segunda-feira, 14 de março de 2016

Jornal “Domingo” destacado para fazer desinformação.

Governo auto-investiga e auto-iliba-se

Violação dos Direitos Humanos em Tete

O Governo destacou, há dias, uma equipa de trabalho para a província de Tete, com o objectivo de apurar e dar a sua versão sobre os casos de violação dos Direitos Humanos reportados pelas organizações humanitárias, e cuja autoria é atribuída às Forças de Defesa e Segurança.
As organizações humanitárias reportaram que a vaga de refugiados moçambicanos que vão para o Malawi é causada pelas atrocidades das Forças de Defesa e Segurança, que violam os Direitos Humanos, matando, torturando e pilhando bens das populações. Como consequência da violação dos Direitos Humanos, cerca de 11.000 moçambicanos encontram-se refugiados no Malawi.
O Governo formou a sua equipa para “apurar os factos”. Só que a composição da tal comissão levantou suspeitas “a priori” sobre a seriedade do trabalho que seria feito.
A equipa do Governo era chefiada pelo vice-ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Joaquim Veríssimo, coadjuvado pelo vice-ministro da Defesa, Patrício José.
E os resultados apresentados pela comissão de inquérito governamental são os que interessavam o Governo. O vice-ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Joaquim Veríssimo, veio a público informar não há violação de Direitos Humanos em Tete e que, contrariamente ao que conta a população que se refugiou no Malawi, não são as tropas governamentais que estão a incendiar as palhotas e a matar cidadãos que são confundidos com colaboradores da Renamo. Segundo Joaquim Veríssimo, se existe violação dos Direitos Humanos, essa violação está a ser praticada pela Renamo.
É uma narrativa que era previsível logo que a “comissão de inquérito” foi criada. Uma auto-investigação para ser juiz em causa própria. Recorde-se que a decisão de constituir esta equipa é tomada dias depois de o Governo central e o Governo de Tete terem apresentado informações contraditórias sobre a realidade daquele distrito, relacionada com os refugiados.
Por exemplo, o governador de Tete, Paulo Auade, negou a existência de refugiados moçambicanos no Malawi. Paulo Auade disse que são cidadãos malawianos, que, devido à seca, fazem-se passar por deslocados. Disse também que se trata de mulheres e filhos dos homens armados da Renamo.
Mais tarde, na sessão de informações do Governo na Assembleia da República, Paulo Auade foi desmentido pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Oldemiro Balói, que confirmou a existência de moçambicanos no Malawi. 
CANALMOZ – 14.03.2016
O sipaio do regime vai nu

