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As assembleias de voto abriram na Birmânia para as primeiras eleições livres em mais de 25 anos, que podem dar a vitória à Liga Nacional para a Democracia (LND, oposição) de Ang San Suu Kyi.
"As assembleias de voto estão abertas", anunciou a comissão eleitoral às 06:00 locais de domingo (23:30 de sábado em Lisboa).
Cerca de 30 milhões de birmaneses são esperados nas assembleias de voto para substituir os representantes das duas câmaras, que deverão, alguns meses depois, escolher o presidente.
Mais de 93 partidos políticos apresentaram candidatos e milhares de birmaneses vão votar pela primeira vez, num país dominado desde 1962 pelos militares.
As legislativas anteriores realizaram-se em novembro de 2010, quando a junta organizou as primeiras eleições em 20 anos. A LND boicotou o escrutínio e foi dissolvida.
Nas legislativas de maio de 1990, a LND tinha conquistado mais de 80% dos lugares, mas os militares no poder rejeitaram os resultados.
Em 2012, numas legislativas parciais, Aung San Suu Kyi, de 70 anos, foi eleita deputada e assumiu a liderança da oposição parlamentar, na sequência da vitória triunfal da LND.
Prémio Nobel da Paz em 1991, Suu Kyi, que a junta militar manteve sob detenção durante mais de 15 anos, está impedida de se candidatar à presidência birmanesa devido a um artigo da Constituição, que exclui pessoas casadas ou com filhos estrangeiros - uma disposição que se considera visar diretamente a opositora, viúva de um britânico e com filhos de nacionalidade britânica.
O escrutínio é visto como um teste à transição democrática em curso desde da autodissolução do regime militar em 2011.
EJ // CSJ
Lusa/Fim
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