sábado, 9 de janeiro de 2016

Arábia Saudita e Irã: qual é o mais forte?

Soldados iranianos se preparam para lançar um míssil superfície-ar Hawk durante exercícios militares


© AFP 2015/ ISNA/AMIN KHOROSHAHI
MUNDO
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Arábia Saudita rompe relações diplomáticas com Irã (23)
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As tensões entre os principais países xiita e sunita, o Irã e a Arábia Saudita, se agravaram depois da execução do pregador xiita mas, quaisquer que sejam os seus objetivos, Riad não será capaz de se opor ao Irã, disse um centro de pesquisa norte-americano.

“<…> a Arábia Saudita não pode ser comparada com o Irã, que é mais populoso e tem um maior território. O fim de sanções ocidentais ainda estimula mais o poderio do Irã”, afirma a empresa de inteligência norte-americana Stratfor.
Por exemplo, a economia da Arábia Saudita depende em grande parte da sua indústria de produção de hidrocarbonetos, a sua população é menor e menos educada que a do Irã, o que significa que Riad tem de reduzir a sua dependência do setor do petróleo, destacou a Stratfor.
Além disso, o reino possui um exército de somente 230 mil soldados, enquanto o Irã tem mais de 520 mil soldados ao serviço.
Riad tentou superar esta desvantagem criando uma rede de aliados através da cooperação económica e militar com outros países sunitas da região.
"A Arábia Saudita criou uma coalizão militar regional de 34 países que exclui o Irã e os seus aliados – o Iraque e a Síria, sublinha a empresa de inteligência norte-americana. A coalizão apoia os interesses dos sunitas em todos os locais de combate entre xiitas e sunitas, ou seja na Síria, Iraque, Iêmen e Líbano".
A execução do pregador xiita Sheikh Nimr al-Nimr provocou indignação entre os xiitas. No Irã participantes de protestos contra a execução invadiram a embaixada saudita e provocaram um incêndio. Riad rompeu as relações diplomáticas com o Irã depois do incidente. O Bahrain, Kuwait, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Sudão e Djibuti também retiraram os seus embaixadores do Irã.
Segundo a Stratfor, a execução se tornou um sinal para o Irã de que Riad está pronto a tomar medidas extraordinárias para se opor à influência iraniana.
Ao mesmo tempo, a Arábia Saudita continuará a desenvolver a aliança árabe sunita no Oriente Médio para reduzir a influência do Irã e terá ainda de pacificar a comunidade xiita no seu território. O fracasso neste objetivo agravará mais as tensões sectárias no país, afirmou a Stratfor.


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