Thursday, November 1, 2012

aniversário do nascimento de Samora Machel, 1º Presidente de Moçambique independente

(29 de Setembro)

Nacionmoc_capa Da biografia feita em “Nacionalistas de Moçambique” de Sebastião Mabote, transcrevo os parágrafos abaixo, onde Samora Machel é destaque, fazendo pensar no que, na realidade se estaria a passar no seio da FRELIMO, nos dias que antecederam a sua morte. E também na morte anos mais tarde, por afogamento no Bilene, de Sebastião Mabote.
Transcrição:
… … … …
Coronel-General das Forças Armadas de Moçambique, Sebastião Mabote será, no novo país, membro do Bureau Político da FRELIMO, Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas e vice--ministro da Defesa.
Mabote e outros comandantes tinham conduzido admiravelmente a guerra de guerrilhas, obtendo assinaláveis êxitos. Mas, agora, os dirigentes da FRELIMO, parafraseando a escritora Doris Lessing nas suas memórias do Zimbabwé, «tinham de governar um país moderno, num mundo moderno. E isso era outra coisa».
Não bastava trazer algumas ideias de justiça para opor à injustiça do colonialismo. E também não bastava generalizar ao país, como política alternativa à colonial, «a experiência fecunda da organização da vida nas zonas libertadas», isto é, aplicar as condições de uma estrutura guerrilheira e de uma economia primitiva à organização, construção e consolidação de um país moderno.
Os teóricos da revolução davam indicações no sentido de cuidar «como das meninas dos olhos de cada especialista que trabalhe conscientemente, com conhecimento do seu trabalho e amor por ele».
Contudo, Samora Machel achava que o país não tinha «essa necessidade absoluta dos técnicos e quadros administrativos», sublinhando não ter medo de, «numa primeira fase, tornar o aparelho de Estado menos eficaz». E quando o temor não era suficiente para levar ao abandono do país, aí estavam diplomas como a famigerada Lei 24/20 a impô-lo: tinham, então, 24 horas para deixar Moçambique, com 20 quilos de peso. Só que, como ao aparelho de Estado pertencia a quase totalidade dos professores, assim como a maioria esmagadora dos médicos, engenheiros e técnicos qualificados, não era só o Estado, mas toda a economia que se tornava menos eficaz. Referindo-se a uma experiência similar em Angola, onde cumpriu duas missões de serviço, o general soviético Valentim Varennikov sublinhou os enormes problemas criados pelo facto de terem sido «expulsos impensadamente todos os portugueses, que constituíam a principal força na economia, na direcção dos serviços municipais e na organização da gestão do país...».
A este propósito, o coronel Ernesto Melo Antunes, um dos representantes do Estado português nas negociações que levaram ao Acordo de Lusaka com a FRELIMO, reconheceu:
«E claro que a descolonização teve consequências negativas em muitos aspectos, o principal foi a retirada precipitada de centenas de milhares de pessoas, sobretudo de Angola e Moçambique [...],deixando esses países numa situação calamitosa de falta de quadros. Penso que o que vou dizer não será particularmente popular em certos meios progressistas das antigas colónias. Mas, neste caso, penso que a principal responsabilidade coube aos movimentos de libertação. Porque, contrariamente à terra e ao espírito dos acordos, gerou-se um clima de total repúdio da permanência dos portugueses, um clima muitas vezes de perseguição, de insegurança de tal modo intolerável, que culminou num pânico generalizado.»
O novo poder é, com frequência, exercido sem equilíbrio, manifestando-se quer como exercício de puro formalismo quer com desmesurada arrogância e brutalidade. E foram-se acumulando os erros de gestão.
Um deles terá sido a chamada «Operação Produção». «Os improdutivos [isto é, aqueles que não apresentassem o bilhete de identidade, o cartão de residente e o cartão de trabalho] eram agarrados e deportados das cidades, em geral de avião, para o Niassa.» A imprensa da época noticiou casos isolados de abusos: a exigência de documentos que a lei não previa, como a certidão de casamento; a detenção de adolescentes, de idosos, de grávidas ou de mães solteiras acusadas de prostituição. No entanto, como já se sublinhou, «o problema não era os abusos isolados, era todo o conceito em si, do princípio ao fim. Esse, sim, era um enorme abuso do poder».
