Em Marco de 2012, uma cidadã polaca da a luz no Hospital Central de Maputo. Parto por cesariana. O bebe não nasce bem e, por isso, eh transferido para o luxuoso serviço neonatal do Hospital Privado. A parturiente eh também admitida como acompanhante. Dias depois sente-se mal. Os primeiros exames de rotina não detectam nada de grave. Uma ecografia posterior suspeita de um prurido ou de um instrumento estranho na cavidade abdominal. Uma operação confirma uma acumulação de pus e…uma infecção urinária grave. Eh lhe administrada medicação. O quadro não muda. A senhora entra em delírios e espasmos. Nova operação. Sem sucesso. Óbito. Francisco Castilho e René Garcia, responsáveis pela última cirurgia (e não pela cesariana), são médicos cubanos com 11 nos de Moçambique. Gozam de grande reputação na classe. Castilho eh ginecologista/obstetra. Mães que passaram por suas mãos não encontram mácula na sua forma de servir.
Garcia eh especialista em Medicina Interna intensiva. Até a semana passada ele era o Director Clinico do Trauma Center (tem agora outro nome). Os dois acabam de levar uma espécie de 24/20. Tipo fora de Moçambique já. Tipos já não são médicos. Porque? A família da finada nunca se conformou. Ao longo destes dois anos e meio, houve intervenção da inspecção de Saúde e da Procuradoria-Geral da República. No entanto, nada foi encontrado que indicasse negligência.
Mas na semana passada, o caso rebentou de novo. A Ordem dos Médicos emite uma Nota de Culpa contra os dois médicos. E mesmo antes de os visados se defenderem, a Nota já circulava nas redes sociais como se René e Castilho tivessem sido considerados culpados por entidade competente. E…entretanto, o Bastonário da Ordem dos Médicos, o legista Eugénio Zacarias, que assinou a Nota de Culpa, acaba de tomar posse esta semana como Director Clinico do Trauma Center…ocupando justamente o lugar do Dr René. Uma história que ainda precisa de ser bem contada...mas que tem contornos macabros la isso eh indesmentivel.
Detalhes no Jornal Publico, na segunda feira."
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