Unay Cambuma
Depois do descalabro da "blitzkrieg" ("guerra relampago") que visava "desbaratar e desarmar" a renamo nos seus principais redutos da zona centro, o governo na pratica reacendeu a guerra civil, no entanto, tal ainda nao se efectivou devido a postura tactico-reactiva da renamo que puxou as tropas govername...ntais para combates a curta distancia nas matas da regiao centro. No principio muitos julgavam que a renamo estivesse acuada devido a esta postura exageradamente defensiva. As primeiras grandes campanhas militares ocorreram entre outubro e dezembro em satungira, maringue, sitatonga, chithause, etc. As tropas governamentais eram todas constituidas por comandos especiais e com armamento novinho em folha, onde pontificavam os poderosos sistemas antiaereos de tiro rapido, canhoes sem recuo "b10", etc. Grandes desastres e perdas tiveram as tropas governamentais durante esse periodo e nessas batalhas defensivas a renamo apoderou se de grandes quantidades de armas e municoes. A renamo usava a tactica de ataque de intercepcao por antecipacao e 'close range roadside ambush' (emboscada a curta distancia ao longo da via) e apenas usando a lendaria ak-47. A imprensa pro-estatal tentou com grande estardalhaco passar a imagem de uma renamo maltrapilha que assalta postinhos médicos, vandaliza barracas, queima viaturas, etc, mas nao possou disso. O governo fez de tudo para usar os ataques de muxungue como "porta estandarte" da sua saga propagandistica para diabolizar a renamo mas em muxungue é o próprio governo que usa civis como escudo ao transportar tropas em autocarros civis (etrago e nagi). Muitos concordam que sem a escolta haveria livre circulacao de pessoas e bens naquele troco como, alias, tem acontecido no troco gorongosa-caia, onde em alguns pontos passa a zero metro da serra e as viaturas nunca foram atacadas e circulam normalmente a qualquer hora do dia. Entre Janeiro a marco o governo insistiu com uma outra serie de grandes operacoes militares mas focalizadas para aniquilar o lendario lider da renamo mas tudo terminou num tremendo banho de sangue e retumbante fracasso. As operacoes de janeiro e marco foram massivamente apoiadas por bombardeamentos de saturacao de artilharia pesada sobretudo dos foguetes bm-21-p "b11" e poderosos morteiros de 160mm. A aventura de Inhaminga, terminará como aconteceu em Chithause e Sitatonga, onde as fadm foram estrondosamente vaporizadas e nunca mais "meteram o focinho". Em vunduzi/satungira, tem acontecido algo que é exemplo supremo dos designios pacificos da renamo: a renamo ja escorracou as fadm por 2 ou 3 vezes e depois de recolher tudo, regressam base. Todas as posicoes das fadm a jusante da montanha estao ao alcance de morteiros e outras armas pesadas da renamo mas nunca foram usadas. Portanto, o governo empenha se em enervar a renamo, bombardeando os seus redutos com misseis de fragmentacao "b11", mata e prende os seus membros e lideres, queima palhotas, mata camponeses, pilha animais e vandaliza machambas de camponeses que certamente alguns podem ser parentes dos guerrilheiros que nada tem a ver com a situacao mas o lider da renamo segura estoicamente os seus homens para nao entrar em contra-ataques em larga escala. Sob a lei internacional o governo de mocambique esta a cometer crimes de guerra e contra a humanidade. O que o governo pretende e instalar um caos geral o que vai implicar a presenca massiva de militares em varios locais o que ira intimidar e inibir os eleitores e/ou propociara a fraudes grotescas em zonas rurais apoiadas pelos militares. O governo podera também decretar o estado de emergencia e se manter indefinidamente no poder. Neste momento as operacoes militares estao suspensas por insuficiencia de efectivos, perda de iniciativa para desencadear novas operacoes e falta de oficiais que foram sendo mortos ao longo dos combates. Desde o inicio das operacoes, a renamo "arrumou as botas" de 7 ou mais oficiais de alta patente entre os quais 3 tenente coroneis e 1 major general e as fadm até recorreram a mercenarios estrangeiros para tentar superar o poder combativo das perdizes. As fadm podem ter perdido ate agora entre mortos, feridos e desertores mais de 10.000
homens, 50% dos quais baixas fatais, sem falar de valioso material belico perdido a favor das perdizes. Deve haver certamente uma crise nos meios castrenses nacionais. Algumas informacoes indicam que as tropas governamentais se recusam em adentrar para Inhaminga, vunduzi, casa banana, etc devido as inevitaveis perdas. Também chegam nos informacoes sobre preparativos de uso da avicao militar e blindados. As tropas estao sendo concetradas em dondo. Parece que o novo ministro da defesa também quer demostrar as suas habilidades tactico-operativas. A ver vamos.
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