Outro dos erros, porventura ainda mais grave, foi a experiência das aldeias comunais, inspirada nas comunas rurais chinesas. «O marxismo primário e mimético da elite dirigente assimilara o camponês ao obscurantismo, ao arcaísmo, ao primitivismo. Quando os camponeses manifestavam a sua inquietação e repúdio soavam as palavras de ordem (Abaixo o lobolo! Abaixo a poligamia! Abaixo os curandeiros! Abaixo os régulos!) e as acusações (tribalismo, regionalismo, reacção, fascismo, inimigos do povo).» De modo que «as aldeias comunais adquiriram o perfil de campos de reeducação, impostos por decreto ou por violência paramilitar, sob a orientação burocrática de um Estado todo-poderoso e sob palavras de ordem copiadas de uma qualquer revolução (soviética, chinesa ou cubana).
A aliança operário-camponesa eram palavras ocas. O resultado foi a crise económica, social e política. O processo de socialização rural, pela sua extensão e gravidade, atingiu os contornos de calamidade económica e social».
Os camponeses acabam por engrossar, em muitas regiões, as fileiras da contra-revolução. E a população urbana manifesta em surdina o seu descontentamento.
Obrigados a combater numa guerra civil contra aqueles mesmos camponeses a quem tinham estado ligados e por quem, afinal, tinham lutado, reduz-se o moral das forças armadas e uma «maré de desleixo e corrupção» atinge oficiais superiores. Por outro, ao descontentamento da população urbana vai contrapor-se uma violência desmesurada, uma «carga de horrores» contra pessoas inocentes por parte das forças policiais e de segurança.
Aos problemas internos juntavam-se os externos, suscitados pelo Acordo de Nkomati com a África do Sul. Escreveu um conhecido jornalista moçambicano: «Nunca como nesses dias Samora esteve tão isolado [...] Muitos Chefes de Estado que o admiravam, mesmo na linha da Frente, hesitaram. Outros chegaram ao ponto de repetir acriticamente a interpretação que Pretória dava ao Acordo. Outros ainda, cometeram a injustiça imperdoável de pensar que Samora abandonara a luta contra o "apartheid".»
As dificuldades internas e externas são agravadas pela guerra civil.
Surgem problemas no seio do poder político e militar, acompanhados por periódicos rumores de golpe de Estado. O Presidente da República e da FRELIMO está cada vez mais isolado. O falecido Fernando Ganhão, antigo reitor da Universidade Eduardo Mondlane, retratou assim o clima político-militar e o estado de espírito do seu amigo Samora Moisés Machel:
«[...] Os seus homens, os seus comandantes, não revelavam mais as capacidades e a dedicação desprendida que tinham feito deles heróis da luta de libertação. A crueldade das acções do inimigo, os massacres, as famílias divididas e deslocadas, os refugiados dos países vizinhos, tudo avolumava a amargura que nos últimos anos de vida dele se apoderara. A incapacidade de defender as populações dos ataques bárbaros daqueles que ele assim considerava, a impossibilidade de vencer a guerra, de lutar contra os vizinhos inimigos e contra a incompreensão dos vizinhos amigos, o gradual desencanto com muitos dos seus mais íntimos colaboradores, as suspeitas de traição e o sentimento duma imensa solidão, tal era o Samora dos seus últimos dias. Aqueles que o conheciam bem, notavam a progressiva degradação da personalidade do seu chefe. Longe os dias eufóricos da guerra contra o tabaqueiro da Rodésia, longe os comícios dos dias de Sol e as paradas militares com as medalhas e os atavios chocando e brilhando e os sons das bandas tocando triunfais marchas militares. Longe os dias em que, no mundo, ser moçambicano era uma forma de orgulho e o respeito cercava a actividade do governo. [...] Bebia muito nos últimos meses, perdera a serenidade, exaltava-se sem propósito, levantava a voz, prendia-se a detalhes mesquinhos e tanto mais. [...] A permanência no poder e o isolamento vão-no gradualmente afastando de quase todos os seus fiéis companheiros».