Canal de Opinião por Adelino Timóteo
A sociedade civil deveria exigir a demissão do comandante-geral da Polícia, por este estar a actuar claramente como sipaio do regime. A recente entrevista deste sipaio do regime deixa-o nu. Ao sustentar a tese de que as teleconferências do líder da oposição criam instabilidade e intranquilidade públicas no país, o sipaio do regime mostra o que até aqui esteve oculto, relativamente à acção dos esquadrões da morte do regime e a sua conexão com este e outros crimes. Isso explica-se na medida em que o nexo casualidade daquela tentativa de assassinato do Manuel Bissopo foi exactamente a teleconferência que ele organizava, e que se previa para o dia daquela ocorrência sinistra.
Mau grado, a mesma não se realizou.
O sipaio do regime é, pois, infeliz, na forma como tenta manipular a opinião pública. O sipaio do regime, conhecedor da estratégia de induzir as massas com dificuldades de pensar por si próprias, pretendeu que as suas afirmações encontrassem o efeito multiplicador junto dos nacionais e dos esquadrões da morte do regime, que, um pouco por todo o país, têm actuado de forma intolerante, assassinado cidadãos indefesos, fazedores de opinião e quadros de partidos opositores ao regime.
Todavia, a infelicidade do sipaio do regime acaba por implicar os esquadrões da morte do regime, na explicação falhada que apresenta sobre aquele sucesso, pois parece ele pretender afirmar que, se Bissopo não tentasse organizar aquela teleconferência, jamais teria sido baleado.
O sipaio do regime foi patético, pois dificilmente conseguirá ilidir quanto ao efeito e causa que considera estarem por detrás daquele acontecimento sinistro, pois a Polícia não dispõe de nenhuma pedra filosofal nem nenhuma bola de cristal que lhe possibilite avaliar, com uma leitura precisa, e que dela se conecte com as teleconferências do líder da oposição, refugiado em parte incerta, no quadro da decisão do regime de desarmar forçosamente, e à margem dos entendimentos de Roma, a guarda daquele.
As declarações do sipaio do regime, ademais de uma aberração, espelham que o país não tem uma Polícia imparcial. Depreende-se nas afirmações do sipaio daquela que deveria ser a nossa Polícia nacional, que, além de insinuosas, há clara intenção de formar a dimensão única de pensamento, para levar a maioria dos nacionais a pensarem que o líder da oposição está onde está guiado por motivo de criar caos no país, abstraindo, contudo, da quota-parte da responsabilidade que a Polícia e as forças de segurança têm em toda a instabilidade, desde os dois atentados praticados contra aquele líder político, subscritor de dois acordos de paz com o Governo.
As afirmações do sipaio do regime colam à paranóia do regime, pois nem a Polícia nem o regime podem demonstrar que as teleconferências são a prova de alguma instabilidade política, social e económica em que o país vive.
Outrossim, o que parece claro, o sipaio do regime, conhecedor de que a manipulação pode levar à obediência cega das massas menos esclarecidas, joga uma cartada perigosa na imputação, à liderança da oposição, da inflação e aumento do custo de vida das populações, de forma que estas atribuam ao rosto daqueles que representam a oposição o sufoco em que se encontra a economia doméstica.
A conduta do sipaio do regime não foge ao despotismo tendente a influenciar de forma cega a quase generalidade dos nacionais e, com isso, legitimar a perseguição a que estão sujeitos os quadros do segundo e terceiro partidos de oposição. Ademais, revela a obsessão de estrangular de forma definitiva a democracia e a liberdade de expressão no país.
Em suma: com um sipaio desse jaez, uma inequívoca encarnação da intolerância, com um sipaio que certamente busca uma recompensa pelos altos serviços prestados ao regime, dificilmente teremos a estabilidade e paz de que tanto precisamos.
(Adelino Timóteo)
CANALMOZ – 28.01.2016
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7Armando Nenane, Ariel Sonto e 5 outras pessoas
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Atumane Muenhe Muenhe
Atumane Muenhe Muenhe Vem ai 3 de Fevereiro, as datas comemorativas tem sido as que confrontos se registam, talves tem sido uma estrategia, ocha la que desta vez nao haja confrontos apesar de se anteciparem em Morrumbala na zona de Zero.
Gosto · Responder · 28/1 às 15:17
Paulo Monteiro
Paulo Monteiro Nada me spanta da atitude e postura d cg da policia p d comandant ele nada tem, comecems pelo aspeto fisico k mal representa p policia p o port fisico dum pakiderme k ele ostenta n representa a prm. O seu comportamento grosseiro e o seu mais elevado nivel d stupdz dxao muit a dzejar, a sua curta inteligencia o denuciou pois ao afirmar k as teleconfereocias d dlakama sao a causa da instabilidad n pais. E como o trabalho d sipaio e criar a tod custo a tal stabilidad d k ele tant fala, n teve maos a medir e mandou baleiar o sg da renamo p evitar k a teleconferencia k est tava a organzar tves lugar. Est sipaio pansudo n presta mesmo.
Gosto · Responder · 1 · 29/1 às 7:31
Joao Moreno
Joao Moreno Estado de direito sem direitos cheio de ditadores gulas com um apetite voraz para eliminar a oposição. 
Será que os que tanto propagam os direitos humanos não vêm que esse senhor está a atropelar tudo e todos? Se não tem coragem de o denunciar retirem se dos vossos cargos públicos confortáveis. A liberdade mesmo a pouca que temos tem de ser defendida a todo custo, isto requer muitos sacrifícios, caso contrário iremos chorar no futuro mais próximo.

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