se o estrondo de todo o tipo de armamento pesado e explodir contra a Serra. Parecia uma "Segunda Guerra Mundial em miniatura". Certa vez, as tropas da frelimo empregaram simultaneamente 13 sistemas BM-21, alinhados ao longo de 30 km do comprimento da Serra. Os 13 "40 canos" (equivalente a 520 "B11"), disparam de forma infernal durante 3 dias e 3 noites consecutivos várias salvas de 2000 kg cada, deixando a Serra totalmente em chamas, que foram vistas a mais de 200 km.
Segundo dados que dispomos, naquela ofensiva militar de grandíssima escala, o regime da frelimo perdeu 12.000 homens só entre mortos e foi capturado diverso armamentos como morteiros, canhões, bazucas, metralhadoras e ak-47. Vários carros de combate foram destruídos. A frelimo perdeu a batalha com baixas de proporções jamais vistas em África e não conseguiu matar e muito menos capturar o lider da Renamo, o agora marechal Afonso Dhlakama.
É bom que os jovens mocambicanos, académicos, intelectuais, empresários, etc, leiam bem a presente publicação, não estamos a inventar nada. Os Hama Thai e Tobias Dai ainda estão vivos e recordam se deste grandioso descalabro militar.
O interessante é que o camarada Samora Machel tinha dado ordens expressas para "capturar este homem (Dhlakama) e trazer lo cá em Maputo, para eu mata lo pessoalmente num comício popular", mas como vimos, tal não foi possível porque Dhlakama mostrou grande bravura e habilidade militar, tenacidade, temeridade, inteligência, infatigabilidade e acima de tudo uma grande e tensa coragem equiparável a dos melhores generais soviéticos durante a batalha de Kursk ou o cerco de Stalinegrado.
A derrota do regime militarista e ditatorial da frelimo naquela super ofensiva contra as forças da perdiz fez com que Samora Machel destituisse o general Sebastião Mabote, um habilidoso e bravo comandante militar, acusando - o de ser incompetente.
Mas o malogrado general Mabote nao era qualquer um, e tinha experiência da guerrilha que era muito mais que a do próprio Samora, disse: "Sr. presidente (Samora), Dhlakama é muito forte, já ganhou a guerra, é melhor negociarmos com ele enquanto é cedo porque ele domina tudo no campo da guerrilha, ele resistiu e conseguiu destruir esta nossa poderosa ofensiva, criando a desmoralização total nas nossas forças armadas" - estivemos a citar Sebastião Mabote. Em resposta, Machel exonerou - o e pouco depois mandou - à Cuba estudar ciências militares. Depois disso, a frelimo voltou a insistir com caça ao lider da Renamo nas suas ofensivas militares e depois da morte de Samora continuou com o Chissano, o Guebuza e agora com o Nyusi. E já lá vão 37 anos.
Até a data da sua misteriosa morte o general Sebastião Mabote era de forma indirecta acusado pela frelimo de ter simpatias com Afonso Dhlakama; os serviços de informação do estado (SNASP) controlava as conversas do Mabote.
Decidimos trazer está história hoje para fazer entender ao Nyusi e sua miudagem das forças armadas que jamais conseguirá matar ou capturar Afonso Dhlakama porque o seu próprio patrão, o temivel e terrível Samora Machel morreu sem atingir este grande desejo pessoal e mandou a morte milhares e milhares de militares.
(CONTINUA)
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