Outros testemunhos confirmam os problemas e o isolamento do Presidente. Luís Bernardo Honwana, escritor, jornalista e membro do governo, afirma que «para o fim da vida, Samora tomava as decisões sozinho». E José Luís Cabaço, antigo ministro e dirigente da FRELIMO, declara: «Era evidente que Samora estava em crise em 1986. Isto conduziu a um comportamento cada vez mais autoritário e a cada vez mais decisões tomadas só por ele».
São substituídos ministros responsáveis pelas forças policiais e pelos serviços de segurança. E mais tarde verificam-se mexidas na cúpula militar, que atingem directamente Sebastião Mabote.
Em 17 de Outubro de 1986, três dias antes do desastre que o vitimaria, o Presidente da República Popular de Moçambique, Samora Moisés Machel, conclui «a remodelação de quase todo o Estado--Maior General das Forças Armadas de Moçambique, designando Armando Panguene para Chefe do Estado-Maior General».
Mabote é, pois, afastado. E vai estudar para Cuba, onde obtém uma Licenciatura em Ciências Militares.
Regressa a Moçambique em 1990. Contudo, apesar das competências acrescidas que adquiriu, não é reintegrado nas Forças Armadas.
Pior do que isso. Em Junho de 1991, Mabote é detido, sob a acusação de tentativa de golpe de Estado, o que afirma ser falso, acusando alguns generais de estarem na origem da trama.
Em Setembro de 1992, o Supremo Tribunal conclui que as acusações não têm fundamento. E um mês antes do acordo de paz celebrado com a RENAMO, Mabote é libertado. Passara, entretanto, 14 meses na prisão.
Eleito em 1994 deputado da FRELIMO, será reeleito em 1999. E também o Chefe do Departamento de Defesa da FRELIMO.
No dia 27 de Janeiro de 2001, morre afogado nas tranquilas águas da praia do Bilene, onde se encontrava de férias.
Sebastião Marcos Mabote foi sepultado no Panteão dos Heróis, na cidade de Maputo, ao lado de Eduardo Mondlane, o fundador da FRELIMO, e de Samora Machel, o primeiro Presidente do país.
Segundo o então Presidente da República, Joaquim Chissano, «os soldados inimigos capturados foram por ele protegidos, os civis sempre respeitados. A sua bravura era lendária. A sua inteligência assegurou as vitórias do "Nó Górdio" e da travessia do Zambeze».
Ele foi, sem dúvida alguma, um dos grandes obreiros da independência de Moçambique.

Comments

1
infiltrado said...
Caro Licos, JJ e Nota Moisés.
Estou seguro que qualquer um de vós é mais democrata que eu.
Digo-o pelo que leio vindo de vós, ao longo de todo este tempo, talvez anos.
A minha "relutância" face ao que hoje se assume como "democracia", "liberdade de expressão" e mesmo a "liberdade" em si própria; resulta do facto de ter que aceitar que, como dizia Salazar(aquele ingénuo autocrata a quem chamavam ditador...);..."a liberdade dita de forma abstracta deixa espaço para a libertinagem". Desse modo atribuiu determinadas "liberdades".
Tudo isto para vos dizer que a liberdade de expressão, deveria dar lugar, a meu ver, a "liberdades de expressão", onde o insulto aos vivos e aos injusta e/ou criminosamente mortos não fossem contempladas.
...é que já "fede" de fedor mesmo, os bocejos dos Viriatos, dos Santos Júnior.
São estes restos de qualquer coisa que defendem tudo o que não presta,...abraçam a causa "samorista" e/ou "mugabista"( em minúsculas pois já assim são caras...),...mas estes restos não vivem lá, não trabalham lá, não investem lá(porque inúteis são para tal monta,...)!!
...já diz o ditado,....pimenta no c. dos outros,....
2
JJLABORET said...
Caro Licos Ivar.
Sinta-se desagravado, por que nós, que temos também argumentações sólidas, estamos com você.
Esse tal josé dos santos júnior é sem dúvida um pobre de espírito que não merece ser levado em consideração pelo que diz.
