- 01 Dezembro 2012
- Opinião
Luanda – São passados vinte anos desde os negociadores de paz da UNITA foram barbaramente assassinados em Luanda pelas milícias ou vândalos do MPLA, desconhecendo-se o paradeiro dos seus corpos. As tradições bantu recomendam o respeito pelo morto, o enterro digno do corpo e a realização de “Luziku” ou “Komba” (fim do processo fúnebre) por parte dos seus parentes.
Fonte: Club-k.net
Nada disto aconteceu com os ilustres filhos de indígenas e autóctones desta Angola, nas terras dos seus antepassados, os restos mortais dos mesmos encontrando-se em paradeiro que só o MPLA conhece.
Foi a 01 de Novembro de 1992 que o Engenheiro Jeremias Kalandula Chitunda, Vice-presidente do Partido, o General Adolosi Paulo Mango Alicerces, Secretário Geral do Partido, o Engenheiro Elias Salupeto Pena, Chefe da Delegação da UNITA na CCPM, e o Brigadeiro Eliseu Sapitango Chimbili, Chefe dos Serviços Administrativos da UNITA em Luanda foram assassinados pelo MPLA, na sequencia da rejeição pelo Galo negro dos resultados das eleições gerais, presidenciais e legislativas, que achou de serem fraudulentas.
O MPLA aproveitou-se desta rejeição dos resultados eleitorais para desencadear confrontos que incendiaram e ensanguentaram Angola. Nestes confrontos, mais de quarenta mil militantes da UNITA e angolanos da etnia Ovimbundu foram assassinados em Luanda e noutras localidades do País.
Elias Salupeto Pena – sobrinho do fundador da UNITA, Jonas Malheiro Savimbi – era o chefe da delegação negocial da UNITA na CCPM (Comissão Conjunta Político-militar) em que fazia parte as outras vítimas, Jeremias Chitunda e Mango Alicerces.
Na altura do seu assassinato, Jeremias Chitunda exercia as funções de Vice-Presidente da UNITA, Mango Alicerces as de Secretário-geral e Sapitango Chimbili era o chefe de serviços de segurança do Partido. O engenheiro Jeremias Chitunda encontrava-se na cidade do Huambo com Jonas Savimbi, quando o general Franca Ndalu, do MPLA, foi busca-lo para livra-lo a morte em Luanda.
Os Engenheiros Chitunda e Salupeto Pena foram assassinados na área do antigo mercado de Roque Santeiro no Sambizanga, enquanto que o Brigadeiro Chimbili foi morto a tiro atrás das instalações da Agência Angola Press (ANGOP) e da Embaixada da Zâmbia, na rua Rei Katiavala. Segundo noticias que circularam na altura, Chimbili fugiu, em vão, da casa onde residia que se situava no local onde se encontra actualmente a empresa Chamavu, para pedir protecção na Embaixada da Zâmbia.
A guarnição da ANGOP seguiu atentamente Chimbili que chegou ao destino, mas quando este tentou bater a porta da referida Embaixada, um guarda disparou contra o mesmo que encontrou uma morte imediata. O assassinato de Chimbili foi muito comentado e os assassinos vangloriavam-se de ter abatido um inimigo, segundo se dizia. Na altura, ANGOP era dirigido por um dos piores assassinos do 27 de Maio.
O assassinato dos quatro negociadores de paz da UNITA foi festejado pelo MPLA, a TPA tendo apresentado como troféus os corpos de Jeremias Chitunda, Salupeto Pena e Sapitango Chimbili a serem vandalizados por seus carrascos, um dos quais mestiços. Esta cena é comparável a que foi reservada ao corpo de Jonas Savimbi em Lukuse, Moxico.
Fonte: Club-k.net
Nada disto aconteceu com os ilustres filhos de indígenas e autóctones desta Angola, nas terras dos seus antepassados, os restos mortais dos mesmos encontrando-se em paradeiro que só o MPLA conhece.
Foi a 01 de Novembro de 1992 que o Engenheiro Jeremias Kalandula Chitunda, Vice-presidente do Partido, o General Adolosi Paulo Mango Alicerces, Secretário Geral do Partido, o Engenheiro Elias Salupeto Pena, Chefe da Delegação da UNITA na CCPM, e o Brigadeiro Eliseu Sapitango Chimbili, Chefe dos Serviços Administrativos da UNITA em Luanda foram assassinados pelo MPLA, na sequencia da rejeição pelo Galo negro dos resultados das eleições gerais, presidenciais e legislativas, que achou de serem fraudulentas.
