Lula da Silva foi um profeta da política dos moçambicanos

SR. DIRECTOR!
Venho pedir a publicação deste artigo no jornal que V.Excia dirige. O presidente, ou seja, o ex-presidente do Brasil, Lula da Silva, na palestra política e com um pouco de comédia em Moçambique foi um profeta das verdades deste país.

Maputo, Sábado, 22 de Dezembro de 2012:: Notícias

Na verdade, são poucos e ou quase não existem dirigentes com características semelhantes às do Lula, aquele ex-presidente, não confunda com marisco. Os processos inovadores deste líder mereceram no Brasil uma qualidade máxima e ainda merecem uma grande atenção e respeito no trabalho colaborativo e no compromisso para atingir objectivos comuns.
A introdução da política de Lula da Silva no Brasil foi uma vitória do povo para o povo, principalmente os mais pobres daquele país, segundo as suas palavras. Para que isso ocorresse de boa maneira, considerou o seu povo e como ele tinha surgido do mesmo povo, continuou padronizando a lógica evitando os riscos, e preocupado com as estratégias de gestão da coisa pública para todos os brasileiros.
Desta forma, as políticas públicas de Lula da Silva foram rejeitadas por alguns, dentro e fora do grupo. Mas, quando as inovações beneficiam a maioria numa participação formal, legitimadora e orientadora num controlo comum, as hipóteses de sucesso são maiores. Neste caso, os actores devem ser aqueles que estão fora da gestão e sem referências nos quadros reguladores das políticas, segundo as palavras de Lula da Silva.
Nesta perspectiva, lamentamos muito por isto, na posição negativa e num sentido positivo. Neste sentido, por ter chegado tarde a Moçambique para ensinar as políticas que são importantes e depois de termos perdido os nossos fundos de investimento local, os quais não sabemos se teremos retornos positivos e ou se iremos conseguir manter este processo futuramente. Entretanto, os que conseguiram ter este dinheiro não conseguem devolver ou se deixam levar pela confiança, na sua maioria política.
Olhando para o modo mais específico, segundo Lula da Silva, que os governos são muito sensíveis e frágeis na distribuição de dinheiro para ricos, o que é verdade. E se for para pobre é um gasto. Essas atitudes são muito bem observadas neste país. Acreditamos que a partir daqui para ou em diante, os governantes de Moçambique tomarão um outro rumo político num sentido de melhorar os processos de promoção e combate a pobreza, facilitando o campo de aquisição deste dinheiro para os pobres. Creio que teremos uma nova interpretação reguladora dos sistemas de construção do projecto. Limitar os valores e organizar as actividades e a sua importância para as comunidades. Enfraquecer o comportamento ganancioso de levantar grandes valores para uma única pessoa. Devem desenvolver o sentimento de cidadania e de pertença, mobilizar os protagonistas pobres e com objectivos comuns definidos das acções colectiva.
A organização dos conselhos consultivos não deve ser uma instituição de relações por confiança e dominantes na exigência de comissão para se beneficiar do fundo, como tem acontecido e acompanhado. Esta instituição deve ser de inovação e na qual deve ter tendências de produzir dentro do próprio país.
Para modificar esta estrutura com uma realidade cultural e natural acima citada, as instituições devem apostar em novas teorias de valores técnicos e de desenvolvimento tranquilo e benéfico.
Basicamente, é fundamental que entendam este artigo de uma maneira tão clara em vez de autoritarismo, porque este padrão propõe a dependência e não investe na qualidade para todos. Cria, igualmente, isolamento e individualismo ou grupo privado em vez de construir autonomia e o colectivo participativo. O papel fundamental não é ser conservador mas sim ser inovador edificante.

• Sérgio Matche