Isso serve para que essa figura não se venha a dizer que aqui não se pratica a democracia e liberdade de opinião.
Lamentamos apenas que esse indivíduo não faça uso do espaço dado para emitir sua opinião, consoante ou contrária, trocando a argumentação válida pelo insulto gratuito, como o fez.
Ignore-o, simplesmente!
Abraço.
3
Francisco Moises said...
"esse bicho chamado Lico Ivar serßa que pensa mesmo ?Gafanhoto."
Posted by: josé dos santos junior | 29/09/2010 at 19:56
Nao sei como começar a falar desta nota que nao é na verdade nenhum comentario ao comentario bem apresentado, bem analisado e bem consequente de Licos Ivar. José dos santos junior parece pensar que ganha alguma coisa em tentar desvalorisar um pensador que tem deixado a sua marca e granjeado o respeito dos leitores aqui no Moçambique para todos pelo seu espirito altamente humanista e corajosamente moçambicano com um ideal de boa vontade para o seu povo que ele gostaria de ver respeitado depois de longamente ter sido oprimido e abusado pela Frelimo e pelos colonialistas portugueses previamente.
Se "a democracia é ouvirmos aquilo que nao queremos ouvir ou nao gostamos de ouvir" segundo uma certa definiçao americana da palavra democracia, José dos santos junior, parece realmente ter combatido o espirito de democracia que muitos vivem no Moçambique para todos e que nao se encontra algures na imprensa em Moçambique.
Portanto, utilisar palavras tais como "bicho" e "gafanhoto" e nao apresentar nenhuma argumentaçao para apoiar o seu uso de palavras desvalorisantes contra Licos Ivar demonstra um espirito de ditadura totalira e de intimidaçao contra alguem que nos apresenta factos que irritam José dos santos junior e o torna tonto. O espirito do senhor José dos santos junior é na verdade frelimista, embora nao esteja acusa-lo de ser frelimista.
Ora vejamos: onde esta o erro do Licos Ivar quando condena Samora Machel com tendo sido um assassino? O que o regime de Machel veio a fazer em Moçambique ja tinha começado durante a guerra depois dele ter arrancado o poder do comandante Filipe Samuel Magaia que ele mandou matar com o apoio de Eduardo Mondlane e outros malandrecos na liderança da Frelimo, para alem deste ditador sanguinario tambem se apoderar da namorada do Magaia, a Josina Mutemba, depois conhecida como Josina Machel. Dos Santos junior nao nos diz onde o erro de Licos Ivar esta quando ele compara Samora Machel e a sua Frelimo com Pol Pot e os seus Khmer rouges de Camboja -- uma comparaçao que eu ja tinha feito por escrito em ingles nos anos de 1970 e fiz circular pelo mundo fora.
Quanto a morte de Samora Machel, foi ela uma coisa a nos entristecer em Moçambique? Talvez agumas pessoas ficaram entristecidas, mas nao a maoria do povo que nao tinha nada a se lamentar sobre a sua morte. Porque nao? Licos Ivar ja explicou clara, lucida e inteligentemente. Porque chorar a morte dum homem que nos trouxe tanta dor, tanta tristeza e tanto luto em tantos lares.
Quando Samora Machel morreu, eu estive algures na Zambezia a gozar as minhas ferias em companhia dos combatentes da Renamo e do povo nas zonas libertadas que me dava tudo: comida e lugar nas suas palhotas para eu dormir e descançar, agua para tomar banho.
Quando regressei a Malawi, foi em Nsanje, no sul daquele pais, onde ouvi que o aviao de Samora Machel se tinha despenhado e que o homem tinha morrido com muitos dos seus colegas. A minha reaçao foi a de escrever no meu caderno de observaçoes: "A rat dead (um rato morto)", imitando assim o que o Sir Winston Churchill, primeiro ministro britanico, dissera depois de ser informado pela BBC quase no fim da Segunda Guerra mondial que o rei da Romania tinha morrido.
Winston Churchill, caracteristico com um charuto na boca, disse: "another rat dead (um outro rato morto)". Nao celebrei a morte deste "rato" de Moçambique como o fizeram refugiados moçambicanos nos campos de refugiados na Africa do Sul, na Suazilandia,no Zimbabwe, na Zambia e na Tanzania.
