Quando um ministro da cultura e turismo acusou Yolanda Boa de crime de ultraje aos símbolos nacionais ninguém foi a TVM acusar esse governante de violação do princípio de presunção de inocência. Quando um jornal colocou na manchete a cara do Indivíduo C de que tanto se fala nas dívidas ocultas, uma delegação do moribundo G 40 foi ressuscitada para acusar a imprensa de violação da presunção de inocência. Depois nos acusam de sermos agentes radicais da cultura anti-regime...qual carapuça, Deus zela por nós seres pensantes, se não fosse por isso nem a alma aproveitava!
Sobre a propalada "humildade" do Presidente Filipe Nyusi
Sabeis...?
Eu NUNCA vi humildade no Presidente Filipe Nyusi. Vejo mas é um esforço dele em ser humilde, o que já não é mau. Aliás, ultimamente até parece que o Presidente Filipe Nyusi está a ficar cada vez menos humilde!
Esta é explicitamente para aqueles que andam a cantarolar "humildade" do Presidente Filipe Nyusi; é para os bajuladores. É bajulação, por exemplo, aquela cena de os membros do Governo e quadros da Presidência da República de Moçambique usarem um engaste com a fotografia oficial do Presidente da República. O autor da ideia só pode ser um bajulador muito perigoso! A verdadeira humildade requer que o Presidente Nyusi recuse que se faça aquilo com a sua fotografia oficial.
Acaso não será por conta da bajulação que o Presidente Filipe Nyusi parece estar a ficar cada vez menos humilde? Ou será que sou eu sozinho que estou a notar isso?!
Enfim, para vós que não sabeis, NINGUÉM é humilde. Nem mesmo tu que estás a ler este textículo és humilde. Porém, a humildade recomenda-se no trato com outrem. É por isso mesmo é que todos nós fazemos algum esforço para parecermos humildes, alguns conseguindo ser melhor sucedidos que outros. Na realidade, qualquer pessoa é arrogante por omissão. Aliás, já o disse eu aqui que todos os apelos que fazemos a outrem para que sejam humildes são uma manifestação da nossa própria arrogância. Sede vós humildes; não exigi nem propalai a humildade a outrem!
Eu disse.
Palavra d'onra!
Uma opinião diferente
Em que estou a pensar...?
Bem... no pretérito dia 25 de Abril (2018) estava a pensar nos comentários que se faziam sobre o pronunciamento do Filipe Nyusi, Presidente da República de Moçambique, durante a sua recente visita de trabalho a Londres... O que segue foi o meu pensamento naquele dia, e continua a sê-lo hoje, mas só agora decido partilhar publicamente. Aliás, até já comentei nos termos que seguem no programa "Gungu Debate" da Gungu TV e, também, no programa "Visão Política" da TV Sucesso. É assim...
Dizia-se, e continua a dizer-se, por aí que Filipe Nyusi foi "infeliz" por apregoar a co-responsabilização dos bancos que emprestaram dinheiros às empresas moçambicanas EMATUM, ProIndicus e MAM, e dos investidores que compraram os títulos das dívidas resultantes desses empréstimos, concedidos com garantias soberanas. (Trata-se aqui dos créditos mais conhecidas por "dívidas ocultas", mas que eu as prefiro chamá-los "dívidas ilegais", uma vez que de "oculto" já não têm quase nada, excepto indicar publicamente o destino dado aos US$500 milhões que a auditoria internacional independente feita pela Kroll às contas das três empresas não conseguiu determinar.)
Ora, eu tenho uma opinião contrária sobre o que o Presidente Filipe Nyusi disse em Londres, relativamente às dívidas ilegais. Eu acho que ele foi NADA "infeliz" por defender a co-responsabilização. Ele foi mas é bem FELIZ por finalmente ter dito o que disse em Londres, em defesa da partilha de responsabilidade no melindroso caso das dívidas ilegais. Até porque esta posição que hoje o Presidente Filipe Nyusi expressa publicamente até a deveria ter expressa logo que o caso das dívidas ilegais se tornou público. Trata-se de uma posição coerente, que visa fazer justiça às partes afectadas e interessadas na negociação, contratação e venda daquelas dívidas.
No aludido pronunciamento do Presidente Filipe Nyusi, eu só acho que faltaram ou estão a faltar duas coisinhas: uma por dizer e outra por fazer. A coisa que falta dizer é:
"Quem deve ser responsabilizado, em Moçambique? O povo ou o Governo deste país, então presidido por Armando Guebuza?"
Na minha opinião, quem deve ser responsabilizado pelas dívidas ilegais é o Governo então chefiado por Armando Guebuza, porque foi aquele Governo que tomou a decisão de emitir garantias soberanas a favor das ditas dívidas à margem da lei, daí as dívidas serem ilegais.
