Sunday, November 1, 2015

Acordo da esquerda recupera todas as pensões em quatro anos


Catarina Martins, do BE, voltou a frisar que acordo está centrado na recuperação de todos os rendimentos.
A porta-voz do Bloco de Esquerda assumiu que já “há acordo” entre o PS e Bloco, assentando esse compromisso numa matéria já fechada. Segundo Catarina Martins, a negociação vai permitir que os pensionistas recuperem “as suas pensões ao longo da legislatura”.
Numa entrevista ao Diário de Notícias, publicada este domingo, a bloquista definiu nesse assunto a conquista política que o esforço de entendimentotinha conseguido. “Se tivessem um governo de direita iam perder com cortes, se fosse Governo PS ficariam congeladas, e o que posso dizer agora é que já há acordo para que as pensões sejam todas descongeladas e as mais baixas terão mesmo um aumento real”.
Catarina Martins adiantou ainda a convicção que esse acordo se estende ao PCP. “Só existe acordo se for com os três partidos, por uma questão de estabilidade do Parlamento”, afirmou antes de defender que o entendimento terá de ser expressão pública através da assinatura de um documento. “Creio que quanto menos ambiguidades nesta matéria melhor”, disse antes apresentar que “isto tem de ser público, não deve haver uma redacção ambígua sobre um processo de convergência”.

Jerónimo de Sousa diz que novo Governo "está condenado"
Lusa

31/10/2015 - 20:44

O secretário-geral do PCP defende que há uma maioria de deputados alternativa no Parlamento que permite uma "solução duradoura"

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou que novo Governo "está condenado e não passará", referindo que existe uma maioria de deputados para assegurar uma "solução duradoura".

"No que ao PCP diz respeito, este é um Governo condenado, um Governo que não passará, que soçobrará na Assembleia da República com a aprovação de uma moção de rejeição ao programa que venha a ser apresentado pelo Governo que tomou posse", disse durante um comício que decorreu este sábado à tarde no Barreiro.

Jerónimo de Sousa, que falou para uma sala cheia, não poupou críticas ao Presidente da República, considerando que Cavaco Silva "usou as suas funções para resgatar" PSD e CDS da "expressiva derrota a que foram condenados".

O secretário-geral do PCP, que esteve acompanhado por Edgar Silva, candidato à Presidência da República, referiu que "é inaceitável" que o Presidente da República limite "quem pode ou não pode" exercer funções e responsabilidades governativas.

"Não querem aceitar a nova realidade de hoje. Não querem aceitar que não há outra saída que não a de respeitar a vontade da maioria que existe na Assembleia da República e que recusa a continuação de um governo do PSD/CDS", afirmou.

O líder do PCP disse ainda que as soluções a considerar "não se confinam à composição do Governo", mas sim à necessidade de se encontrarem novas políticas.

Jerónimo de Sousa explicou que o partido está a trabalhar para procurar "respostas e soluções" que ajudem a dar uma vida melhor aos trabalhadores e ao povo.

"A evolução da situação confirma três factos. O PSD e CDS em minoria não têm condições para formar Governo e aprovar o seu programa, há uma maioria de deputados que constituem condição bastante para a formação de um Governo de iniciativa do PS, que permite a apresentação do programa e a sua entrada em funções para a adopção de uma política que assegure uma solução duradoura e há condições para dar resposta a urgentes problemas e aspirações dos trabalhadores e de vastas camadas da população", salientou.

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