Nyusi evoca heróis de Matchedje
O CANDIDATO da Frelimo às eleições presidenciais de 15 de Outubro, Filipe Nyusi, deslocou-se ontem ao distrito de Sanga, em Niassa, para render homenagem aqueles que no povoado de Matchedje – palco da realização do II Congresso da organização – definiram aquilo que é hoje Moçambique e o que se pretende que seja o país no futuro.
Nyusi visitou o local histórico da realização do congresso, recebeu a bênção tradicional, vulgo “ku phalha” pelos notáveis da zona e dialogou com a população sobre a importância Matchedje, e sobre os preparativos das eleições de 15 de Outubro.
“Viemos a Matchedje prestar a nossa homenagem aos heróis que, debaixo do fogo inimigo, aqui se reuniram para discutirem o futuro de Moçambique”, disse.
Panamo e MDM coligam-se para acabar com “guerra de galos”
Panamo retira candidatura para as eleições gerais 2014
O Partido Nacional de Moçambique (Panamo) retirou a sua candidatura da corrida eleitoral de 15 de Outubro e integrou a lista de candidatura do MDM às legislativas e para as assembleias provinciais.
A retirada da candidatura do Panamo surge na sequência de uma polémica gerada com o MDM em torno dos galos que caracterizam os emblemas das duas formações políticas. Depois de uma tentativa de aproximação criada pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), os dois partidos decidiram estabelecer um acordo de “cavalheiros” que obrigou o Panamo a retirar a sua candidatura. “Havia uma pequena confusão de símbolos, tentámos conversar com os dois partidos, sendo que mais tarde recebemos uma carta do Panamo a manifestar desistência do processo eleitoral”, disse Paulo Cuinica, porta-voz da CNE.
Refira-se que o Panamo liderou a coligação União Democrática, que conseguiu representação parlamentar nas primeiras eleições gerais.
O PAÍS – 05.06.2014
Apenas 2.8 milhões de moçambicanos economicamente activos pagam impostos
AT prevê inscrever 700 mil contribuintes até ao final do ano
Até o final deste ano estima-se em 700 mil o número de contribuintes que deverão estar inscritos no sistema fiscal nacional. Este universo resulta dos esforços da Autoridade Tributária de Moçambique (AT) visando alargar a base tributário no país.
Dos cerca de 11 milhões de moçambicanos economicamente activos, apenas 2.8 milhões pagam impostos, daí a necessidade de acrescer o número de contribuintes a partir de acções de sensibilização de todos os segmentos da sociedade sobre a importância socio-económica do imposto.
Neste contexto a Autoridade Tributária de Moçambique tem vindo a desenvolver ao longo dos anos, Campanhas de Educação Fiscal, Aduaneira e Popularização do Imposto em parceria com a Organização Nacional do Professor (ONP).
Frelimo em conferências distritais
CONFERÊNCIAS distritais e de cidades do partido Frelimo elegem esta semana, em todo o país, os pré-candidatos a deputados da Assembleia da República e aos membros das Assembleias provinciais, que serão confirmados para estes órgãos nas eleições de Outubro próximo. Nesses encontros também são eleitos os delegados às conferências provinciais da Frelimo agendadas para a próxima semana.
Na província de Inhambane foram eleitos, neste contexto, 400 delegados à conferência provincial, que terão a missão de eleger os candidatos locais à deputados da Assembleia da República e confirmarão os candidatos a membros da Assembleia provincial, pré seleccionados nas conferências distritais.
De acordo com o secretário provincial para a Mobilização e Propaganda da Frelimo, Renato Bata, todos os distritos realizaram já as suas conferências e em “ambientes de festa, respeitando todas as directivas internas da Frelimo sobre o processo”.
HOMENAGEM PÓSTUMA AO ESCRITOR ALBERTO VIEGAS: O HOMEM QUE DEU VOZ AOS “ANIMAIS”
CRÓNICA de: Gento Roque Cheleca
“Quando nasceste todos sorriam, só tu choravas; procura viver de modo que, quando morreres todos chorem, só tu sorrias!” - Confúcio (551 a.C. - 479 a.C.) pensador e filósofo chinês.
Escrevo esta crónica desoladíssimo pela morte do escritor Alberto Viegas, um gigante da cultura macua, cujo desaparecimento físico empobrecerá culturalmente o país e a humanidade em geral.
