Saturday, November 7, 2015

SOBRE A ELIMINAÇÃO DE PROFESSORES TURBO E A CONFUSÃO DE CONCEITOS

CORRELAÇÃO E CAUSAÇÃO NO BANCO DOS RÉUS: 
De acordo com a comunicação social, a partir do próximo ano, os docentes universitários serão obrigados a deixar de lecionar em mais de uma universidade. Tal medida vem no âmbito dos esforços do governo em melhorar a qualidade do ensino superior em Moçambique. Quem o disse foi o Professor Jorge Nhambiu, Ministro da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico-profissional, MCTESP.

Uma coisa é certa. Em Moçambique, a “proletarização” do professorado, pelo menos ao nível do ensino superior (em inglês dir-se-ia CASUALIZATION – que consiste na transformação de uma força de trabalho ou postos de trabalho permanentes em postos ou força laboral temporária, com contratos de curto prazo) constitui um dos factores para a pauperização da profissão e com ela, baixos índices de motivação, controlo de qualidade etc., uma vez que no afã pela busca de sobrevivência muitos outros afazeres acabam se sobrepondo a do professorado, com as consequências advenientes.
Análises apressadas acabaram confundindo dois conceitos importantes na investigação social - corelação e causação, levando com que o Ministério tomasse tais medidas quiçá draconianas. No mundo ocidental, professores com mais experiência dão aulas em várias universidades, fazem parte da banca de examinação em várias universidades e engajam-se em vários projectos de pesquisa e editoriais! Nos EUA, por exemplo, o contrato de um docente universitário é renovado anualmente, que na prática é de 9-10 meses. O resto dos meses ele/a deve encontrar formas de sobrevivência caso não esteja no dito “tenure track”, ou seja, em processo de nomeação definitiva. Os “tenured professors” ou seja, com nomeação definitiva também procuram outros afazeres durante pelo menos três meses por ano, durante o verão (é durante este período que muitas conferências tem lugar pois, normalmente os professores estão livres para atendê-las). 
Em Moçambique porém, a situação é diferente: para além de poucos professores universitários com formação acima de licenciatura, está quase que impossível encontrar se quer um que não tenha actividades extras, digo, suplementares à renda. Se não é funcionário público, este/a também tem uma posição num outro local de trabalho, seja a tempo parcial ou inteiro ou desdobra-se em consultorias ou mesmo ensina em várias escolas. Há os que o fazem por amor aliado às necessidades. Estes podem ser tanto competentes como incompetentes. 
O que não se pode afirmar categoricamente é que a lecionação em várias escolas é prejudicial à qualidade. Isto é confundir correlação e causação. EXISTE SIM UMA CORRELAÇÃO entre a qualidade do ensino com a disponibilidade do professor; entre a qualidade do ensino com a proletarização do professorado; entre a qualidade do ensino com a qualidade dos curricula; a qualidade do ensino com a qualidade dos professores; a qualidade de ensino com as infraestruturas de ensino, a qualidade do ensino com a língua, por aí em diante. Correlação, em palavras simples, é a relação ou dependência mútua entre pessoas, coisas, ideias, etc. É uma medida estatística que descreve a dimensão e a direcção de uma relação entre duas ou mais variáveis. A correlação entre as variáveis, no entanto, não significa automaticamente que a mudança de uma variável é a causa da alteração nos valores da outra variável. Por seu turno, causação indica que um evento é resultado da ocorrência do outro evento; ou seja, existe uma relação causal entre os dois eventos. Isto também é referido como relação de causa e efeito.
Portanto, existem muitas causas que justificam a fraca qualidade do ensino. Professores-turbo, como são conhecidos hoje ou a fraca qualidade do ensino são consequências de causas que o Ministério ainda não estudou. Se estudou, admira-me que venham hoje atacar variáveis corelacionadas. Muito estranho que tal medida venha de uma instituição onde abunda a fina flor académica do país! Se o Ministério não sabia, a verdade é que tal como em qualquer outro sector profissional, há muito poucos professores dispostos em dar aulas em Moçambique, tanto por causa das limitações orçamentais como por défice de oferta. 
Limitar um professor por cada estabelecimento do ensino sem o incentivo para recrutamento de novos docentes é praticar a eutanásia social no ensino superior. Parafraseando José Roberto Goldim em Eutanásia, dentro da grande categoria de qualidade de ensino quero focalizar três situações: primeiro, a grande massa de moçambicanos que, por motivos políticos, sociais e econômicos, não chegam se quer de serem estudantes universitários porque não conseguem ingressar no sistema de ensino superior; segundo, os estudantes que conseguem sê-lo, em seguida, tornam-se vítimas da fraca qualidade do ensino e, terceiro, os estudantes que acabam sendo vítimas destes por vários motivos econômicos, científicos ou sociopolíticos, reproduzem as suas deficiências no país todo! A eutanásia social é uma categoria que nos permite levar a sério a maldade prestes a ser implementada pelo Ministério dirigido pelo Professor Nhambiu! 
Sabe bem afirmar um Professor, uma cadeira ou um Professor, uma Universidade. Mas se olharmos para os subsistemas anteriores, digamos, do nível primário, tal já está acontecer e os resultados continuam preocupantes! Um inquérito do Banco Mundial sobre a educação em Moçambique (2015) indica que o país tem o índice mais baixo de competência dos professores incluindo elevados níveis de absentismo. Curiosamente, estes professores faltam às aulas não para lecionarem em outras escolas mas para ficarem em casa cuidando de outros afazeres. 
Curiosamente não ouvi nenhuma reacção do Sindicato de Professores sobre esta medida. E 2016 é já no virar das portas. Ou será mais uma estratégia do silêncio, em que o Ministério toma a medida e todos fazem ouvidos de mercador!? 
A terminar, gostaria de ressaltar dois aspectos: eu não disse que estou a favor de Professores-turbo ou contra eles. Eu, simplesmente afirmei que não devemos confundir correlação e causação. Neste caso vertente, eu disse que o governo ao confundir estes dois conceitos está assumir que a baixa qualidade de ensino superior resulta dos professores-turbo que, não tendo tempo suficiente, acabam faltando para com as suas obrigações não apenas lectivas mas acima de tudo instrutivas. Eu disse que tal não constitui a verdade, até porque a mobilidade constitui uma das características das universidades modernas. O turbo entanto que tal é resultado de contingências sociais e económicas tanto ao nível das instituições como ao da economia. A esmagadora maioria das instituições do ensino superior paga os Professores por cada aula lecionada, esquecendo que ela resulta de (a) investigação e (b) preparação, tempo gasto e não contabilizado. Na África do Sul por exemplo, os Professores universitários gastam mais tempo com (a) preparação das aulas, (b) investigação, (c) correcção de testes, (d) sessões de “coaching 1-0-1”, portanto atendimento personalizado ao estudante e só em quinto lugar (e) lecionação. E em Moçambique, qual é a distribuição do tempo de um docente? Ao pagar o docente universitário pelo tempo gasto na sala de aulas, os industriais estão a pagar apenas um quinto do esforço total! 
A consequência directa desta medida é que haverá mais vagas para Professores MAS tal não significará nem qualidade muito menos exclusividade. Estes encontrarão sempre formas compensatórias do seu magro salário. 
Em segundo lugar, disse que o governo precisa buscar as verdadeiras causas da fraca qualidade do ensino, partindo pelos outros subsistemas de ensino, tal como bem anotou o Professor Narciso Matos em entrevista a STV em 2014. Avançar com esta proibição é populismo. As universidades ou terão que fechas as portas, ou terão que enganar o Estado ou verão a qualidade a baixar ainda mais. Não há tantos professores assim! 
Tornar o Professorado universitário uma profissão prestigiante, competitiva e de competentes é o grande desafio que, querendo, o Professor Nhambiu pode se oferecer.

