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Moçambique | Tensão
OPERAÇÃO SATUNGIRA -(Parte I)
- O fracasso do assassinato de Dlhakama
Por: Unay Cambuma
A liquidação física do líder da Renamo, Afonso Dlhakama, foi por diversas vezes ensaiada desde a altura em que ele vivia em Maputo mas a audácia do genial guerrilheiro filho de África conseguia sempre driblar a gang de carrascos a soldo da frelimo e mudou-se para Nampula, onde goza de ...enorme popularidade.
Em Nampula, em plena cidade e a luz do dia, uma unidade das FIR, a força policial militarizada ilegalmente criada pela frelimo, tentou capturar Dlhakama na sua residência, situada na rua Mira Flores, sob o falso pretexto de acabar com o desmandos dos guardas da Renamo. Mas na tentativa do assalto e enfrentando apenas 3 homens armados, o ataque foi repelido, tendo sido neutralizado o blindado e morridos 14 homens da FIR incluindo o seu comandante natural de Mafambisse, Dondo.
Todos esses acontecimentos foram escamoteados pela imprensa sobretudo a estatal. Vendo que o seu líder corria perigo, a liderança do partido deliberou que o líder fosse residir no meio do povo sofredor. E numa jogada de mestre, a pretexto de comemorar André Matsangaisse, o marechal, protegido por melhores estrelas da sua guarda, viaja em caravanas rumo a Satungira, sendo seguido por uma corte de viatura policial da FIR, alegadamente para proteger Dlhakama por ser membro do conselho do estado.
Chegado a Satungira Dlhakama criou condições para que houvesse uma relação sã entre os guerrilheiros e as autoridades locais incluindo os elementos da Fir posicionados em Vunduzi, mil metros de Satungira. Com efeito, era normal as duas forças trocarem cigarros e copos nos quiosques e algumas vezes a própria filha do general pagava uma rodada geral para todos os que encontrassem a se divertir num local se por acaso ela passasse por ai em passeio com as amigas. O chefe do posto administrativo de Vunduzi era amiúde convidado para as matchessas do líder em caso de uma confraternização, como forma de respeito pela autoridade governamental.
Enquanto isso, abutres sanguinarários do criador de patos, ditador e corrupto Armando Guebuza, arquitectavam um plano ardiloso para liquidar o "rebelde chingondo" e desbaratar os seus "velhos e analfabetos" sequazes. Foi dai que indicaram, um ex-comandante renegado da Renamo, o coronel António Elias "Xicalango" ('panela') para comandar uma companhia especial de comandos de elite boina vermelhas. Abre-se um parentesis para explicar que o coronel "Xicalango", desertou para o Malawi durante a guerra civil dos 16 anos fugindo da ordem de captura decretada por Dlhakama, por praticar crimes hediondos contra civis que incluía estupros, assassinatos em massa, entre vários outros actos macabros.
Acontece porém que quando Xicalango chega no centro dos refugiados moçambicanos em Malawi, é logo reconhecido pelos populares e foi denunciado e imediatamente preso e deportado para Maputo, onde foi "convertido" para mudar de lado e assim melhor vender os segredos da guerrilha. Esta jogada do governo foi uma espécie do copy and paste da operação que vitimou Jonas Malheiro Savimbi, quando o governo angolano indicou o seu ex-comandante muito próximo e que tinha contas por ajustar com o chefe, o brigadeiro Walla, que desertou para as Fapla quando Savimbi havia tentado assassina-lo, subornando os guarda-costas, tendo estes fugido junto do seu comandante, salvando-o.
Mas voltemos a Satungira. Aproveitando-se da presença de cerca de um milhar de civis que estavam em Satungira comemorar André Matsangaisse, Xicalango com os seu jagunços, equipados com armamento novinho em folha a cheirar tinta, entre bazucas, metralhadoras, canhões incluindo os sistemas anti-aéreos de tiro rápido para tiro directo contra a infantaria de 2 e 4 canos, etc, avançaram em direcção a Satungira.
Quando chegam em Mucodza ("Egipto"), 23-28 km de Satungira, as forças do Xincalango tentaram escorraçar ou capturar os 5 ou 6 elementos da perdiz que estavam no posto de controle ai posicionado, o que originou uma séria escaramuça. Não obstante a superioridade do fogo das FADM, os madalas abateram 7 elementos e vários feridos e ardeu uma viatura atingida por balas. Duas perdizes foram mortas e 1 capturada e é a tal foto que faz as delicias da ala frelimista na internet.
Depois de vaporizar o posto, as FADM avançaram directamente sem oposição até a antena (da movitel), situado a apenas 1000
metros das matchessas do lider da Renamo.
Todas estes acontecimentos foram cirurgicamente engendrados para coincidir com a presidência aberta do ditador Guebuza a Sofala, em que a morte do Dlhakama seria apresentada como um "grande feito do filho mais querido da nação", à guisa do que fez na conversão da Cahora Bassa, onde recebeu um suborno de 50
milhões de dólares.