O MPLA aproveitou-se desta rejeição dos resultados eleitorais para desencadear confrontos que incendiaram e ensanguentaram Angola. Nestes confrontos, mais de quarenta mil militantes da UNITA e angolanos da etnia Ovimbundu foram assassinados em Luanda e noutras localidades do País.
Elias Salupeto Pena – sobrinho do fundador da UNITA, Jonas Malheiro Savimbi – era o chefe da delegação negocial da UNITA na CCPM (Comissão Conjunta Político-militar) em que fazia parte as outras vítimas, Jeremias Chitunda e Mango Alicerces.
Na altura do seu assassinato, Jeremias Chitunda exercia as funções de Vice-Presidente da UNITA, Mango Alicerces as de Secretário-geral e Sapitango Chimbili era o chefe de serviços de segurança do Partido. O engenheiro Jeremias Chitunda encontrava-se na cidade do Huambo com Jonas Savimbi, quando o general Franca Ndalu, do MPLA, foi busca-lo para livra-lo a morte em Luanda.
Os Engenheiros Chitunda e Salupeto Pena foram assassinados na área do antigo mercado de Roque Santeiro no Sambizanga, enquanto que o Brigadeiro Chimbili foi morto a tiro atrás das instalações da Agência Angola Press (ANGOP) e da Embaixada da Zâmbia, na rua Rei Katiavala. Segundo noticias que circularam na altura, Chimbili fugiu, em vão, da casa onde residia que se situava no local onde se encontra actualmente a empresa Chamavu, para pedir protecção na Embaixada da Zâmbia.
A guarnição da ANGOP seguiu atentamente Chimbili que chegou ao destino, mas quando este tentou bater a porta da referida Embaixada, um guarda disparou contra o mesmo que encontrou uma morte imediata. O assassinato de Chimbili foi muito comentado e os assassinos vangloriavam-se de ter abatido um inimigo, segundo se dizia. Na altura, ANGOP era dirigido por um dos piores assassinos do 27 de Maio.
O assassinato dos quatro negociadores de paz da UNITA foi festejado pelo MPLA, a TPA tendo apresentado como troféus os corpos de Jeremias Chitunda, Salupeto Pena e Sapitango Chimbili a serem vandalizados por seus carrascos, um dos quais mestiços. Esta cena é comparável a que foi reservada ao corpo de Jonas Savimbi em Lukuse, Moxico.
O corpo de Mango Alicerces nunca foi apresentado. Informações que circularam logo após o assassinato davam conta de que o General Mango escondia-se na residência do General Zé Maria que era seu amigo de infância e colega de escola em Benguela.
Esses rumores nunca foram confirmados nem desmentidos por parte de quem quer que seja. O único sobrevivente apresentado pela TPA foi Abel Epalanga Chivukuvuku, com uma perna no gesso. De negociadores de paz, Chitunda e companheiros foram feitos cadáveres presos pelo MPLA.
Esses rumores nunca foram confirmados nem desmentidos por parte de quem quer que seja. O único sobrevivente apresentado pela TPA foi Abel Epalanga Chivukuvuku, com uma perna no gesso. De negociadores de paz, Chitunda e companheiros foram feitos cadáveres presos pelo MPLA.
Numa noite, a TPA – Televisão Popular de Angola – do MPLA, apresentou uma viatura pertencente ah UNITA atacada e carbonizada defronte ao Kremlin – sede dos marxistas-leninistas – como tendo participado numa tentativa de golpe de golpe de Estado.
Antes da apresentação deste cenário maquiavélico e diabólico pela TPA, na sua sede no Bairro São Paulo, a direcção da UNITA estava numa reunião com os partidos amigos, nomeadamente PDP-ANA do Engenheiro Mfulumpinga Nlandu Victor, POCs de Paulino Pinto João, AD-Coligação de Isidoro Kiala, PSDA de Milton Kilandamoko e FNLA de Holden Roberto, quando irrompeu em catástrofe na sala (da reunião) um soldado das FALA (braço armado da UNITA) informando que eram dois e foram atacados pelas FAPLA no Estado do Bairro Operário. Na sequência deste ataque, um deles morreu e ele conseguiu fugir.
