O Braço de Ferro entre o Galo e a Perdiz: QueSinal Para o Batuque e a Maçaroca?
Muito já se disse nas plataformas digitais sobre os prováveis cenários da suposta emigração partidária do Venancio Mondlane do Movimento Democrático de Moçambique para a Resistência Nacional de Moçambique.
Ainda é prematuro se dar como verdade a informação veiculada pelo Canal, mas o importante neste momento é sobrevalorizar no lugar de subestimar essa informação, uma vez que, a crise que se assiste dentro do MDM, ela pode nos proporcionar muitas surpresas, tomando em consideração o cenário de incertezas em relação ao destino de algumas proeminentes elites políticas deste partido.
Ainda é prematuro se dar como verdade a informação veiculada pelo Canal, mas o importante neste momento é sobrevalorizar no lugar de subestimar essa informação, uma vez que, a crise que se assiste dentro do MDM, ela pode nos proporcionar muitas surpresas, tomando em consideração o cenário de incertezas em relação ao destino de algumas proeminentes elites políticas deste partido.
Mas não quero nesta curtíssima publicação abordar sobre a questão da crise desta unidade política, quero tentar perceber que mensagem ou sinal para o partido Frelimo caso essa emigração seja consumada.
Não há sombras de dúvidas que o Venancio Mondlane é um indivíduo com um capital político forte e indiscutível e um capital maior mais que o do MDM pelo menos ao nível da Cidade de Maputo.
Por outro lado temos também um partido como a Renamo que é muito forte devido ao poder carismático que o líder da Renamo nutre no seio das massas que se sentem oprimidas e excluídas no processo da gestão e do consumo da coisa pública.
Diante desta duas realidade, uma das hipóteses que levanto é que, o casamento entre o Venâncio e o Dlhakama será umas das relações amorosas de difícil abater ou vencer.
A Frelimo é um partido forte tomando em consideração o lugar que atualmente ocupa dentro da esfera política, o partido controla uma máquina institucional que a torna difícil derrubar, mas isso não significa que ela não seja derrubavél.
A cidade de Maputo está muito sensível não se difere daquela rapariga recém traída que, quando chega qualquer um com uma "boa lata" em menos de 5 segundos pode viver múltiplas sessões de orgasmo, contudo há necessidade do partido Frelimo estar bastante atenta em relação ao provável casamento entre Venâncio e o Dlhakama.
Caso se consuma este casamento, o único nesta altura capaz de adiar a provável noite de núpcias entre os dois é um candidato que tenha um capital carismático próximo ou superior ao do Gilberto Mendes.
Para um casamento destes, o Mendes caso tenha o apoio do partido Frelimo, este tem a provável capacidade de fazer um Check balance deste que pode ser considerado o primeiro grande casamento político do século XXI nas autarquias da cidade de Maputo, pois é um casamento que pode fazer história.
Aliás podem não ter notado a relevância das palavras proferidas pela chefe da bancada da Renamo a senhora Ivone Soares, onde numa das entrevistas que ela concedeu ao programa do Conexões do Gil, terá manifestada abertamente o ganho para a Renamo com a ida do Gilberto para o partido, ou seja o grande presente que a Renamo daria ao Gilberto com esta emigração seria a sua candidatura como Edil para Maputo, mas uma vez que não foi possível a Renamo está a caça de um candidato que os possa conferir maior segurança, por isso estão a caça do Venâncio.
O partido Frelimo atravessa um contexto que o proíbe pensar que o fato de ter o controle da maquina institucional qualquer um pode ser candidato, devido a situação desastrosa que carateriza o seu mandato, o partido precisa apostar em pessoas com um certo nível de carisma, o partido vive um cenário que é obrigado a fazer um custo de oportunidade, sacrificar um bem em prol do outro, ou seja, sacrificar o atual sistema de lobby em benefício da candidatura do Gilberto.
Sobre o sistema de lobby não irei aqui devagar, pois os mais chegados sobre os processos de Candidatura, sabem o que é isso.
Não quero mais devagar, apenas sublinhar que, caso se consuma este casamento, o partido não tem muitas escolhas, fora a sua aposta no Gilberto.
Ps: Não se trata dum endossamento ao Gilberto.
Atenciosamente
O povo não é rebanho dos partidos políticos
Porquê têm que ser os partidos políticos a indicar candidatos ao povo e não o contrário? Alguém responde?
A pergunta surge porque tenho comigo que esta prática de serem os partidos políticos a indicar os candidatos a cargos públicos que se ocupam por eleição é antidemocrática e promotora do clientelismo e da corrpção.
Porquê não se adopta um modelo em que as candidaturas são abertas para todas as pessoas interessadas apresentarem as suas propostas de programa de governação primeiro ao eleitorado, mas indicando o nome do partido político ou do grupo de eleitores pelo qual cada interessado entende melhor fazer-se eleger para o cargo em disputa, enquanto os próprios partidos políticos ou grupos de cidadãos eleitores avaliam essas propostas juntamente com o eleitorado, para só depois cada partido ou grupo de cidadãos eleitores endossar e suportar a candidatura que colher melhor preferência do eleitorado?
Tal como se procede actualmente, acaba sendo assim que os partidos políticos impingem líderes ao povo. Não é assim que deve ser, porque tais líderes depois não respondem ao povo mas sim aos partidos que os fazem eleger. Líderes do povo devem pessoas que se destacam como líderes por conta da sua própria competência política e entrega pessoal às causas do povo; não devem aparecer por indicação de nenhum partido político ou grupo de cidaãos eleitores.
Por isso, renovo aqui o meu apelo para que se pare de impingir líderes ao povo. Tem que ser o próprio povo a escolher os seus líderes. Na democracia moderna, o papel de um partido não é impingir líderes ao povo; o papel central de um partido político é conceber e erguer o suporte ideológico que o povo precisa para melhor se organizar de modo a ser vitorioso na sua luta pelo progresso sustentável. Os líderes desta luta os partidos políticos devem ir buscar no seio do próprio povo, por indicação do próprio povo; não nas hostes partidárias. Não proceder deste modo é errado, pois leva a que os partidos políticos se comportem como donos ou pastores do povo, passando aqueles a tratar este povo como seu gado ou rebanho.
Vamos lá mudar de paradigma político, porque o tempo urge! Que se não continue a tratar o povo qual rebanho dos partidos políticos!
Eu disse.
Palavra d'onra!
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