Analistas debatem prós e contras da ausência do líder da Renamo
O desaparecimento do presidente da Renamo, que continua em parte incerta de Moçambique, continua a divergir a opinião pública nacional.
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Alguns consideram ser uma boa estratégia, no sentido de que ele pode estar a reformular a sua forma de actuação, enquanto outros dizem que, eventualmente, poderá perder, definitivamente, o eleitorado que tinha cativado, sobretudo nas províncias do Centro e Norte de Moçambique.
Afonso Dhlakama desapareceu do olhar público depois de a sua guarda pessoal ter sido desarmada pelas Forças de Defesa e Segurança na sua residência na Beira.
Neste momento, apenas um grupo muito restrito de pessoas dentro da Renamo sabe o seu paradeiro e questiona-se o que se passa com ele e se esta é uma boa estratégia?.
Para Paulo Avelino Massango, "esta não é uma boa estratégia porque o líder da Renamo está a ficar politicamente fragilizado", para além de estar também a perder o contacto com o seu eleitorado.
Masango considera ser importante que Afonso Dhlakama reapareça para reatar o diálogo com o Chefe de Estado.
Contudo, para o empresário Francisco Ubisse, ao desaparecer do olhar público, Afonso Dhlakama "adoptou uma boa estratégia, e quando ele reaparecer, estará com uma boa disposição", para negociar a questão da paz.
Várias outras correntes de opinião dizem que com este desaparecimento Afonso Dhlakama ganha, e muito, porque no passado tirou partido de situações semelhantes.
As mesmas fontes destacam que a Renamo ganha com este desaparecimento do seu líder porque, o passado mostrou-nos que há um mito que se cria à volta dele, há um olhar épico em relação a Afonso Dhlakama.
VOA – 26.11.2015
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