A reunião de São Paulo foi co-presidida pelo Secretário-geral da UNITA, Adolosi Mango Alicerces e Salupeto Pena. Mesmo mortos, os negociadores da UNITA encontram-se presos por parte do MPLA, contra os valores morais e tradicionais bantu. E de estranhar a capacidade diabólica do MPLA que teve o condão e a coragem de assassinar um cientista de nível universal como Jeremias Kalandula Chitunda e de deter o seu corpo ou deita-lo.
Jeremias Chitunda, Salupeto Pena, Mango Alicerces e Eliseu Chimbili não tiveram direito a um óbito, ao caixão, ah sepultura, ao funeral, ao Luziku ou Komba. Nem seus parentes tiveram o direito de pelo menos ver os corpos dos seus ente-queridos. O MPLA cuspiu sobre as tradições bantu.
Ninguém podia chorar estes ilustres filhos dos indígenas e autóctones na “Pátria” dos seus antepassados. “Angolanos” de origens desconhecidas, alógenos e intrusos mataram e sequestraram os corpos dos patriotas genuínos destas terras de Ntotela.
Os primeiros rumores que circularam logo após a morte destes referiam que os seus corpos encontravam-se numa morgue dos serviços de segurança do Estado situados junto ao Cemitério da Santana, ao lado das Bombas da rua principal do Bairro Popular. Mais tarde, falava-se que os corpos foram queimados ou atirados em valas comuns.
Jeremias Kalandula Chitunda nasceu aos 20 de Fevereiro de 1942 na aldeia de Chimbuelengue, Município do Chinguar, na Província do Bié, filho de Emílio Chitunda e de Rosalina Kalombo,. Fez os seus estudos primários em Chimbuelengue e na Missão Evangélica do Dôndi, Bela Vista e secundários no Colégio D. João de Castro e no Liceu Nacional do Huambo.
Devido à perseguição movida pelas autoridades portuguesas, principalmente pela sua famosa polícia política então conhecida pelo nome de PIDE, o então jovem intelectual Chitunda deixou Angola em 1963 para se refugiar na vizinha República Democrática do Congo de onde seguiu, mais tarde, para os Estados Unidos da América.
Chitunda continuou os seus estudos na Universidade de Arizon e depois de uma brilhante carreira académica, formou-se em engenharia de minas, tendo depois realizado muitas pesquisas nesse domínio.
Publicou obras de temas tecnológicos e científicos e sobre técnicas de minas para a indústria extractiva e sobre sistemas mecânicos de estabilização de escavações subterrâneas.
De 1971 a 1974 desempenhou funções de Chefe do Departamento da Engenharia Industrial e de Minas duma grande empresa americana. De Janeiro a Agosto de 1975 foi Ministro de Recursos Naturais, no Governo de Transição de Angola, por parte da UNITA.
Chitunda exerceu vários cargos de direcção da UNITA, como sucessivamente seu representante nas Nações Unidas, nos Estados Unidos, em Franca, Secretario para a Informação e Vice-Presidente do referido Partido para a Coordenação Administrativa.
Antes da apresentação deste cenário maquiavélico e diabólico pela TPA, na sua sede no Bairro São Paulo, a direcção da UNITA estava numa reunião com os partidos amigos, nomeadamente PDP-ANA do Engenheiro Mfulumpinga Nlandu Victor, POCs de Paulino Pinto João, AD-Coligação de Isidoro Kiala, PSDA de Milton Kilandamoko e FNLA de Holden Roberto, quando irrompeu em catástrofe na sala (da reunião) um soldado das FALA (braço armado da UNITA) informando que eram dois e foram atacados pelas FAPLA no Estado do Bairro Operário. Na sequência deste ataque, um deles morreu e ele conseguiu fugir.
A reunião de São Paulo foi co-presidida pelo Secretário-geral da UNITA, Adolosi Mango Alicerces e Salupeto Pena. Mesmo mortos, os negociadores da UNITA encontram-se presos por parte do MPLA, contra os valores morais e tradicionais bantu. E de estranhar a capacidade diabólica do MPLA que teve o condão e a coragem de assassinar um cientista de nível universal como Jeremias Kalandula Chitunda e de deter o seu corpo ou deita-lo.
