Monday, December 21, 2015

QUERIDO EMPREGADO,


É com uma mescla de nostalgia, estupefação e desapontamento que lhe escrevo esta missiva. Mas, antes de tudo, perdoe-me pelo português tosco usado para lavrar a carta. É, na verdade, o reflexo desse nosso sistema de Educação desestruturado e desactualizado cujo papel é produzir, em massa, seres ignorantes e sem nenhuma emoção crítica. Deixemos a Educação à parte, vamos ao essencial.
Quando o prezado empregado assumiu a nau dos destinos desta nação, cinicamente considerada “Pátria Amada”, jurou servir fielmente o teu patrão. De pés juntos e de viva voz, lembro-me de lhe ter ouvido a pronunciar-se nos seguintes termos: “O povo é meu patrão. O meu compromisso é de servir o povo moçambicano como meu único e exclusivo patrão”.
Volvido aproximadamente um ano, pouco ou quase nada foi feito. Pelo contrário, tudo piorou, desde o acesso aos cuidados sanitários e ao ensino, passando pela carestia de vida e até à situação político-militar. Como posso ter dignidade nessas condições? Na verdade, no seu primeiro ano de trabalho, não esperava muito de si. Apenas queria que me devolvesse a dignidade, sobretudo a dignidade de continuar a acreditar em si e os seus bobos da corte. A dignidade de acreditar num país comprometido com o desenvolvimento humano do seu povo.
Porém, o seu o informe, preparado para mim, deixou-me preocupado, pois, para além de incapacidade, no seu discurso, o estimado empregado demonstrou tamanha incompetência. Confesso que, por um lado, fiquei emocianado com a sua sinceridade ao afirmar que “está insatisfeito” com o curso que o país está a tomar. É preciso ter as coisas no seu devido lugar para assumir com veemência tamanha vergonha. E, por outro, lembrei-me de que parte da responsabilidade de mudar o rumo das coisas é sua. Portanto, não me faça de uma besta de carga, se faz favor!
No seu informe, proferido naquele tom de falsa intimidade, eu esperava que me falasse que se está a preparar uma proposta de corte de despesas públicas. Esperava ouvir de si o que está a ser feito para estancar a inflação que caminha para os dois digitos. Queria ouvi -lo dizer o que está a ser feito para combater a fome que se prepara para torturar a barriga de milhares de moçambicanos espalhados por este extenso território. Esperava que me falasse da estratégia para travar a escalada galopante dos produtos de primeira necessidade. Gostaria de ter ouvido a falar dessa trapaça chamada EMATUM que colocou o país num abismo sem precedentes. Mas, enfim! O querido empregado limitou-se aos lugares-comuns de sempre.
Portanto, é, no mínimo, vergonhoso que, em 40 anos de independência, continuamos no “Top+” dos países mais pobres do mundo. Continuamos com défices notáveis em produtos que podemos produzir para o consumo interno. Continuamos de mão estendida para o exterior, não obstante a imensidão de recursos que o país dispõe.
Até quando continuará a conduzir-me à desgraça?
Um abraço do teu patrão decepcionado, Povo.
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Comments
Benjamin Dirway David Ya!!! No coment. As coisas falam por si.
Jusubo Abdullah De Armando O empregado bandido
Stutta Batistutta Que vergonha!
Jose Manuel e mais nada podendo produzir em terras ferteis que se preparam para destruir platando eucaliptos para as grande multi nacionais produtoras de papel que um dia as terras esterilizadas ja sem poder produzir vao abandonar e mudarse para outras paragens onde houver corruptos como o empregado do povo e o senhor pacheco que esta a vender a madeira a china a preco de uva mijona fora com essa corja imunda que nao sabe nem nunca teve ideia do que e governar uma nacao
152 minsEdited
Jamal Machane Leva abarra da justiça.
Jose Manuel como se a procuradora e da matilha
148 mins
Paulo Besteleve Besteleve Ele não sabia para onde ia
Bernardo Benjamim Sacate Amigo. Acho que usaste uma linguagem antes do Josè Maria Relvas
113 mins
Jose Manuel nao estamos a descutir a casa dos outros mas a nosssa
112 mins
Jose Manuel sao assassinos corruptos gatunos e terroristas
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Jose Manuel alias nunca deixaram de ser terroristas enganarao o povo com a historia cultural e muita propaganda e quem nao alinhava era assassinado esse tipo de gente sao terrorstas
Jose Manuel ha muita gentinha que come a mesa com eles e tambem ha milhoes que nunca conheceu sapato nem agua potavel nem o que um sistema de saude morrem 850 mil criancas de fome por ano na nossa terra na terra do relvas ainda a sistema de saude
Antonio Uaracula Forca Unay Cambuma. Traga mais ideias para o publico. Forca irmao.

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