No complexo Monte Verde na Beira, havia já sido preparada uma grande festa de gala com champanhes e tudo mais e uma tv ecran gigante a espera da transmissão em directo a partir de Satungira. Os jornalistas estavam a ilharga, exultantes.See more
OPERAÇÃO SATUNGIRA -(Parte I)
- O fracasso do assassinato de Dlhakama
Por: Unay Cambuma
A liquidação física do líder da Renamo, Afonso Dlhakama, foi por diversas vezes ensaiada desde a altura em que ele vivia em Maputo mas a audácia do genial guerrilheiro filho de África conseguia sempre driblar a gang de carrascos a soldo da frelimo e mudou-se para Nampula, onde goza de ...enorme popularidade.
Em Nampula, em plena cidade e a luz do dia, uma unidade das FIR, a força policial militarizada ilegalmente criada pela frelimo, tentou capturar Dlhakama na sua residência, situada na rua Mira Flores, sob o falso pretexto de acabar com o desmandos dos guardas da Renamo. Mas na tentativa do assalto e enfrentando apenas 3 homens armados, o ataque foi repelido, tendo sido neutralizado o blindado e morridos 14 homens da FIR incluindo o seu comandante natural de Mafambisse, Dondo.
Todos esses acontecimentos foram escamoteados pela imprensa sobretudo a estatal. Vendo que o seu líder corria perigo, a liderança do partido deliberou que o líder fosse residir no meio do povo sofredor. E numa jogada de mestre, a pretexto de comemorar André Matsangaisse, o marechal, protegido por melhores estrelas da sua guarda, viaja em caravanas rumo a Satungira, sendo seguido por uma corte de viatura policial da FIR, alegadamente para proteger Dlhakama por ser membro do conselho do estado.
Chegado a Satungira Dlhakama criou condições para que houvesse uma relação sã entre os guerrilheiros e as autoridades locais incluindo os elementos da Fir posicionados em Vunduzi, mil metros de Satungira. Com efeito, era normal as duas forças trocarem cigarros e copos nos quiosques e algumas vezes a própria filha do general pagava uma rodada geral para todos os que encontrassem a se divertir num local se por acaso ela passasse por ai em passeio com as amigas. O chefe do posto administrativo de Vunduzi era amiúde convidado para as matchessas do líder em caso de uma confraternização, como forma de respeito pela autoridade governamental.
Enquanto isso, abutres sanguinarários do criador de patos, ditador e corrupto Armando Guebuza, arquitectavam um plano ardiloso para liquidar o "rebelde chingondo" e desbaratar os seus "velhos e analfabetos" sequazes. Foi dai que indicaram, um ex-comandante renegado da Renamo, o coronel António Elias "Xicalango" ('panela') para comandar uma companhia especial de comandos de elite boina vermelhas. Abre-se um parentesis para explicar que o coronel "Xicalango", desertou para o Malawi durante a guerra civil dos 16 anos fugindo da ordem de captura decretada por Dlhakama, por praticar crimes hediondos contra civis que incluía estupros, assassinatos em massa, entre vários outros actos macabros.
Acontece porém que quando Xicalango chega no centro dos refugiados moçambicanos em Malawi, é logo reconhecido pelos populares e foi denunciado e imediatamente preso e deportado para Maputo, onde foi "convertido" para mudar de lado e assim melhor vender os segredos da guerrilha. Esta jogada do governo foi uma espécie do copy and paste da operação que vitimou Jonas Malheiro Savimbi, quando o governo angolano indicou o seu ex-comandante muito próximo e que tinha contas por ajustar com o chefe, o brigadeiro Walla, que desertou para as Fapla quando Savimbi havia tentado assassina-lo, subornando os guarda-costas, tendo estes fugido junto do seu comandante, salvando-o.
Mas voltemos a Satungira. Aproveitando-se da presença de cerca de um milhar de civis que estavam em Satungira comemorar André Matsangaisse, Xicalango com os seu jagunços, equipados com armamento novinho em folha a cheirar tinta, entre bazucas, metralhadoras, canhões incluindo os sistemas anti-aéreos de tiro rápido para tiro directo contra a infantaria de 2 e 4 canos, etc, avançaram em direcção a Satungira.
Quando chegam em Mucodza ("Egipto"), 23-28 km de Satungira, as forças do Xincalango tentaram escorraçar ou capturar os 5 ou 6 elementos da perdiz que estavam no posto de controle ai posicionado, o que originou uma séria escaramuça. Não obstante a superioridade do fogo das FADM, os madalas abateram 7 elementos e vários feridos e ardeu uma viatura atingida por balas. Duas perdizes foram mortas e 1 capturada e é a tal foto que faz as delicias da ala frelimista na internet.
Depois de vaporizar o posto, as FADM avançaram directamente sem oposição até a antena (da movitel), situado a apenas 1000
metros das matchessas do lider da Renamo.
Todas estes acontecimentos foram cirurgicamente engendrados para coincidir com a presidência aberta do ditador Guebuza a Sofala, em que a morte do Dlhakama seria apresentada como um "grande feito do filho mais querido da nação", à guisa do que fez na conversão da Cahora Bassa, onde recebeu um suborno de 50
milhões de dólares.
No complexo Monte Verde na Beira, havia já sido preparada uma grande festa de gala com champanhes e tudo mais e uma tv ecran gigante a espera da transmissão em directo a partir de Satungira. Os jornalistas estavam a ilharga, exultantes.See more
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