"Não fomos nós que causámos esta crise no Iraque"
Ex-PM britânico, Tony Blair, em declarações à BBC Fotografia © D.R. - vídeo da BBC online
O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair considera que a invasão do Iraque em 2003 não é a causa da vaga de violência que está a abalar o país.
"Mesmo se tivessem deixado Saddam no poder em 2003, quando aconteceu o que aconteceu em 2011 - com as revoluções árabes na Tunísia, na Líbia, no Iémen, no Barein, no Egito e Síria, continuaria a haver um problema maior no Iraque", disse Blair, em declarações à BBC, colocadas no site da cadeia de televisão britânica.
"De facto, é possível ver o que acontece quando se deixa um ditador no poder, isso aconteceu com [Bashar] al-Assad agora. Os problemas não desaparecem. Então, uma das coisas que estou a tentar dizer é que, no ponto em que estamos, em 2014, o que temos de compreender é que este é um problema regional, mas é um problema que nos afeta". Blair defendeu, por isso, uma ação em relação à Síria.
Citado também pela BBC, Michael Stephens, especialista em Iraque no Royal United Services Institute, disse que a guerra do Iraque, da qual Blair e o ex-presidente norte-americano George W. Bush foram os principais entusiastas, tem uma relação com o que se passa atualmente naquele país do golfo Pérsico.
"Eu acho que o senhor Blair está é a lavar as mãos da sua responsabilidade.Mas ao mesmo tempo acho que ele tem razão. Não se pode ignorar isto. É preciso que tenhamos algum tipo de papel em termos de tentarmos garantir que o Iraque e a Síria não se fragmentam e não entram numa vaga de violência interminável".
"De facto, é possível ver o que acontece quando se deixa um ditador no poder, isso aconteceu com [Bashar] al-Assad agora. Os problemas não desaparecem. Então, uma das coisas que estou a tentar dizer é que, no ponto em que estamos, em 2014, o que temos de compreender é que este é um problema regional, mas é um problema que nos afeta". Blair defendeu, por isso, uma ação em relação à Síria.
Citado também pela BBC, Michael Stephens, especialista em Iraque no Royal United Services Institute, disse que a guerra do Iraque, da qual Blair e o ex-presidente norte-americano George W. Bush foram os principais entusiastas, tem uma relação com o que se passa atualmente naquele país do golfo Pérsico.
"Eu acho que o senhor Blair está é a lavar as mãos da sua responsabilidade.Mas ao mesmo tempo acho que ele tem razão. Não se pode ignorar isto. É preciso que tenhamos algum tipo de papel em termos de tentarmos garantir que o Iraque e a Síria não se fragmentam e não entram numa vaga de violência interminável".
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