Apagou-se a tocha de um dos mais célebres contadores de história do país, talvez o mais eminente pesquisador e divulgador da cultura macua em Nampula e, sem dúvida, o primeiro no mundo que deu voz aos animais em “O Que Nos Dizem Certos Animais”.
Tinha absoluta razão Uanhega Xitu (Agostinho André Mendes de Carvalho) quando dizia que “cada velho que nos morre é uma biblioteca de Alexandria que se incendeiam para o empobrecimento da humanidade”. Uma humanidade sem unidade e que não deixa esconder um prognóstico: sem as lucubrações de Alberto Viegas, será ainda pior.
RENAMO MONTA CANCELA EM VUNDÚZI
¤ Soldados governamentais capturados
¤ Muxungue de mal a pior
Depois de um intenso assédio nos últimos 4 dias, as tropas governamentais que se encontravam na Antena Movitel e na sede de Vunduzi recuaram ou melhor fugiram e abandonaram as antiaéreas e outras armas de grande calibre e muitos desertaram mas outros se enquadraram na posição que se encontra ao pé da igreja, um pouco fora da sede.
¤ Muxungue de mal a pior
Depois de um intenso assédio nos últimos 4 dias, as tropas governamentais que se encontravam na Antena Movitel e na sede de Vunduzi recuaram ou melhor fugiram e abandonaram as antiaéreas e outras armas de grande calibre e muitos desertaram mas outros se enquadraram na posição que se encontra ao pé da igreja, um pouco fora da sede.
E o mesmo posto foi violentamente fustigado pelas perdizes na noite de ontem, tendo alguns soldados, em numero não especificado, sido capturado. Entretanto a Renamo montou um posto de controlo em Vunduzi, junto a antena da Movitel, na mesma estrada de terra batida do troço vila-sede de Gorongosa-Vunduzi-Casa Banana-Cheringoma/Inhaminga.
Este acontecimento representa uma viragem radical dos acontecimentos do actual conflito armado não assumido pelo governo. Quanto à ténue posição ainda ocupada pelas extenuadas tropas governamentais em Vunduzi, poderá vir a cair nas próximas 24 ou 48 horas se as tropas não tiverem apoio logístico e reforços urgentes, o que também é uma tarefa quase impossível devido a terríveis emboscadas.
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Portugal liderou investimentos em Moçambique nos primeiros três meses de 2014
Portugal liderou a lista de investidores estrangeiros em Moçambique durante os três primeiros meses do ano, apresentando 43 projetos orçados em mais de 150 milhões de euros, informou o Centro de Promoção de Investimentos (CPI) moçambicano.
Entre 28 países e um investimento direto estrangeiro global de mais de 263 milhões de euros, o português ultrapassou largamente o das Maurícias, com 33,1 milhões de euros, da África do Sul (26,5 milhões), da China (15,7 milhões) e da Bielorrússia (8,8 milhões), países que ocuparam, em conjunto com Portugal, as cinco posições cimeiras da lista de investidores internacionais.
Os dados agora divulgados pelo CPI indicam que, só nos primeiros três meses de 2014, o investimento português aumentou 5,1% face ao ano passado, quando as empresas portuguesas investiram cerca de 124 milhões de euros em Moçambique, ficando atrás das sul-africanas (267,2 milhões de euros) e chinesas (168,1 milhões).
LUSA – 04.06.2014
RENAMO - Comunicado nº 03
COMUNICADO Nº.03
A Renamo comunica ao povo moçambicano e a comunidade internacional que o governo da Frelimo tem recorrido a tropas mercenárias estrangeiras para resolver diferendos políticos internos e agravar o conflito armado actualmente em curso que é movido com o intuito de assassinar o líder da oposição, o sr. Afonso Dlhakama, presidente do partido Renamo.
Ontem, 3/6/2014, entraram no pais a partir de Chicualacuala, província de Gaza, uma caravana militar constituída por vários blindados e camiões transportando diverso armamento e batalhões de tropas especiais angolanas e zimbabweanas. Os militares angolanos teriam desembarcado no Zimbabwe via aérea. Ambas as unidades trajavam uniformes das Forças Armadas de Defesa de Moçambique para não levantar suspeitas mas foram identificados devido a língua e sotaque típicos dos respectivos países.
A Renamo comunica ao povo moçambicano e a comunidade internacional que o governo da Frelimo tem recorrido a tropas mercenárias estrangeiras para resolver diferendos políticos internos e agravar o conflito armado actualmente em curso que é movido com o intuito de assassinar o líder da oposição, o sr. Afonso Dlhakama, presidente do partido Renamo.