E a coisa falta fazer é:
"Onde e como foi aplicado o montante cujo destino não foi determinado pela auditoria internacional independente, feita pela Kroll? Quem deve ser responsabilizado pelo descaminho, se for definitivamente determinado que tal descaminho ocorreu de facto?"
Assim sendo, o que o Presidente Filipe Nyusi DEVE fazer---na sua qualidade de Chefe do Estado e do actual Governo de Moçambique, e de garante da Constituição---é instar as instituições de Direito do Estado moçambicano para que procedam rigorosamente nos termos da lei e façam o seguinte:
(i) esclarecer se houve de facto descaminho do montade cuja aplicação a favor do Estado não foi determinada pela auditorial internacional independente, e quem são as pessoas implicadas, o grau do seu envolvimento e da responsabilidade a imputar a cada uma dessas pessoas;
(ii) julgar e determinar se houve dolo e quais as penas aplicáveis para cada pessoa envolvida; e
(iii) executar as penas aplicadas a cada uma das pessoas implicadas em actos dolosos.
Só procedendo assim é que a FRELIMO e Moçambique poderão sair rapidamente do barulho que se faz por causa das dívidas ilegais; só assim procedendo é que Moçambique voltará a ser considerado um país sério no concerto das nações. Não proceder desta maneira consubstancia a ideia FALSA de que os actuais dirigentes do Estado moçambicano têm culpas no cartório e, por isso, não querem que se faça justiça.
Ora, dirigindo-me então ao Presidente Filipe Nyusi, digo:
Senhor Presidente, instai com mais vigor as instituições de Direito para que acelerem e concluam a tramitação do processo das dívidas ilegais, porque o povo moçambicano e os "parceiros de cooperação" precisam de saber o que de facto aconteceu. A restauração de confiança no Governo de Moçambique depende muito do apuramento das responsabilidades e da responsabilização adequada dos moçambicanos que tiverem praticado actos dolosos na contratação das dívidas ilegais e na aplicação dos dinheiros obtidos via esse endividamento ilegal. Fazei isso, senhor Presidente, pois assim determina a Constituição da República de Moçambique. No acto da vossa investuda no cargo de Presidente da República de Moçambique, V. Exa jurou respeitar e fazer respeitar, e fazer justiça a todos os cidadãos. Por conseguinte, nenhum compromisso pessoal é mais forte para coibir o Presidente da República de cumprir e fazer cumprir a Constituição, e de fazer justiça aos cidadãos. Segue em frente, senhor Presidente, cumprindo e fazendo cumprir a lei, e fazendo justiça ao povo moçambicano!
Há que ter em conta que quando um Presidente da República não cumpre e não faz cumprir a Constituição, ou não faz justiça ao povo, está a violar flagrantemente a lei. Ora, a violação flagrante da lei pelo Presidente da República, sendo provada como tal pela entidade competente do Estado, conduz imediatamente à suspensão do seu mandato para que possa responder em juízo, nos termos da lei. Assim não seja convosco, senhor Presidente Filipe Nyusi.
Eu disse.
Palavra d'onra!
A inteligência e a burrice são extremos opostos de um único espectro.
O teólogo Erasmo de Roterdã no tempo do renascimento, elogiou a burrice como uma entidade descendente do deus da riqueza e da ninfa da juventude; outros autores como Louise Colet e Flaubert viam a burrice como uma combinação de vaidade, teimosia e imitação. Nessa época, a burguesia subiu ao poder e, com o Iluminismo, a razão se tornou a nova regra, mesmo assim, a burrice continua a dominar o mundo até os nossos dias. Se a inteligência é uma vantagem tão grande, por que os estados não selecionam os alunos mais inteligentes desde as universidades para dirigirem as suas instituições, por que não são as universidades que entregam ao estado os finalistas mais inteligentes para a direcção dos ministérios, das empresas públicas, da diplomacia, etc.
Cientistas começam a entender o que há por trás das decisões estúpidas que deram na crise financeira mundial que estamos a passar agora. É porque a maioria dos países democráticos do mundo estão dirigidos por burros, que sem o trampolim político nunca se realizariam na sociedade. O mal da democracia é que nas urnas não se escolhem os inteligentes, se escolhem os populistas, os oradores, enfim, se escolhe a burrice. Aqueles que terminaram os seus estudos universitários com distinção e os cientistas pouco se interessam pelo poder político porque os cientistas tem o cérebro inteligente, possuem redes de conexões mais eficientes entre os neurônios, tem o cérebro e geralmente não suportam a direção ilógica capturada por uma máquina de burrice. Esta é a causa que leva o mundo caminhar de mal a pior. A inteligência e a burrice são extremos opostos da mesma moeda, só que a burrice vale-se da incúria politica da inteligência para ela (burrice) tomar o poder do estado e perpetrar a mã governação e a estupidez.
Não devemos permitir ser governados por analfabetos, estaremos a enterrar o nosso futuro
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