Jeremias Chitunda, Salupeto Pena, Mango Alicerces e Eliseu Chimbili não tiveram direito a um óbito, ao caixão, ah sepultura, ao funeral, ao Luziku ou Komba. Nem seus parentes tiveram o direito de pelo menos ver os corpos dos seus ente-queridos. O MPLA cuspiu sobre as tradições bantu.
Ninguém podia chorar estes ilustres filhos dos indígenas e autóctones na “Pátria” dos seus antepassados. “Angolanos” de origens desconhecidas, alógenos e intrusos mataram e sequestraram os corpos dos patriotas genuínos destas terras de Ntotela.
Os primeiros rumores que circularam logo após a morte destes referiam que os seus corpos encontravam-se numa morgue dos serviços de segurança do Estado situados junto ao Cemitério da Santana, ao lado das Bombas da rua principal do Bairro Popular. Mais tarde, falava-se que os corpos foram queimados ou atirados em valas comuns.
Jeremias Kalandula Chitunda nasceu aos 20 de Fevereiro de 1942 na aldeia de Chimbuelengue, Município do Chinguar, na Província do Bié, filho de Emílio Chitunda e de Rosalina Kalombo,. Fez os seus estudos primários em Chimbuelengue e na Missão Evangélica do Dôndi, Bela Vista e secundários no Colégio D. João de Castro e no Liceu Nacional do Huambo.
Devido à perseguição movida pelas autoridades portuguesas, principalmente pela sua famosa polícia política então conhecida pelo nome de PIDE, o então jovem intelectual Chitunda deixou Angola em 1963 para se refugiar na vizinha República Democrática do Congo de onde seguiu, mais tarde, para os Estados Unidos da América.
Chitunda continuou os seus estudos na Universidade de Arizon e depois de uma brilhante carreira académica, formou-se em engenharia de minas, tendo depois realizado muitas pesquisas nesse domínio.
Publicou obras de temas tecnológicos e científicos e sobre técnicas de minas para a indústria extractiva e sobre sistemas mecânicos de estabilização de escavações subterrâneas.
De 1971 a 1974 desempenhou funções de Chefe do Departamento da Engenharia Industrial e de Minas duma grande empresa americana. De Janeiro a Agosto de 1975 foi Ministro de Recursos Naturais, no Governo de Transição de Angola, por parte da UNITA.
Chitunda exerceu vários cargos de direcção da UNITA, como sucessivamente seu representante nas Nações Unidas, nos Estados Unidos, em Franca, Secretario para a Informação e Vice-Presidente do referido Partido para a Coordenação Administrativa.
Liderou uma delegação da UNITA que em Outubro de 1992 se deslocou a Luanda para negociar a paz com o MPLA, onde foi assassinado pelas milícias deste último (MPLA). “Le malheur ne vient jamais Seul” (A infelicidade nunca vem sozinha) – segundo a UNITA - a viúva América Chitekulo Chitunda morreu a 07 de Outubro de 1999 vitima de um ataque da aviação do MPLA contra a cidade do Andulo.
Adolosi Mango Paulo Alicerces, mas conhecido por Alicerces Mango, nasceu em Benguela, aos 24 de Abril de 1953, e foi o terceiro filho de Paulo Bartolomeu Alicerces e de Natália Chitaca Adolosi, que tiveram um total de dez filhos. Fez os seus estudos primários, preparatórios e liceais, na mesma Cidade.
Quando frequentava o 7º Ano Liceal, foi incorporado na Tropa Colonial Portuguesa, donde, depois de rasgarem a Bandeira Portuguesa, na companhia dos outros Companheiros do Regimento do Huambo, desertou juntando-se ah UNITA, em 1974.
Mango Alicerces desempenhou várias altas funções militares e politicas na UNITA. Foi sucessivamente representante do Partido na República Federal da Alemanha, em Portugal, responsável pelos Negócios Estrangeiros, foi General, Secretário-geral e participou nas negociações de Bicesse com o MPLA.