Com o seu espirito altamente humanista, Licos Ivar desejou que nao se voltasse a termos um outro ditador como Samora Machel. Bem dito. Mas tenho que acrescentar que o Guebuza é um maoista da péssima espécie. Foi somente depois do Machel estar sobre pressao internacional sobre a questao de direitos humanos, em parte, em virtude da minha acçao no exterior que Samora Machel nos principios dos anos 1980, numa reuniao em Maputo, alinhou Guebuza e Mariano Matsinhe e acusou os de estarem a prender pessoas e deixa-las apodrecer nas prisoes.
Como é que estes dois homens podiam estar a fazer o que faziam sem a culpa de Machel? Ele era o chefe e nao podia nos dizer que ele nao tinha culpa. Estes dois criminosos faziam aquilo que o regime dele tinha admitido fazer.
Licos Ivar apresentou os seus factos e dos Santos nao argumentou contra nenhum destes factos. So lançou palavras desvalorisantes contra Ivar com intuito de o humilhar e de desencoraja-lo a exprimir as suas ideias.
Ao Ivar digo: voce nao esta desvalorisado. E o proprio Dos santos junior é que se desvalorisa com os abusos que lançou contra si visto que as suas palavras demonstram o baixo nivel da sua capacidade cogitativa. Nao se sinta desencorajado. Estamos juntos. Que dos Santos Junior nos chame o que quer. Nada altera em nos. Nos nao replicaremos com insultos. Nos o ignoraremos e continuaremos apresentar a historia do holocausto, ou seja, do genocidio da Frelimo de Samora Machel.
Que Dos santos junior aprenda de Voltaire se quizer que disse a Jean-Jacques Rousseau, outro filosofo frances com quem Voltaire andava em contratempos,quando disse: "embora nao goste daquilo qu dizes, lutarei até a morte para que voce tenha o direito de dize-lo." Se dos santos poder tirar uma liçao das palavras de Voltaire, que a ire e ele contribuira para a construçao da liberdade em Moçambique que esta agora ameaçada sob o reinado de Armando Guebuza.
4
JJLABORET said...
Os grandes homens não são medidos pelos assassinatos que lhes pesam. Não devia ser assim!
Os grandes homens são medidos pela capacidade de resolver conflitos ideológicos pela paz e com a paz. Os grandes homens choram e se martirizam com o som dos canhões e das armas sobre sua gente!
Caro Viriato, peço vênia,
Existem várias formas de avaliar-se a grandeza de um homem. Porém deve-se ter um parâmetro para essa avaliação
Mohandas Karamchand Gandhi, o "Mahatma" ou mesmo o Nelson Mandela poderiam ser os parâmetros da grandeza, por um lado de um prisma histórico.
Coloque-se-lhes na frente o seu "grande homem" Samora Machel, e terá visto que este simplesmente "sumiu", numa escala de zero a dez.
Átila, Rei dos Hunos, foi um idealista que viu mais no seu povo do que nele próprio. Ao passo que a felicidade dos hunos residia na pilhagem, nos incêndios, nos massacres étnicos, no genocídio. Foi o último "GRANDE" rei daquele povo errante.
Seria assim também um parâmetro da grandeza por um dos lados desse prisma histórico, por que se não o fosse, não teria subsistido na história até os dias de hoje.
EXISTEM OS GRANDES PELA ALMA e pela paz, E OS GRANDES PELAS ARMAS e pelo ódio e vingança.
Acredito que
Vossa Senhoria, ilustre Viriato, tenha mais para si o parâmetro que um prisma histórico delineia para o grande rei dos hunos, como forma de avaliar como "grande" ao Samora Machel.
E não terá sido incoerência, visto que também idênticamente avalia como "grande" ao Robert Gabriel Mugabe, do Zimbabwe.
E não se pode dizer que, assim como Átila, também não tenham visto mais no seu povo do que em sí próprios.
Só que para mim, o prisma me mostra um lado onde a grandeza se apresenta diferente do que você vê de outro lado.
