Thursday, January 4, 2018

Retrospectiva 2017 - Setembro


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Destaques - Nacional
Escrito por Redação  em 04 Janeiro 2018
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No mês de Setembro, a notícia dando conta do afundamento de Moçambique no “Ranking de Competitividade” foi um dos aspectos mais marcantes. Aliado a esta situação, o iniciou do julgamento da antiga Presidente de Conselho de Administração do Fundo de Desenvolvimento Agrário e o regresso da selecção de hóquei em patins com o inglório oitavo lugar, perdendo o estatuto da melhor selecção africana, também foram os temas que chamaram atenção dos moçambicanos em Setembro de 2017.
Moçambique afunda-se no “Ranking de Competitividade” e torna-se num dos piores países do mundo para fazer negócios
Enquanto o partido que governa Moçambique há mais de quatro décadas encontrava-se reunido na Matola auto-avaliando-se positivamente e vangloriando-se de feitos supostamente brilhantes, o Fórum Económico Mundial (WEF, na sigla em inglês) divulgou o seu Ranking de Competitividade onde a “Pérola do Índico” afundou para o 136º lugar, dentre 137 países avaliados. Com uma pontuação de 2,9, contra 3,1 do ano passado, só foi pior do que o nosso País o Iémen.
Depois de um tombo que só encontra precedente há 5 anos atrás, no Ranking de 2012 – 2013, o nosso País ocupou o lugar 138 em 144 países avaliados, Moçambique caiu para o penúltimo lugar devido a fragilidade das instituições do Estado, ao ambiente macroeconómico que piorou, ao difícil acesso a financiamentos bancários e a corrupção.
Os pagamentos irregulares, o suborno, o favoritismo nas decisões dos membros do Governo, a falta de eficiência dos gastos do Estado, a falta de transparência na elaboração de políticas públicas, o crime organizado a falta de confiança na Polícia são alguns dos quesitos que contribuem para o aumento da fragilidade das instituições do Estado moçambicano, neste pilar o nosso País passou da posição 124, com pontuação de 3,2, para o lugar 127, com pontuação 3,1.
Mesmo nas instituições privadas a prestação de contas piorou como resultado da fraqueza das auditorias, incumprimento dos standards dos relatórios, pouca protecção dos interesses dos accionistas minoritários a falta de protecção de investidores.
A degradação do ambiente macroeconómico contribuiu negativamente para a classificação global de Moçambique - da anterior posição 125, com pontuação 3,5, caiu para o lugar 137, com pontuação 1,9 - influenciado pela alta inflação, pela Dívida Pública e ainda pela rating do nosso País que afundou-se no lixo desde a descoberta dos empréstimos ilegais da Proindicus, EMATUM e MAM.
Ex-PCA do FDA na barra do tribunal
Iniciou, no dia 12 de Setembro de 2017, no Tribunal Judicial da Cidade de Maputo (TJCM), o julgamento da antiga Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDA), Setina Titosse, acusada de roubo, diga-se à medida grande, de 170 milhões de meticais em conluio com outros 27 arguidos – entre amigos e familiares – que também foram levados à barra do tribunal.
No processo número 92/2017/7a. Secção, a arguida era acusada de cometimento de pelo menos 80 crimes, consumados entre 2012 e 2014, altura em que ela e os co-arguidos sacaram o dinheiro em questão via e-SISTAFE e ainda urdiram vários esquemas para tentar despistar o rasto do dinheiro e ocultar a origem criminosa do mesmo.
Os crimes por ela cometidos, na perspectiva do Ministério Público (MP), era, de corrupção passiva, burla por defraudação, abuso de cargo ou função de forma continuada, branqueamento de capitais, pagamento de remunerações indevidas, associação para delinquir e peculato. Os mesmos delitos pesavam sobre os outros co-arguidos, pese embora em menor grau relativamente aos da sua antiga chefe.
Para além da antiga PCA do FDA, estiveram no banco dos réus Julieta Titosse, Neide Xerinda, Milda Cossa, Adriano Mavie, Humberto Cossa, Vicente Martim, Atália Machava, Felicidade Massugueja, Loureta Filmão, Dias Mucavel, Tomás Xerinda, Daniel Nhabete, Celeste Ismael, Leopoldina Bambo, Feliberto Zacarias, Mishel Laryea, Abdul Rasul, Brasilino Salvador, Joaquim Mazive, Jorge Tembe, Natália Matuga, António Chioze, José Mazebuco, Quéliton Simba, Lazão Mondlane e Anísio Guvane.
Eles recorreram a 10 empresas, das quais uma espanhola, para canalizar uma parte dos fundos roubados. Tratou-se de companhias na sua maioria comerciais, porém, para o espanto de todos e arrepio das normas vigente na administração pública, receberam financiamento ilícito pretensamente para a criação de gado. Setina Titosse, de 51 anos de idade, é engenheira agrónoma. Ela esteve nove meses encarcerada preventivamente, mas mais tarde beneficiou de habeas corpus e foi considerada cabecilha no esquema de rombo.
Para o efeito e aproveitando-se da inocência de sua prima Lerena Massingue, ela aliou-se à sua sobrinha Milda Cossa, que nunca foi funcionária do FDA.
Derrotada na despedida do Mundial de Najing, Moçambique regressa com inglório 8º lugar
Moçambique perdeu a última partida que realizou no Mundial de hóquei em patins que decorreu em Najing, 9 a 7 diante do Chile, e regressou com um inglório 8º lugar e sem o estatuto de melhor selecção do continente africano. Desde 2009 que a nossa selecção não tinha tão má prestação.
Os moçambicanos até marcaram primeiro, por Carlos Saraiva, no sábado(09),em jogo de apuramento do 7º lugar. Após o empate chileno Carlos Saraiva bisou e Filipe Vaz deu uma vantagem de 1 a 3 ao intervalo.
Mas Nicolas Fernandez reduziu no início da 2ª parte e em seguida bisou empatando a contenda. Mário Rodrigues deu nova vantagem a nossa selecção mas o Chile prontamente empatou e Nicolas Fernandez fez a cambalhota no marcador, através de uma falta directa. Com menos de 1 minuto para o fim do tempo regulamentar Filipe Vaz empatou o jogo e levou a decisão para prolongamento.
O Chile que havia sido derrotado por Moçambique no jogo inaugural entrou ao ataque com duas stickadas certeiras fez o 7 a 5.
Nuno Araújo reduziu mas Nicolas Fernandez fez mais dois golos e acabou com as esperanças da nossa selecção de pelo menos igualar o 7º lugar que conquistou nos últimos dois Mundiais, e nem um golo de penalti de Bruno salvou a inevitável derrota.
Nas seis partidas que disputou na China a selecção de Moçambique perdeu quatro. Se com a Espanha a derrota era esperada, na última jornada da fase de grupo, a goleada sofrida com Portugal no quartos- -de-final foi o início do descalabro que antes do epílogo diante do Chile teve uma amarga derrota diante de Angola.
Os angolanos vieram do segundo escalão mundial, que venceram, e depois de perderem com a Argentina nos “quartos” derrotaram a nossa selecção e ficaram com o 5ª lugar final após vencerem a Colômbia.

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