O Engenheiro Elias Salupeto Pena nasceu a 09 de Abril de 1952 em Caricoque, Província do Bié, filho de Isaac e Judite Pena, a irmã mais velha de Jonas Savimbi.
Fez os seus estudos primários na Missão do Chilesso, e os Secundários no Bié e no Lubango.
Assumiu vários cargos de alto nível na UNITA. Representou o seu Partido na Zâmbia, antes de ser enviado para Côte d’Ivoire, onde licenciou-se em Agronomia.
Segundo o Galo negro, na altura o melhor amigo de Salupeto Pena era George Rebelo Chicoty, antigo estudante da UNITA na Côte d’Ivoire.
Jonas Savimbi transferiu o sobrinho (Salupeto Pena) para França, onde este fez o doutoramento (em que?). A pedido do sobrinho Salupeto Pena Savimbi transferiu igualmente Rebelo Chicoty, para Paris. “Ngai na bokoli muana ya nkoyi, nabanzaki niau” (criei um filho de onça, pensava que era gato) – cantou um músico zairense.
Em Angola, Salupeto Pena foi secretário da Agricultura e Pecuária nas zonas sob controlo da UNITA onde promoveu a auto-suficiência alimentar junto dos camponeses. Nas eleições de Setembro de 1992, foi eleito Deputado pelo Circulo Nacional.
Foi secretário do Planeamento Económico do seu Partido e integrou as delegações da UNITA que negociou a paz com o MPLA sucessivamente em Gbadolite, em 1989 e em Bicesse, Portugal. Salupeto Pena foi Chefe da Delegação da UNITA na CCPM, cargo que desempenhou até ao seu assassinato.
Sobre o assassinato destes quadros angolanos, eis uma história diabólica contada pelo Galo negro: “Na tarde em que iriam assinar os acordos que determinavam a segunda volta das eleições presidências em Angola, a cidade de Luanda entrou em “fogo cruzado”.
Do hotel turismo onde se encontrava com os seus companheiros, telefonou para o seu homólogo do MPLA, o general António França “Ndalu” para tentar perceber o que se estava a passar e teve como resposta: “façam o que poder”.
Logo a seguir ao contacto com general “Ndalu”, o engenheiro Salupeto Pena e os seus companheiros compreenderam que poderiam estar a premio e decidiram, abandonar Luanda em caravana rumo a Caxito onde se encontravam os generais Nbula Matadi e Abilio Kamalata Numa.
O grupo de Salupeto pensava antes, em distribuir-se em diferentes embaixadas estrangeiras, de países onde trabalharam no passado. Porém, Jeremias Chitunda que se encontrava em Luanda a cerca de dois dias para assinar os acordos de paz, teria desaconselhado tendo os mesmos decididos saírem em coluna.
Nas redondezas do mercado do roque santeiro, foram seguidos pelas forças governamentais que atiraram contra os mesmos. Salupeto Pena foi gravemente ferido e levado a uma esquadra da Policia no Sambizanga onde seria torturado até, a morte, a 01 de Novembro de 1992. Posteriormente, o seu corpo teria sido levado para a sua viatura para ser apresentado pela televisão.
Os seus restos mortais teriam depois ficado sob custodia das autoridades governamentais. Após a morte de Jonas Savimbi, os familiares e membros da direcção da UNITA solicitaram, sem sucesso, a entrega do mesmo para ser enterrado condignamente. O destino dado aos restos mortais de Salupeto Pena foi objecto de versões díspares.
A versão que mais se realçou em círculos restritos alegava que na qualidade de familiar direito de Savimbi, teriam reencaminhado o seu corpo para fins tradicionais, num ritual que teria contado com o envio, a Luanda, de um magno oriundo da Índia, razão pela qual diz-se que o corpo do mesmo já não existe”.
*makutankondo@yahoo.com.br
Adolosi Mango Paulo Alicerces, mas conhecido por Alicerces Mango, nasceu em Benguela, aos 24 de Abril de 1953, e foi o terceiro filho de Paulo Bartolomeu Alicerces e de Natália Chitaca Adolosi, que tiveram um total de dez filhos. Fez os seus estudos primários, preparatórios e liceais, na mesma Cidade.
