“(...) durante a campanha eleitoral, muitos de nos incluindo membros da Comissão Política, deixaram o conforto das suas casas e foram dirigir o processo, com a vitória da FRELIMO invencível não devem esperar nenhuma recompensa material” disse PR Armando Emílio Guebuza, apois a validação dos resultados das Eleições Presidenciais, Legislativas e das Assembleias Provinciais de 15 de Outubro de 2014.
Por outro lado, o Egº Filipe Jacinto Nyussi, Candidado elito a PR disse, “a inclusão não significa, nomear a todos para o Governo”. O que será então?
Temos ouvido muitas interpretações deste pronunciamentos, dentre eles alguns consideram de pronunciamentos “egoistas” destes dirigentes e outros simplesmente aplaudem.
Não se trata de fazer juizo de valor destes pronunciamentos muito menos tomar posição em relação aos que diabolisam ou aplaudem, apenas um exercício de cidadania deixar também um subsídio, afinal trata-se de um pronunciamentos de alguém que de certa forma, determina o comportamento da maioria de nós. Para isso importa;
1-Noções Básicas de Organização
Jules Henri Fayol, um engenheiro de minas, francês e um dos teóricos clássicos da Ciência da Administração, fundador da Teoria Clássica da Administração e autor da obra de Administração Industrial e Geral cujo título original é Administration industrielle et générale - prévoyance organisation - commandement, coordination – contrôle), editado em 1916.
Afirma que, Organização é um sistema social para POCCC (Planificar, Organizar,Controlar, Coordenar, Comandar) que funcionam como VETORES MATEMÁTICOS e/ou SETAS(orientadas no tempo, espaço e ordem de realização) de um Projeto, actividade maior, como na matemática vetorial, em que os diversos VETORES compõem necessariamente uma RESULTANTE, que dará consecução a outras obras.
Segundo Maximiano (1993) uma organização é uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos.
Segundo Robbins (1990), a organização é "uma entidade social conscientemente coordenada com uma fronteira relativamente identificável, que funciona numa base relativamente contínua para alcançar um objectivo e/ou objectivos comuns"
De acordo Bilhim (2006) "a organização é uma entidade social, conscientemente coordenada, gozando de fronteiras delimitadas que funcionam numa base relativamente contínua, tendo em vista a realização de objectivos comuns". Sobrevivência e crescimento (metas e objectivos) é o que a maioria ambiciona.
Lembre-se, a FRELIMO tem levado acabo de forma pragmática as orientações de Fayol e outros gurus de ciências administrativas para sua obrevivência e crescimento, a avaliar pelas vitórias, “Esmagadoras, retumbantes, convicentes” e sucessivas, não há dúvidas quanto a isso. No entanto, será só esse o objectivo Comum da FRELIMO? Passemos então a isso.
2 - Objectivos Comuns
De todos os conceitos apresentados desde o clássico até os mais modernos a questão da procecussão dos “objectivos comuns” na Organização parece a chave para a eficácia organizacional. Então, quais seriam?
Bem, o professor Idalberto Chiavenato, graduado em Filosofia/Pedagogia, com especialização em Psicologia Educacional pela USP, em Direito pela Universidade Mackenzie e pós-graduado em Administração de Empresas. É mestre (MBA) e Doutor (Ph.D.) em Administração pela City University of Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos
Para este conceituado pensador de administração, a eficácia organizacional se alcança através das seguintes formas combinadas:
• Cada um dos integrantes deve ajudar a organização a alcançar seus objetivos;
• Proporcionar competitividade à organização;
• A organização deve ter seus integrantes bem treinados e bem motivados;
• Aumentar a auto-avaliação e a satisfação dos seus membros integrantes;
• Desenvolver e manter qualidade de vida dos seus integrantes;
• Conciliar os objectivos pessoais e organizacionais;
• Administrar mudanças; e
• Manter políticas éticas e comportamento socialmente responsável.
Ora, colocadas as coisas desta forma, não há dúvidas que ninguém se empenha, se não, movido pelo interesse pessoal, até pode ser de ajudar para ver o outro bem, a antes de tudo é pessoal.
Assim, seria interessante saber, como a FRELIMO concilia os objectivos pessoais e organizacionais? Como mantém a qualidade de vida dos seus integrantes? E sobre tudo como proporciona a satisfação dos seus integrantes, se não devemos ter qualquer espectativa individual no desenvolvimento das actividades organizacionais? Na ausências de resposta a estas questões, so nos resta concluir que, o PR esqueceu a composição do ser Humano (a matéria e a alma).
Para o Presidente eleito, Egº Filipe Jacinto Nyussi, a inclusão é o lema do seu Governo.
O que será inclusão do Nyussi diferente do que vinha sendo antes?
Já que o governo de Joaquim Chissano foi de “deixa andar” e Guebuza atacou o deixa andar de várias formas, institucionalizando os “7 bis” para a criação da burguesia nacional no lugar de cada um comer onde esta amarrado, há quem diz que o governo de Guebuza foi de “exclusão e persiguição”.
Nyussi diz que, no coração dele cabem todos os moçambicanos independentemente das convicções individuais mas isso não significa te nomear para cargos governativos. Aqui começa o debate.
Como Nyussi pensa valorizar cada um onde está? Bem, eu creio que acções de inclusão já começaram com a provação do Estatuto do Líder da oposição, um outro acto quanto a mim, é a aprovação das regalias dos Deputados e dos ex-PR.
Porque isso fará com que o Ministro que passa a Deputado não se sinta penalizado No entanto, falta muito para o país de facto chegar onde se deseja nesta matéria.
Há organizações em Moçambique que congregam muita gente mas seus lideres não tem nenhum Estatuto no Estado! Sabe, um Deputado indirectamente eleito, com direitos como livre transito etc... o Governador Provincial nomeado com todas aquelas regalias, em termos de representação podem estar abaixo de um Bastonário da ordem dos Advogados, Economistas, Egenheiros, dos Médigos pode Estar abaixo de um Presidente do Conselho Cristão, Islámico etc.. pode estar abaixo de um Presidente do Conselho Central dos Sindicatos Nacionais. A questão é, qual é o Estatuto destes no Estado? Qual é o Estatuto de um Reitor de uma Universidade Privada no Estado Moçambicano?
Se formos a ver, todos estes fazem de tudo para serem valorizados no Estado e como a valorização só é possível estando no Governo ou na Assembleia, todos lutamos com armas e cirvilismo barato para estarmos nesses lugares! Infelizmente, não há espaço para todos lá...
Portanto, para mim o Egº Filipe Jacinto Nyussi terá que repensar na inclusão
Pensa comigo.
Gito Bazima, Samuel Chacate, Júlio Mutisse, Jorge Saiete, Jose Macamo,José de Matos, Gloria Soares de Matos, Arsénio Macaliche Matavele,Manuel J. P. Sumbana,
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