Como forma de pressionar o Governo - Dhlakama na Serra de Gorongosa
Por José Chirinza, nosso enviado à Gorongosa (texto e fotos)
O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, acaba de se instalar na Serra de
Gorongosa, a sua antiga base central, uma forma encontrada para pressionar o governo da Frelimo a satisfazer às suas reivindicações. Dhlakama, que trocou o luxo e o conforto de uma vivenda em Nampula por uma cabana nas matas de Gorongosa, está acompanhado de um considerável contingente dos seus antigos guerrilheiros.
Afonso Dhlakama, que participou esta quarta-feira na Gorongosa nas cerimónias da passagem do 33º aniversário da morte em combate de André Matsangaíssa, primeiro líder da guerrilha, reuniu-se com centenas de guerrilheiros e membros do partido, para explicar as razões das manifestações. Foi então que anunciou que iria permanecer na Gorongosa até que o Governo satisfaça as suas exigências.
No antigo Quartel-General da Renamo na Serra da Gorongosa foram reconstruídas várias cabanas, incluindo a do líder. Não há corrente eléctrica e nem rede de telefonia móvel.
O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, acaba de se instalar na Serra de
Gorongosa, a sua antiga base central, uma forma encontrada para pressionar o governo da Frelimo a satisfazer às suas reivindicações. Dhlakama, que trocou o luxo e o conforto de uma vivenda em Nampula por uma cabana nas matas de Gorongosa, está acompanhado de um considerável contingente dos seus antigos guerrilheiros.
Afonso Dhlakama, que participou esta quarta-feira na Gorongosa nas cerimónias da passagem do 33º aniversário da morte em combate de André Matsangaíssa, primeiro líder da guerrilha, reuniu-se com centenas de guerrilheiros e membros do partido, para explicar as razões das manifestações. Foi então que anunciou que iria permanecer na Gorongosa até que o Governo satisfaça as suas exigências.
No antigo Quartel-General da Renamo na Serra da Gorongosa foram reconstruídas várias cabanas, incluindo a do líder. Não há corrente eléctrica e nem rede de telefonia móvel.
Ditadura da FrelimoO líder do maior partido da oposição ameaçou várias vezes com manifestações que iriam paralisar o país, mas depois desconvocou.
Segundo Dhlakama, as manifestações são contra a alegada “ditadura” da Frelimo incumprimento do Acordo Geral de Paz, frelimização do aparelho do Estado e as paupérimas “condições a que o Povo está votado”.
Com as manifestações de Novembro, Dhlakama pretende igualmente pressionar a bancada da Frelimo, que controla a Assembleia da República com 191 deputados de um total de 250, a aceitar as propostas da Renamo sobre a futura lei eleitoral.
Dhlakama reafirmou que não pretende voltar à guerra, mas admitiu que está a ser pressionado pelos seus seguidores para reconsiderar a sua posição. Numa entrevista recente ao SAVANA, Hermínio Morais, o famoso comandante Bobo da guerrilha renamista na Zambézia, palco onde travou intensos combantes com as forças governamentais, disse que a Renamo ainda detém um poderio militar capaz de colocar a Frelimo de joelhos.
Num emotivo discurso na serra da Gorongosa, Afonso Dhlakama disse que está farto dos abusos da Frelimo e por isso decidiu reagrupar os seus ex-guerrilheiros, arrancando ruidosos aplausos dos presentes.
Na reunião de 4 de Outubro em Quelimane, na Zambézia, Afonso Dhlakama, afirmou que iria reunir-se com mais de cinco mil antigos guerrilheiros do movimento na Gorongosa.
Mas ao que o SAVANA apurou no terreno, o número não passava os três mil, entre antigos guerrilheiros e membros que se deslocaram ao local vindos de vários pontos do país.
Dhlakama diz que os ex-guerrilheiros do movimento são oriundos das províncias de Manica e Sofala que estão desde esta terça-feira em reinstrução militar na Gorongosa.
O líder da Renamo advertiu que caso o Governo dê ordens para assaltar a Gorongosa, iria ordenar aos seus guerrilheiros “para disparar para matar”.
“Passam 20 anos de assinatura do AGP, quase tudo o que combinámos, a Frelimo não está a implementar, por isso achamos melhor mostrar do que somos capaz”, precisou Dhlakama. Lembrou que o país vive um clima de paz graças a ele e ao seu movimento.
“A Frelimo não quer a paz, foi isso o que sempre nos provou. Quem quer a paz não ataca outro sabendo que este pode responder com arma”, recordou Dhlakama.
Guebuza é chefe de ladrões
Como é prática nos seus discursos, Dhlakama voltou a apontar o dedo acusador ao presidente da República, Armando Guebuza, que acusa de ser “chefe de ladrões do erário público no país”.
O líder da Renamo foi mais longe ao acusar Armando Guebuza de ganhar comissões com os megaprogectos.
Afonso Dhlakama fixou um prazo de três dias a contar a partir desta quarta-feira para que mandatários do governo e/ou de algumas organizações que advogam a paz o visitem na sua base para renegociações.
“Eles hão-de vir aqui para renegociar de novo, se demorarem serão responsabilizados pelas consequências. Não irei sair daqui sem a resolução de tudo o que reivindiquei”, afirma Dhlakama.
Dhlakama está convicto que a negociação que iniciou com Armando Guebuza em Nampula, desta vez será feita debaixo das mangueiras no novo quartel-general.
