À luz dos últimos comentários sobre raça, nacionalidade e legitimidade académica, tudo a vilipendiar o direito de exercício de liberdades, feitos por pessoas "caladas" e outras mais ruidosas, fica claro que as aulas de propaganda e de educação política (se é que elas existem) vão de mal a pior. Na verdade, os círculos de onde surgem essas ideias tornaram-se verdadeiras academias de intolerância e boçalismo político. Ensina-se, ou se aprende sem se ser ensinado, a insultar e a ofender, e tudo em nome de um tal de interesse nacional, sabe-se lá acordado aonde. Se O estado decidiu que deve atribuir nacionalidade moçambicana à pessoas que reúnam certos requisitos e as concede direitos (e algumas restrições no caso de nacionalidade adquirida), não podem depois os que se dizem guardiões desse Estado pôr em causa o direito de um Moçambicano usufruir as liberdades que a Constituição do seu país consagra. Esse pessoal que conclama aos moçambicanos para estarem atentos aos interesses externos, detectados sempre que há exercício de liberdades que não se alinham às suas ideias, deve, mas é, ser o alvo da nossa atenção, ou no mínimo desprezo, porque são uma pústula que teima em inquinar a nossa democracia. Vade retro!
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