quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Governo reforça efectivo militar na Gorongosa e em Chibabava



Depois de sitiar o pequeno regulado de Mangunde, no distrito de Chibabava, província de Sofala, onde actualmente se encontra o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, e pessoas da sua família, o Governo reforçou o efectivo militar em todas as sub-unidades das FADM e da Unidade de Intervenção Rápida que cercam Mangunde. O Governo está igualmente a despachar homens e armas para as antigas zonas de conflito, durante o confronto militar entre as forças governamentais e os homens da Renamo. A informação foi transmitida ao “Canalmoz” pelo delegado político provincial da Renamo em Sofala, Albano Bulaunde. 
Segundo Bulaunde, o Governo está a movimentar material bélico de grande calibre para os distritos da Gorongosa e Chibabava, em Sofala, e para o distrito de Gondola, na província de Manica, com vista a reforçar as unidades militares já existentes.
Paralelamente ao envio de homens, o Governo abriu duas sub-unidades militares nas regiões do distrito de Marínguè e da “Casa Banana”, também no distrito da Gorongosa e em Marínguè, e uma unidade na região da “Casa Nova”, no cruzamento que dá acesso à casa do regulado de Mangunde, local onde se encontra a residir o pai de Afonso Dhlakama, pessoas da sua família e ele próprio, desde o passado mês de Dezembro.

O delegado político da Renamo fala ainda da presença de milícias do Governo na região do Inchope, em Manica, em Muxúnguè, no Save, na “Casa Nova”, em Chibabava, em Matenge (Tete) e em Inhaminga. Nos referidos locais, a FADM e a UIR estão a revistar viaturas.
Na passada segunda-feira, um grupo de militares dirigiu-se ao primeiro cruzamento, que dá acesso à residência do pai do presidente da Renamo. O grupo acampou, preparou refeições, almoçou e, no fim do dia, recolheu ao quartel, localizado em Muxúnguè.
Segundo Albano Bulaunde, os militares deslocavam-se em viaturas militares e estavam fortemente armados. Durante a sua estadia, revistavam rigorosamente todos os que saíam e entravam em Mangunde.
“Foram vistos, no cruzamento de Mangunde, militares acampados, fizeram almoço e, na parte da tarde, regressaram ao posto. Presume-se que seja o grupo de avanço que protege o presidente da Renamo. Mas não confirmo se são, de verdade, porque os que o acompanhavam não eram militares armados”, disse o delegado político. (José Jeco na Beira)
CANALMOZ – 07.01.2015

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