Dom Jaime “é burro e Satanás”
O arcebispo emérito da arquidiocese da Beira, D. Jaime Gonçalves, também não escapou à fúria do líder.
Dhlakama acusa o mediador do acordo de paz, de ter, recentemente, mentido à nação numa das aulas abertas sobre a paz na Universidade Católica da Beira e na qual afirmou que o líder da Renamo já não queria a guerra, porque os seus guerrilheiros estavam a morrer à fome devido à falta de alimentos, o que os fazia socorrer-se de lagartixas.
Afonso Dhlakama afirma que o seu movimento venceu a guerra civil e as declarações de D. Jaime não reflectem a verdade. Adianta que já vinha negociando assinatura do AGP com o Papa João Paulo II.
FIR e SISE em alerta
O posto administrativo de Vundúzi, o local onde está situada a antiga base da Renamo, estava a ser controlado por agentes da Força da Intervenção Rápida (FIR) e polícias à paisana.
A presença do líder da Renamo na sua antiga base está a agitar o distrito de Gorongosa, pois a população receia que as propaladas manifestações comessem a partir deste ponto de Moçambique.
SAVANA – 19.10.2012
Segundo Dhlakama, as manifestações são contra a alegada “ditadura” da Frelimo incumprimento do Acordo Geral de Paz, frelimização do aparelho do Estado e as paupérimas “condições a que o Povo está votado”.
Com as manifestações de Novembro, Dhlakama pretende igualmente pressionar a bancada da Frelimo, que controla a Assembleia da República com 191 deputados de um total de 250, a aceitar as propostas da Renamo sobre a futura lei eleitoral.
Dhlakama reafirmou que não pretende voltar à guerra, mas admitiu que está a ser pressionado pelos seus seguidores para reconsiderar a sua posição. Numa entrevista recente ao SAVANA, Hermínio Morais, o famoso comandante Bobo da guerrilha renamista na Zambézia, palco onde travou intensos combantes com as forças governamentais, disse que a Renamo ainda detém um poderio militar capaz de colocar a Frelimo de joelhos.
Num emotivo discurso na serra da Gorongosa, Afonso Dhlakama disse que está farto dos abusos da Frelimo e por isso decidiu reagrupar os seus ex-guerrilheiros, arrancando ruidosos aplausos dos presentes.
Na reunião de 4 de Outubro em Quelimane, na Zambézia, Afonso Dhlakama, afirmou que iria reunir-se com mais de cinco mil antigos guerrilheiros do movimento na Gorongosa.
Mas ao que o SAVANA apurou no terreno, o número não passava os três mil, entre antigos guerrilheiros e membros que se deslocaram ao local vindos de vários pontos do país.
Dhlakama diz que os ex-guerrilheiros do movimento são oriundos das províncias de Manica e Sofala que estão desde esta terça-feira em reinstrução militar na Gorongosa.
O líder da Renamo advertiu que caso o Governo dê ordens para assaltar a Gorongosa, iria ordenar aos seus guerrilheiros “para disparar para matar”.
“Passam 20 anos de assinatura do AGP, quase tudo o que combinámos, a Frelimo não está a implementar, por isso achamos melhor mostrar do que somos capaz”, precisou Dhlakama. Lembrou que o país vive um clima de paz graças a ele e ao seu movimento.
“A Frelimo não quer a paz, foi isso o que sempre nos provou. Quem quer a paz não ataca outro sabendo que este pode responder com arma”, recordou Dhlakama.
Guebuza é chefe de ladrões
Como é prática nos seus discursos, Dhlakama voltou a apontar o dedo acusador ao presidente da República, Armando Guebuza, que acusa de ser “chefe de ladrões do erário público no país”.
O líder da Renamo foi mais longe ao acusar Armando Guebuza de ganhar comissões com os megaprogectos.
Afonso Dhlakama fixou um prazo de três dias a contar a partir desta quarta-feira para que mandatários do governo e/ou de algumas organizações que advogam a paz o visitem na sua base para renegociações.
“Eles hão-de vir aqui para renegociar de novo, se demorarem serão responsabilizados pelas consequências. Não irei sair daqui sem a resolução de tudo o que reivindiquei”, afirma Dhlakama.
Dhlakama está convicto que a negociação que iniciou com Armando Guebuza em Nampula, desta vez será feita debaixo das mangueiras no novo quartel-general.
Dom Jaime “é burro e Satanás”
O arcebispo emérito da arquidiocese da Beira, D. Jaime Gonçalves, também não escapou à fúria do líder.
Dhlakama acusa o mediador do acordo de paz, de ter, recentemente, mentido à nação numa das aulas abertas sobre a paz na Universidade Católica da Beira e na qual afirmou que o líder da Renamo já não queria a guerra, porque os seus guerrilheiros estavam a morrer à fome devido à falta de alimentos, o que os fazia socorrer-se de lagartixas.
Afonso Dhlakama afirma que o seu movimento venceu a guerra civil e as declarações de D. Jaime não reflectem a verdade. Adianta que já vinha negociando assinatura do AGP com o Papa João Paulo II.
FIR e SISE em alerta
O posto administrativo de Vundúzi, o local onde está situada a antiga base da Renamo, estava a ser controlado por agentes da Força da Intervenção Rápida (FIR) e polícias à paisana.
A presença do líder da Renamo na sua antiga base está a agitar o distrito de Gorongosa, pois a população receia que as propaladas manifestações comessem a partir deste ponto de Moçambique.
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1 comentário:
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