Reunião extraordinária do Comité Central da Frelimo deve reforçar posição do presidente no seio do partido.
A sessão extraordinária do Comité Central da Frelimo, agendada para 5 de Fevereiro próximo, poderá marcar o início da reivindicação de Filipe Nyusi de mais poderes dentro do partido, que lhe permitirão tomar decisões importantes, sem influência da anterior liderança partidária.
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Várias correntes de opinião consideram que o actual Presidente da República e da Frelimo ainda não consolidou o seu poder no partido, pelo facto de Armando Guebuza ter deixado uma marca muito forte na organização durante os 10 anos de liderança.
Alguns analistas afirma que essa realidade impede Filipe Nyusi de tomar decisões importantes sobre a vida do país, uma vez que existe uma espécie de dois centros de poder: um exercido a partir da Frelimo e outro com origem no estadista moçambicano.
Ao contrário do seu antecessor, que antes de ser Chefe de Estado já detinha amplos poderes no partido, Filipe Nyusi foi eleito Presidente da República e da Frelimo mas sem nenhum poder partidário na altura.
"Filipe Nyusi assumiu a liderança da Frelimo sem nenhum poder dentro do partido e isso impediu-lhe de organizar a máquina partidária da forma como ele queria, diferentemente do seu antecessor, Armando Guebuza, que antes de ser eleito Chefe de Estado, já era presidente da Frelimo", destacou o analista politico Lázaro Mabunda.
Para o também analista político, Francisco Carmona, na sessão extraordinária do Comité Central da Frelimo, órgão decisório do partido entre congressos, Filipe Nyusi vai começar a mexer a máquina partidária.
Carmona afirma que na sessão deverá ser eleito um novo secretário-geral da Frelimo, facto que ainda não foi confirmado pelo partido.
VOA – 24.12.2015
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