Momade Assife Abdul Satar adicionou 2 fotos novas.
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A primeira vez que falei com o falecido jornalista Augusto de Carvalho foi em 1997. Foi a seu convite porque queria entender os meandros da fraude ao extinto BCM. Ele, nessa altura, tinha um pensamento lógico pois não acreditava que fosse possível que eu, Nini Satar, e Vicente Ramaya, que era um simples gerente do balcão da Sommerschield, fossemos capazes de executar a fraude sem a conivência dos administradores do banco.
Nessa altura, posso por assim dizer que Augusto de Carvalho e eu tínhamos uma certa camaradagem e pouco se dava com Albano Silva, o esposo da então primeira-ministra, Luísa Diogo. Albano Silva fora assistente particular do extinto BCM.
Foram frequentes as ocasiões que Augusto de Carvalho me ligou a falar mal de Albano Silva. Criticava-o sempre, apesar de ambos terem sido colegas em tempos. A intenção de Albano Silva era de fazer acreditar a todos, inclusivamente a justiça moçambicana, que a fraude ao BCM foi protagonizada por Vicente Ramaya e Nini Satar. Defendia com unhas e dentes aos administradores do banco.
Recordo-me que certa vez, em 1998, eu, Nini Satar, liguei à Redacção do jornal “domingo” para falar com Augusto de Carvalho. Nesse dia, sentámos juntos e escrevemos o famoso “bula-bula”, uma rubrica inserida na última página do “domingo”. Não me vem à memória qual era o título do texto, mas creio que era qualquer coisa assim: “Albano Silva e os irmãos Satar”. O conteúdo era especulativo, como tem sido o “bula-bula”, exactamente para alegrar os leitores.
Dias depois, Albano Silva desmentiu a referida informação. E Augusto de Carvalho jurou pela terra que lhe iria comer que a notícia era verdadeira e que Albano Silva esteve a jantar com os irmãos Satar. Mas os que liam frequentemente o “bula-bula” sabiam que se tratava de mera especulação.
Até 1999, sempre que alguém escrevesse contra mim no jornal “domingo”, Augusto de Carvalho aceitava publicar os meus contraditórios. Contudo, em 2000, a sua amizade de anos com Albano Silva foi reatada e Augusto de Carvalho mudou de cor. Já era um camaleão.
Foi assim que durante anos escreveu a me difamar. Augusto de Carvalho denegriu por completo a minha imagem com mentiras grosseiras. Fazia a dupla com o Paul Fauvet para jogar o meu nome na lama.
Os artigos que o Paul Fauvet escrevia para AIM eram também publicados no jornal “notícias”. Augusto de Carvalho e Paul Fauvet eram meninos de recados de Albano Silva. Escreviam mentiras à mando dele. E até faziam de tudo para engraxar a Luísa Diogo, que nessa altura era ministra das Finanças.
Os dois lambe-botas até não olharam a meios. A mando de Albano Silva, chegaram ao cúmulo de escrever que Luísa Diogo era a mulher mais inteligente do mundo, superando Margaret Thatcher, da Inglaterra, e Indira Gandhi, da Índia. Toda a baboseira que Albano Silva dizia eles repetiam escrevendo. Eram praticamente empregados dele.
Sobre o juiz Paulino chegaram a dizer, a mando de Albano Silva, que tinha uma inteligência acima da média e que se devia candidatar a juiz do tribunal da SADC. Logo esse ladrão!!!!
Em abono da verdade, muitos jovens moçambicanos começaram a interessar-se por jornais a partir de 2003/4. Podem, por isso, não perceber que antes o jornal “notícias”, que é de maior circulação em Moçambique e é quase obrigatório lê-lo, tinha lá infiltrados só para denegrir a imagem de Nini Satar. E muitos passaram até a acreditar nas mentiras publicadas pelo “domingo” e “notícias”. É o que sempre digo: uma mentira repetida muitas vezes torna-se verdade. É o que acontecia.
Só para se ter uma ideia de que o jornal “domingo” manipula tudo para satisfazer os seus patrões do regime, escreveu na sua edição de 27 de Setembro de 2015 sobre os recentes ataques à Renamo: “Dhlakama atacado por desconhecidos em Amatongas”. Mais adiante diz que os atacantes, os tais desconhecidos, abriram fogo desde às 11 horas da manhã até às 20 horas. Diz que Dhlakama abandonou a sua viatura protocolar durante o cruzamento de balas entre os seus guerrilheiros e os tais desconhecidos colocando-se em fuga. Diz que as viaturas da Renamo pegaram fogo depois de terem sido atingidas por roquetes e quase todas ficaram reduzidas em cinzas. Diz que no local morreram dezasseis guerrilheiros da Renamo e um deputado deste partido e que foram os tais desconhecidos que destruíram uma viatura de transportes semi-colectivo de passageiros. Do lado dos atacantes não houve baixas.
Meus amigos, esta é uma pequena demonstração daquilo que o “domingo” é capaz de fazer para ludibriar a opinião pública. Quem são esses desconhecidos, afinal, que atacaram a caravana da Renamo? Em Moçambique há uma terceira força armada? É que quase toda a imprensa e o próprio Dhlakama referem que os ataques foram protagonizados pelas Forças de Defesa e Segurança e não por desconhecidos. Afinal qual é o interesse do “domingo”? ou seja, a quem este jornal realmente informa? Estas dúvidas tenho-as desde o passado e só as trouxe aqui para dividir com os meus amigos do facebook no sentido de puderem entender que determinada imprensa escreve recados do regime. Não informa. Distorce a realidade dos factos. O mundo inteiro quando noticiou os ataques à caravana de Dhlakama disse que foram protagonizados pelas Forças de Defesa e Segurança e não por desconhecidos. “domingo”… “domingo”: que vergonha!!!!
Eu, Nini Satar, devido a mentiras desses jornais, escrevi acima de 50 cartas ao Conselho Nacional de Comunicação Social mas nunca obtive resposta. Abrimos um processo contra os jornais “domingo” e “notícias” mas tal processo encalhou no tribunal. Nunca tivemos resposta nenhuma.
Paul Fauvet ainda está vivo. É verdade que Augusto de Carvalho já não está entre nós mas um dia havemos de nos encontrar nesse outro mundo e me vou recordar de lhe dar um puxão de orelhas pronunciando as seguintes palavras: “Como é que você que era meu amigo e acreditava em mim foi se vender a Albano Silva? Você durante anos jogou o meu nome na lama a mando de Albano Silva só para ficar bem na fotografia?”
Mais tarde fiquei a saber que Albano Silva e Augusto de Carvalho foram colegas de carteira. Ambos estudavam para padre mas não chegaram a concluir. Foram expulsos do seminário tendo Augusto de Carvalho ido à Portugal onde até chegou a ser director do jornal “Expresso”. Lá em Portugal era lambe-botas de um partido que agora não me vem à memória. De lá foi expulso e regressou a Moçambique, só para elogiar o juiz Paulino até chegar ao cúmulo de comparar um ladrão como Paulino a juízes renomados da Inglaterra e Estados Unidos da América. Que lambebotismo!!!!!!!
Nini Satar
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Edmo Munacho Eish Tens Muitas Informações .. é Cada Coisa que fico ate Com Nojo Do Regime..




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