Ontem, 3/6/2014, entraram no pais a partir de Chicualacuala, província de Gaza, uma caravana militar constituída por vários blindados e camiões transportando diverso armamento e batalhões de tropas especiais angolanas e zimbabweanas. Os militares angolanos teriam desembarcado no Zimbabwe via aérea. Ambas as unidades trajavam uniformes das Forças Armadas de Defesa de Moçambique para não levantar suspeitas mas foram identificados devido a língua e sotaque típicos dos respectivos países.
Mercenários começaram a entrar em Moçambique(2)
Khanga Hanha Muzai said...
Faz tempo que visitei a cidade de Chimoio, exactamente no período em que a midia transmitiu a informação de um camião que transportando cadáveres teve um acidente onde os mortos morreram pela segunda vez e os acompanhantes dos mortos morreram a primeira vez.
Ora depois da labuta como e natural procurei uma casa de pasto para atestar o estômago que já reclamava por um abastecimento substancial, pois, naquele dia eu acordara por volta das 4h30m e não tivera o mata-bicho, lembrar que nas viagens de trabalho não levo a minha Negra comigo, menciono-a porque ela não me deixa passar fome por mais que eu invente dietas de todo tipo e por todas as razões.
Bem, continuando, na referida casa de pasto estavam sentados 3 jovens com idades compreendidas entre 28 e 32 anos um deles deixou perceber que era fiscal florestal de Direcção Provincial de Agricultura, um era madeireiro e outro era o capataz do madeireiro, conversavam afavelmente entre copos Laurentina e Manica.
Ora depois da labuta como e natural procurei uma casa de pasto para atestar o estômago que já reclamava por um abastecimento substancial, pois, naquele dia eu acordara por volta das 4h30m e não tivera o mata-bicho, lembrar que nas viagens de trabalho não levo a minha Negra comigo, menciono-a porque ela não me deixa passar fome por mais que eu invente dietas de todo tipo e por todas as razões.
Bem, continuando, na referida casa de pasto estavam sentados 3 jovens com idades compreendidas entre 28 e 32 anos um deles deixou perceber que era fiscal florestal de Direcção Provincial de Agricultura, um era madeireiro e outro era o capataz do madeireiro, conversavam afavelmente entre copos Laurentina e Manica.
Novos confrontos hoje na EN1
A primeira coluna de viaturas civis protegida por militares que partiu de Muxungué está ser atacada na zona de Mutocote no centro Moçambique.
Sociedade Civil e movimento de camponeses ameaçam paralisar ProSavana
Está a crescer cada vez mais a onda de contestação contra o projecto ProSavana, criticado desde cedo pela sociedade civil, por considerar que o programa não é o mais viável para o país. O ProSavana é um programa entre os Governos de Moçambique, Brasil e Japão, onde os dois últimos vão adquirir mais de 14,5 milhões de hectares de terra em Moçambique para a plantação de monoculturas de milho, soja, algodão, ao longo do Corredor de Nacala, com particular incidência em 19 distritos das províncias de Nampula, Niassa e Zambézia. O receio é de que o mesmo venha expropriar a terra e deixar milhares de moçambicanos na indigência.
Na passada segunda-feira, organizações da sociedade civil e o movimento de camponeses convocaram a imprensa para o lançamento duma campanha denominada “Não ao ProSavana”. A campanha será à escala nacional. E vai consistir, basicamente, na paralisação das acções do projecto, o Plano Director, ProSavana Extensão e Modelos, através de “denúncias de formas de manipulação, cooptação, intimidação e tentativas de criminalização das organizações da sociedade civil e dos actores que contestam o Projecto.”
Na passada segunda-feira, organizações da sociedade civil e o movimento de camponeses convocaram a imprensa para o lançamento duma campanha denominada “Não ao ProSavana”. A campanha será à escala nacional. E vai consistir, basicamente, na paralisação das acções do projecto, o Plano Director, ProSavana Extensão e Modelos, através de “denúncias de formas de manipulação, cooptação, intimidação e tentativas de criminalização das organizações da sociedade civil e dos actores que contestam o Projecto.”
Vírgulas, minuciosidades que não passam de truques
Canal de Opinião por Noé Nhantumbo
Qual é afinal a razão do impasse negocial entre Governo e Renamo?
