Prevista para amanhã, quarta-feira
A reunião do Conselho de Estado que havia sido convocada por Filipe Nyusi para se realizar amanhã, quarta-feira, 2 de Março, para debater a situação político militar, foi adiada para uma nova data a anunciar, segundo informaram na segunda-feira fontes daquele órgão que, constitucionalmente, é um órgão de consulta do Presidente da República.
Não foram divulgadas as razões do adiamento do encontro que tinha como agenda debater a situação político-militar e social do país, sabendo-se apenas que o secretário-geral do Conselho de Estado, Amade Miquidade, anunciou que o encontro poderá acontecer depois da sessão de perguntas que a Assembleia da República vai fazer ao Governo.
Esta é a segunda vez que Filipe Nyusi convoca os seus órgãos de consulta do Presidente da República.
O primeiro encontro aconteceu na semana passada, com o Conselho Nacional da Defesa e Segurança, que analisou a situação político-militar e social, tendo terminado com recomendações para um encontro entre o Presidente da República e o presidente da Renamo, para um diálogo para pôr termo ao conflito.
Actualmente, têm sido reportados frequentemente confrontos entre as forças militares do Governo e os homens armados da Renamo, particularmente nas províncias do centro do país.
Os encontros ocorrem num momento em que há informações de que as Forças de Defesa e Segurança foram solicitar a Filipe Nyusi um reforço orçamental, para que consigam sustentar a logística das colunas e desdobramentos nas zonas de conflito.
Segundo as nossas fontes, as Forças Armadas de Defesa de Moçambique e a Polícia queixam-se de não ter orçamento suficiente para a logística.
O Conselho Nacional de Defesa e Segurança é composto pelos ministros da Defesa Nacional, do Interior, dos Negócios Estrangeiros, da Economia e Finanças, dos Transportes e Comunicações e da Justiça, pelo director-geral do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE), pelo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, pelo comandante-geral da PRM, e dele fazem parte também Mariano Matsinha, António Hama Thai, Joaquim Munhepe, Marina Pachinuapa, todos da Frelimo, e os generais José Manuel e Inácio João Reis, da Renamo. (Bernardo Álvaro)
CANALMOZ – 01.03.2016
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