Monday, November 23, 2015

População aglomera-se no Corredor de Nacala para exigir indemnizações


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Destaques - Nacional
Escrito por Júlio Paulino  em 19 Novembro 2015
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Foto de ArquivoMais de meia centena de moradores do posto administrativo de Namigonha, no distrito de Ribáuè, província de Nampula, amotinou-se, há dias, num dos acampamentos de uma das subcontratada pela Vale-Moçambique para reabilitar a linha-férrea do Corredor de Desenvolvimento do Norte (CDN) para exigir o pagamento das compensações a que alegam ter direito em consequência de terem sido retirados das suas casas, as quais foram igualmente destruídas para dar lugar a obras em curso.
Para além da aglomeração que durou dois dias, os cidadãos impediram a saída de maquinaria usada nas obras de reabilitação da linha para o escoamento do carvão, a partir da mina de Moatize, em Tete, ao terminal de Nacala-Porto.
Os lesados, na sua maioria camponeses, dizem que passam mais de seis meses que o CDN não desembolsa os fundos referente à recompensa pela perda dos seus bens domicílios. Eles quando procuram saber a que deve a demora a resposta não tem tido satisfatória.
Perante a demora na alocação dos seus valores, as famílias cujas casas foram abrangidas pelo traçado da linha-férrea, e que segundo eles deviam receber quantias que varia de 30 mil a 100 mil meticais, consideram, em coro, terem sido enganadas.
Aliás, para alimentar ainda mais a expectativa dos lesados, a Vale e a direcção do CDN distribuíram senhas a cada um dos beneficiários de tais ressarcimentos, em função do valor a que cada um tem direito, mas nada de concreto andou.
António Iovahale, secretário permanente do distrito de Ribáuè, reconheceu a legitimidade da reclamação dos visados, mas acha que a aglomeração nas instalações da firma subcontratada pela Vale não é a melhor forma de reivindicação.
“Temos vindo a acompanhar esta inquietação da população e o que aconselhamos as partes é o cumprimento das regras de reassentamento quando se trata de desalojamento. E porque passa muito tempo que a empresa não honra o seu compromisso, temos aconselhado” para que haja diálogo e explicação da burocracia que impera para o desembolso dos fundos.
Entretanto, a Vale e o CDN aceitaram pronunciar-se a proposto do assunto. De recordar que algumas famílias abrangidas pelo traçado das obras em alusão já beneficiaram de construção de casas melhoradas e outras de dinheiro para reerguer as suas residências.

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