Difícil perceber como, com uma tão boa base de partida, não se chega a um entendimento em tempo útil. Existe o AGP assinado em Roma, existem vivos os negociadores de tal acordo, estão também vivos os observadores internacionais que intermediaram as conversações. Assim, o que falta para que se engaje toda esta gente e se discuta com celeridade, responsabilidade os pendentes existentes? Quem nega que existem pendentes? Que há assuntos ou “dossiers” que jamais foram implementados na íntegra? Quem também nega que os arranjos acordados não significaram a democratização efectiva do país? Quem ignora que o aparato governamental e judicial, resultantes do AGP, não diferem do que antes existia nos tempos do partido único?
Quem se recusa a ver que as FADM, PRM, FIR obedecem a comandos partidários?
Quem se recusa a reconhecer que a máquina governamental que superintende às questões económicas é organizada e concebida em termos de favorecer a captura de posições-chave por membros da liderança do partido governamental?
Qual é afinal a razão do impasse negocial entre Governo e Renamo?
Difícil perceber como, com uma tão boa base de partida, não se chega a um entendimento em tempo útil. Existe o AGP assinado em Roma, existem vivos os negociadores de tal acordo, estão também vivos os observadores internacionais que intermediaram as conversações. Assim, o que falta para que se engaje toda esta gente e se discuta com celeridade, responsabilidade os pendentes existentes? Quem nega que existem pendentes? Que há assuntos ou “dossiers” que jamais foram implementados na íntegra? Quem também nega que os arranjos acordados não significaram a democratização efectiva do país? Quem ignora que o aparato governamental e judicial, resultantes do AGP, não diferem do que antes existia nos tempos do partido único?
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Quem se recusa a reconhecer que a máquina governamental que superintende às questões económicas é organizada e concebida em termos de favorecer a captura de posições-chave por membros da liderança do partido governamental?
Bissopo ameaça dividir o país ao meio
Renamo repete ameaças de 1999
O secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo, ameaçou, ontem, que o seu partido poderá recorrer à divisão do país, caso as reivindicações sobre a paridade na FDS não sejam atendidas.
“Se o governo não ceder à paridade nas Forças de Defesa e Segurança, a Renamo estará preparada para dividir o país por via da força”, ameaçou Bissopo, falando em comício popular, no distrito de Morrumbala, província da Zambézia.
“Se a Frelimo continuar a dizer que não aceita a paridade, então, a Renamo e o presidente Dhlakama não têm mais nada a fazer, senão aceitar o que a Frelimo quer, que é criar condições para dividir o país”, disse o número dois da Renamo.
Núcleo duro de Samora toma conta da mina de rubis
Filhos de antigos combatentes e figuras sonantes na arena política nacional exercem cargos de administração na empresa Montepuez Ruby Mining (MRM), que vai explorar uma das maiores reservas do mundo em Montepuez e Namanhumbir, província de Cabo Delgado.
Trata-se de Samora Machel Júnior, presidente do Conselho de Administração, filho do primeiro Presidente de Moçambique, e Raime Pachinuapa (filho do antigo combatente Raimundo Pachinuapa), gestor de Assuntos Corporativos.
No empreendimento, a MRM junta-se à britânica Gemfields, uma das líderes mundiais no processamento de pedras preciosas, num negócio milionário bastante disputado e que chegou a envolver Jacinto Veloso, antigo combatente e também dos mais fiéis aliados de Samora Machel. As disputas pelas minas de rubis no país chegaram a ser arbitradas por um tribunal internacional.
ILHA DE MOÇAMBIQUE: Cidade de Macuti está a desaparecer
moradores desta área da Ilha deixarem de cobrir as suas residências com as folhas de palmeiras, conhecidas por macuti, a favor das chapas de zinco.E esta não era a prática em toda aquela zona, que acabou sendo denominada por “Cidade de Macuti”, pelo facto de todas as residências ali existentes serem cobertas de macuti, que é o principal material usado pelos ilhéus na construção das suas casas.
Com efeito, a “Cidade de Macuti” pode deixar de existir porque as folhas das palmeiras estão a escassear na Ilha, para além de que as poucas que ainda existem são vendidas a preços incomportáveis para os moradores daquela zona, que acolhe a maior parte da população da Ilha de Moçambique.
Esta situação preocupa as autoridades locais, por a zona ser uma das principais atracções turísticas, pois representa uma marca cultural desta parte da ilha.
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