E o que vejo desse prisma, é um Samora Machel assassino frio, desprovido de honra e moral religiosa, subréptil, manhoso, covarde, vingativo, TIRANO, mesmo tendo amado o seu povo com um amor NOCIVO por ser dominador, possessivo, escravizante.
Com meus respeitos!

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josé dos santos junior said...
esse bicho chamado Lico Ivar serßa que pensa mesmo ?Gafanhoto.
6
Onamuly said...
Meu irmao ,nao fica inervo-nos todos temos essa esperaanza de que um dos nossos menbros que estao, um dia possivel expliquen nos-quando for² caso nao nunca.Mas uma coisa nao foi nada mal a Liberdade do Povo Mzambicano,quen sabia quem estava contra? Onde estao os que forao destimunharao a malidade do Machel que fez,porque nao falao? Teem medo de que? Somos, e estamos na Demogracia.Quem fala do Zimbabwe hoje?
Nenhum bom para o nosso Pressente,nao sento voce proprio:Mas saiba aproveitar.Respeitosamente,vi o Machel no Distrido de Ribaue onde ele apos do Aerotromo alecrou o Povo no Distrido,e para os Estudantes da Escola Segundaria Bacamoio,que junto estive tanbem pressente.
Que 86 na Cumunicazao do Cidente estive na Bousada dos Caminhos de ferro de Mozambique Maputo.Aviage que ele nos Ultimos dias,bom resultado para mozambique com o seu Povo.
Obrigado:Kanimambo.
ONAMULY
7
licos ivar said...
EM relação ao Aniversario de Samora Machel
....Caros Moçambicanos e leitores:
É importante que sejamos realistas e menos pragmatistas.Vejamos os factos e procuremos de esquecer as percepções.OS factos dizem que quando Samora Machel era Presidente de Moçambique,muitos moçmbicanos foram fuzilados.Os factos dizem,que não queria que Moçambique tivesse um sistema de multipartidismo- só a Frelimo deveria ser o Partido Unico.Os factos dizem que na altura de Samora não havia a liberdade de expressão...e se um moçmbicano tivesse a coragem de dizer que não gostava como ele ( Samora) dirigia o País o tal individuo seria preso ou provavelmente morto. Os factos dizem que quando Samora era Presidente a SNASP cometeu os piores crimes.Os factos dizem que quando Samora era Presidente era necessário fazer uma fila (bicha)para comprar leite ou arroz ( se houvesse). Os factos dizem que quando Samora era Presidente,nenhum moçambicano deveria viajar duma provincia à outra sem a guia de marcha. Na altura eramos 12 ou 14 millhoes de habitanttes...os factos dizem que todos nós teriamos que pensar como a Freimo pensava, caso contrario eramos inimigos do povo. Na altura as prisoes estavam cheias de individuos acusados de serem inimigos do povo. Samora liderava um grupo de individuos que cometeu crimes contra a humanidade...Um grupo identico ao de Khmer Rouge em Cambodja.Um grupo identico ao de PoL Pot. Mas os sentimentalistas dirão: Ah! mas Samora não sabia o que a SNASP e outras instituiçoes do estado faziam !!! A Esses sentimentalistas eu perguntaria: Será possivel????!!!!...Hoje,no aniversário dele posso dizer que não concordo como o País está a ser dirigido e não vou preso.Hoje, no aniversario dele posso dizer que não concordo com o Presidente (Guebuza)e não vou preso.Posso dizer tudo isto porque ele não está mais connosco.Não gosto de desejar à morte a ninguem mas a morte de Samora foi o melhor presente que o Povo Moçambicano ofereceu a Frelimo...Nunca deveriamos ter tido um lider como Samora neste País e rezo a Deus que nunca e nunca ( never and never)um dia tenhamos um outro Samora.
Ps. mas alguem tem o numero exacto dos moçambicanos fuzilados, mortos durante o periodo em que Samora dirigiu este nosso Moçambique??...parece que não! A Frelimo deve (deveria) saber! Que nos diga por favor!
Licos Ivar
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V. Dias said...
Foi um grande homem.
Tem o meu respeito
Zicomo

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