Renamo ameaça alargar conflito em resposta a bombardeamentos do exército moçambicano
A Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, ameaçou hoje alargar o conflito a outras regiões do país, em resposta a bombardeamentos do exército na serra da Gorongosa, suposto esconderijo do seu líder, Afonso Dhlakama.
"Estão a bombardear com B11 [antiaérea] a serra da Gorongosa", disse hoje à Lusa António Muchanga, porta-voz da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), adiantando que "isso pode provocar o desdobramento dos militares [da Renamo] para Tete ou para as províncias do sul".
A serra da Gorongosa, província de Sofala, centro de Moçambique, onde se supõe que esteja escondido o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, voltou a ser alvo de ataques do exército desde quinta-feira, disseram hoje à Lusa fontes do partido e moradores.
LUSA – 09.06.2014
Posted at 10:51 in Defesa, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (1) ShareThis
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– “Nós estamos cansados, porque a Frelimo não nos quer ouvir. Perguntem a Guebuza se tem uma ilha onde vai colocar os homens da Renamo. Caso não, só podemos dividir o país”.
“O Sudão dividiu-se, a Alemanha Federal com a Alemanha Democrática estavam divididas, Coreia do Norte e Coreia do Sul, por causa dessas brincadeiras de regimes que maltratavam os outros” – disse o presidente da Renamo
Afonso Dhlakama acusa os dirigentes religiosos de serem “traidores e cúmplices” do partido Frelimo
O presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, acusou, na passada sexta-feira, os dirigentes religiosos baseados em Maputo de serem “traidores, cobardes e coniventes” por, segundo ele, nas suas tomadas de posição, estarem a favorecer o Governo da Frelimo liderado pelo presidente Armando Guebuza.
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Do distrito da Gorongosa, cerca de 250 quilómetros a norte de Muxúnguè, fontes civis reportam-nos que os confrontos agravaram-se na última semana e “ouve-se como nunca explosões de armas pesadas”
Enquanto a partir do conforto da capital do país, Maputo, se discute a nomenclatura do fenómeno, se é “tensão político-militar” ou “ataques militares”, a verdade é que o inferno continua no troço Muxúnguè-Save, a sul do Inchope, com prolongamento para o interior da Gorongosa, a norte do Inchope (“Corredor da Beira” ou N6) sendo os inocentes os mais sacrificados. A morte dos militares das Forças Armadas de Defesa de Moçambique e da FIR que estão numa missão pouco clara de perseguição ao líder da Renamo dá a real dimensão de que as armas e a arrogância venceram o bom senso.
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