•24.10.2015 • 00h00
Já é considerada a maior mobilização na África do Sul desde o fim do “apartheid”.
Por REDE ANGOLA.
Protestos ontem em Pretoria[ REUTERS/Siphiwe Sibeko ]
O presidente sul-africano, Jacob Zuma, declarou ontem que não vai haver nenhum aumento nas propinas das universidades no próximo ano, informa a BBC.
“Concordamos que não haverá um aumento nas propinas em 2016”, afirmou Zuma depois de uma reunião com os funcionários das universidades e representantes dos estudantes.
A declaração foi feita depois de mais de uma semana de protestos, com a maior mobilização desde o fim doapartheid em 1994.
Estudantes de várias cidades do país reuniram-se nesta sexta-feira em Pretoria, em frente à sede do governo sul-africano, protestando contra o aumento de 10,5 por cento previsto para as taxas pagas pelos alunos no próximo ano lectivo.
O acto já foi considerado pelos analistas um protesto popular, orgânico, que uniu ricos, pobres, brancos e negros pela mesma causa, segundo a BBC.
Foram registados vários confrontos entre os estudantes e a polícia, que recorreu a granadas de atordoamento e canhões de água para impedir o grupo de invadir o palácio do governo.
No seu discurso, Zuma afirmou ainda que “há uma série de questões levantadas na reunião que serão observadas no longo prazo – como educação gratuita, autonomia institucional e o racismo”.
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