Quando frequentava o 7º Ano Liceal, foi incorporado na Tropa Colonial Portuguesa, donde, depois de rasgarem a Bandeira Portuguesa, na companhia dos outros Companheiros do Regimento do Huambo, desertou juntando-se ah UNITA, em 1974.
Mango Alicerces desempenhou várias altas funções militares e politicas na UNITA. Foi sucessivamente representante do Partido na República Federal da Alemanha, em Portugal, responsável pelos Negócios Estrangeiros, foi General, Secretário-geral e participou nas negociações de Bicesse com o MPLA.
O Engenheiro Elias Salupeto Pena nasceu a 09 de Abril de 1952 em Caricoque, Província do Bié, filho de Isaac e Judite Pena, a irmã mais velha de Jonas Savimbi.
Fez os seus estudos primários na Missão do Chilesso, e os Secundários no Bié e no Lubango.
Assumiu vários cargos de alto nível na UNITA. Representou o seu Partido na Zâmbia, antes de ser enviado para Côte d’Ivoire, onde licenciou-se em Agronomia.
Segundo o Galo negro, na altura o melhor amigo de Salupeto Pena era George Rebelo Chicoty, antigo estudante da UNITA na Côte d’Ivoire.
Jonas Savimbi transferiu o sobrinho (Salupeto Pena) para França, onde este fez o doutoramento (em que?). A pedido do sobrinho Salupeto Pena Savimbi transferiu igualmente Rebelo Chicoty, para Paris. “Ngai na bokoli muana ya nkoyi, nabanzaki niau” (criei um filho de onça, pensava que era gato) – cantou um músico zairense.
Em Angola, Salupeto Pena foi secretário da Agricultura e Pecuária nas zonas sob controlo da UNITA onde promoveu a auto-suficiência alimentar junto dos camponeses. Nas eleições de Setembro de 1992, foi eleito Deputado pelo Circulo Nacional.
Foi secretário do Planeamento Económico do seu Partido e integrou as delegações da UNITA que negociou a paz com o MPLA sucessivamente em Gbadolite, em 1989 e em Bicesse, Portugal. Salupeto Pena foi Chefe da Delegação da UNITA na CCPM, cargo que desempenhou até ao seu assassinato.
Sobre o assassinato destes quadros angolanos, eis uma história diabólica contada pelo Galo negro: “Na tarde em que iriam assinar os acordos que determinavam a segunda volta das eleições presidências em Angola, a cidade de Luanda entrou em “fogo cruzado”.
Do hotel turismo onde se encontrava com os seus companheiros, telefonou para o seu homólogo do MPLA, o general António França “Ndalu” para tentar perceber o que se estava a passar e teve como resposta: “façam o que poder”.
Logo a seguir ao contacto com general “Ndalu”, o engenheiro Salupeto Pena e os seus companheiros compreenderam que poderiam estar a premio e decidiram, abandonar Luanda em caravana rumo a Caxito onde se encontravam os generais Nbula Matadi e Abilio Kamalata Numa.
O grupo de Salupeto pensava antes, em distribuir-se em diferentes embaixadas estrangeiras, de países onde trabalharam no passado. Porém, Jeremias Chitunda que se encontrava em Luanda a cerca de dois dias para assinar os acordos de paz, teria desaconselhado tendo os mesmos decididos saírem em coluna.
Nas redondezas do mercado do roque santeiro, foram seguidos pelas forças governamentais que atiraram contra os mesmos. Salupeto Pena foi gravemente ferido e levado a uma esquadra da Policia no Sambizanga onde seria torturado até, a morte, a 01 de Novembro de 1992. Posteriormente, o seu corpo teria sido levado para a sua viatura para ser apresentado pela televisão.
Os seus restos mortais teriam depois ficado sob custodia das autoridades governamentais. Após a morte de Jonas Savimbi, os familiares e membros da direcção da UNITA solicitaram, sem sucesso, a entrega do mesmo para ser enterrado condignamente. O destino dado aos restos mortais de Salupeto Pena foi objecto de versões díspares.
A versão que mais se realçou em círculos restritos alegava que na qualidade de familiar direito de Savimbi, teriam reencaminhado o seu corpo para fins tradicionais, num ritual que teria contado com o envio, a Luanda, de um magno oriundo da Índia, razão pela qual diz-se que o corpo do mesmo já não existe”.
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