Sábado, 21 Março 2015
FOI com muita tristeza que acompanhei as declarações do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, ao insultar toda a mulher a partir das meninas até a idade mais alta deste género. Muitas mulheres presentes no local se calhar nem se aperceberam que o líder lhes estava a insultar ao considerá-las que não representam absolutamente nada para ele.
Ele disse em voz bem alta que ele não via nas Forças Armadas da Defesa de Moçambique ninguém capaz de lhe desafiar, uma vez que estas são iguais a mulheres e até meninas. Isto significa que para Dhlakama nem a sua própria mãe significa necessariamente nada e muito menos a maioria das mulheres que muito bem dignificam este país. Aliás, encontramos mulheres viradas ao desenvolvimento deste vasto território através da sua entrega ao trabalho.
Se calhar Dhlakama pode ter a sua razão, tendo em conta que ele nunca construiu nada neste país, a única coisa que ele sabe fazer é destruir o que os outros constroem. Neste momento a mulher moçambicana está empenhada no desenvolvimento, facto que incomoda este líder.
Admira-me bastante este líder controverso pela sua imaturidade e falta de palavra para com os seus compatriotas. O país não precisa mais de pessoas que se comportam desta maneira, mesmo crianças dos seus 12 a 17 anos já, no mínimo, têm uma palhota por eles construída e, aparecendo alguém a destruir, que moral estará a dar a estes menores?
Qual é a verdadeira missão que este senhor está a cumprir neste país? Agora já começou a atacar as mulheres, multiplicando-as por zero como se nada representassem para ele. Ele se esquece que a sua existência resulta desta mãe, desta mulher que ele não a considera.
A terminar peço ao senhor Dhlakama para respeitar a si mesmo para, de seguida, saber respeitar aos outros e pedir para que lhe seja respeitado.
Este país é de todos os moçambicanos; homens, mulheres e crianças são moçambicanos donos deste país mas que o senhor quer, a todo o custo, destruir este princípio. O senhor não criou este país, nasceu nele e deixe que o país continue como tal.
JAIME F. MAVIE
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