Sunday, August 5, 2018

Ataques em Moçambique são financiados por "radicais islâmicos", diz investigador


Este parecer do investigador Fernando Jorge Cardoso, parece ser o parecer, de uma pessoa que não tem muito tempo de África e de mata mito menos. Os interesses neste momento em Moçambique, são muitos e naturalmente, de algumas empresas, que têm os seus interesses em Moçambique.
Nesta altura, são várias as empresas, que laboram em Moçambique, no campo da exploração, dos muitos recursos que este país oferece. Fiz a guerra em Amgola e depois em Moçambique, passei no mato 6 anos como agente da Pol+icia de Segurança Pública. Tinha por missão, nos aldeamentos onde estive, garantir a segurança das pessoas aldeadas, que antes, viveram dispersas pelo mato. Tiinha ainda a missão, de, com o grupo de milicias que estava sobre oo meu comando perceguir grupoos armados da Frelimo, que ttentavam, na zona sobre o meu comando, raptar homens e mulheres dos aldeamentos.
Esta guerrilha, era na altura alimentada pelos países, que hoje, têm empresas de exploração de minerais, gáz e petróleo, entre outros, fornecendo-lhes as armas e os explosivos, quue eram usados contra o exército português. Na minha forma de ver, são estas empresas que têm interesse, que as pessoas que vivem hoje ainda nesses aldeamentos, os abandonem e vão viver nos meios hurbanos, de densidade média, para que abandonem as suas terras e as empresas as possam ocupar, para explorarem os vários recursos minerais. Eu conheço bem essas terras, calcorreei muito essas matas, sei quue são riquíssimas e só, sendo abandonadas peloo povo, conseguem ter grandes àreas de exploração e depois, ainda o mais importante, não rrão que indmnizar ninguém pelas terras uma vez abandonadas. Esta introdução, é da minha autoria, o escrito abaixoo, é da autoria do investigados FFernando Jorge Cardoso.
MOÇAMBIQUE
Ataques em Moçambique são financiados por "radicais islâmicos", diz investigador
Investigador Fernando Jorge Cardoso defende que ataques contra civis no norte de Moçambique são financiados por "radicais islâmicos", mas afasta cenário de criação de um "movimento endógeno de longo prazo".
Casas incendiadas em Mucojo distrito de Mucomia (Cabo Delgado) depois de ataque armado
Fernando Jorge Cardoso, especialista em estudos africanos do Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-IUL e coordenador de estudos estratégicos da organização não-governamental Instituto Marquês de Valle Flôr, defendeu esta quinta-feira (21.06) que os ataques contra civis na região de Cabo Delgado (norte de Moçambique) são financiados por "radicais islâmicos" com o objetivo de desestabilizar, mas afastou o cenário de criação de um "movimento endógeno de longo prazo".
"Não tenho a mínima dúvida que neste momento há financiamento de radicais islâmicos, através do Médio Oriente, interessados na instabilidade no leste africano e que cada vez têm mais ligação ao longo do litoral leste de África", comentou o especialista.
Insatisfação dos jovens
Segundo Fernando Jorge Cardoso, "há alguma insatisfação, particularmente de parte da população jovem na zona litoral, que vê a perspetiva de grandes investimentos a serem realizados, mas que não viu até agora nenhuma possibilidade de melhoria do nível de vida". Mas, assinalou, "isso, por si só, não leva à morte de pessoas e ao vandalismo sobre civis", referindo-se aos ataques, nos últimos meses, na região de Cabo Delgado.

Para Fernando Jorge Cardoso, "há claramente um movimento de desestabilização que encaixa nessa insatisfação e que é financiado do exterior".
No entanto, o investigador não acredita que haja "condições no interior de Moçambique para a criação de um movimento endógeno de longo prazo".
O objetivo é chamar a atenção
Os ataques, comentou, são preocupantes, por atingirem civis e por "desestabilizarem toda uma área, particularmente na zona norte litoral, perto das grandes jazidas de gás, que estão prestes a começar em exploração".
O objetivo, continuou, é "desestabilizar, chamar a atenção e criar uma visibilidade maior e dar a aparência de que este movimento 'jihadista' não foi aniquilado, apesar de tudo o que está a acontecer ao designado Estado Islâmico e à Al-Qaeda".
O especialista ressalvou que os ataques estão a ocorrer numa extensão de 100 quilómetros da costa leste moçambicana, num país com 2.750 quilómetros de litoral.

Pemba, capital da província de Cabo Delgado
"Não deixa de ser grave e preocupante e afeta sem dúvida a exploração de gás, mas as grandes companhias que lá operam estão habituadas a este tipo de movimentação. Não acredito que este tipo de movimentos seja capaz de parar o desenvolvimento da exploração de gás", acrescentou.
Estabilidade no país
Fernando Jorge Cardoso sublinhou também que estes ataques "nada têm a ver com os conflitos anteriores - que ainda não estão totalmente resolvidos, mas estão quase - entre a FRELIMO [no poder] e a RENAMO [principal partido da oposição]", comentando que as aquelas forças "não veem com bons olhos, de forma alguma, para o que se está a passar".
As autoridades suspeitam que os crimes sejam da responsabilidade de células de um grupo que atacou a polícia e matou dois agentes na vila de Mocímboa da Praia em outubro de 2017 e que desde então tem invadido aldeias remotas, saqueando-as e provocando um número incerto de mortes e deslocados.
Só na mais recente vaga de violência, desde 27 de maio, morreram pelo menos 29 habitantes, 11 supostos agressores e dois elementos das forças de segurança, segundo números das autoridades e testemunhos da população.

Mocímboa da Praia
Restaurar a estabilidade no norte do país
A Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados de Moçambique (CDHOAM) instou as autoridades moçambicanas a restaurarem a estabilidade nos distritos daprovíncia de Cabo Delgado alvo de ataques atribuídos a grupos armados de inspiração islamita.
O presidente da CDHOAM, Ricardo Moresse, afirmou, citado esta quinta-feira pela Agência de Informação de Moçambique (AIM), que as autoridades devem atuar com celeridade para estancar a violação flagrante dos direitos humanos em Cabo Delgado.
"Quanto mais cedo se controlar a situação, melhor ainda, porque não há dúvidas de que estamos perante uma violação dos direitos humanos e é preciso controlar esta situação o mais cedo possível", disse Moresse.
Os autores dos ataques, prosseguiu, devem ser responsabilizados pelos seus atos, dentro de um processo legal justo.
"Não importa de quem sejam os ataques, o mais preocupante é que estão acontecer e o pior é que são sem rosto", acrescentou o presidente da CDHOAM.
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