O internamento hospitalar de Victória Francisco Correia da Conceição, após ter disparado contra si uma arma de fogo, na zona da cabeça, estava a ser divulgado profusamente nas redes sociais e em alguns órgãos de comunicação social, mas sem, até ao momento, confirmação de uma entidade oficial.
Segundo avançou esta fonte do SIC-Geral ao NJOnline, uma equipa de investigação dirigiu-se à Clínica Girassol para averiguar os rumores que surgiam ao minuto em várias plataformas digitais.
Esta equipa acabou por confirmar o internamento de urgência da ex-ministra, logo após ter tido conhecimento da sua exoneração.
A equipa médica que assistiu Victória da Conceição confirmou ainda aos agentes do SIC que esta foi acometida de uma forte depressão após ter tido conhecimento, cerca de 14 meses após ter assumido o cargo, da sua exoneração por decreto Presidencial divulgado na quarta-feira em nota da Casa Civil de João Lourenço.
A arma utilizada, de tipo pistola, ainda não foi encontrada pela polícia, avançando o SIC que esse trabalho está agora a ser conduzido.
O estado de saúde da ex-ministra "inspira cuidados" e é considerado grave pela equipa médica.
Assumiu o cargo afirmando a sua vontade de trabalhar
Victória Conceição, durante a cerimónia de passagem de pasta, a 04 de Outubro de 2017, tinha anunciado como prioridade para o seu ministério melhorar o nível de vida das famílias e ajudar as populações nas zonas rurais.
A governante fez esta afirmação no acto de apresentação aos funcionários do ministério, onde definiu como prioridade ter uma atitude proactiva na assistência e no desenvolvimento da criança, dos idosos, das pessoas com deficiência, da família, na promoção da mulher, igualdade, equidade do género e a coesão familiar.
De acordo com as declarações de Victória Conceição proferidas na ocasião, esta estava convencida de que só poderia atingir todas as metas a que se propunha "trabalhando com espirito de equipa, em união com todos os colaboradores sem existir exclusão de um ou de outro".
"A nossa meta é chegar até ao ponto mais alto para ajudar todos aqueles que nunca tiveram apoio, quer por parte do Governo ou por parte das organizações não-governamentais. Por essa razão devemos trabalhar em união com todos os colaboradores e com todas as organizações", disse ainda naquele dia 04 de Outubro de 2017, quando substituiu no cargo Gonçalves Muandumba.
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