Notícia original: AIM: A PARTIR 2016/MCTESP APERTA O CERCO AOS PROFESSORES TURBO

31-10-2015 17:55:06



Manhiça (Moçambique), 31 Out (AIM) – Os docentes das diversas instituições de ensino superior…
NOTICIAS.SAPO.MZ
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Comments
Frank White Congrats mano Egidio Vaz..bem dito..palhaçada total..populismo barato..querer mostrar serviço..estamos a espera ver o impacto desta medida ..lol
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Adriano Novela O impacto será seguramente negativo. Não duvide disso. O Ministério tomou essa decisão sem ter um estudo detalhado como fundamentação.
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Boinhana Junior Um dos problemas que acho estarem quase que em grande parte de moçambicanos que ascendem no poder é estarem preocupados em fazer mudanças e muita das vezes antes de fazerem estudos profundos e muito menos ver a realidade. 
Assim como deixou claro o aut
or deste "post", não é importante dizer se a medida anunciada pelo MCTESP é boa ou não, mas sim dizer que 2016 parece muito cedo para implementar, alem de que se não foi distração minha não se provou cientificamente que a causa da baixa qualidade no ensino superior. Se de facto não se trabalhou, não fica bem se trabalhar na base de deduções, sob o risco de se dizer que alguém acordou e disse o que pensa. 
Ora vejamos, ha evidências claras de que a presença física num local não significa necessariamente maior rendimento. 
Não só, o governo que cessou ha meses atras anunciou que para alguém leccionar neste nível, no mínimo deve ter o grau de mestrado. Será que todas universidades moçambicanas, incluindo as privadas, até 2016 ja terao esse efectivo (ou anula - a decisão anterior). 
Esta medida força os docentes e as universidades se organizarem melhor, pois, será necessário ocupar cabalmente mesmo aqueles que têm cadeiras semestrais. 
O outro aspecto é o governo compensar aquilo que os tais "turbos " ganham nos "hot jobs ". Quero acreditar que muitos não fazem esses "up and down" pelo belo prazer, bem gostariam de ter muito tempo para investigar, acompanhar os seus estudantes, ou mesmo descansar, mas têm necessidades que as instituições mãe não conseguem satisfazer. 
Será que o MCTESP não estará a provocar estes profissionais?, pois, para mim é frustrate alguém te ver a numa determinada situação, te criticar, sem antes te ouvir, e, decidir te levar para uma situação bem pior. 
Uma das coisas que infelismente gosto deste país é que aprova-se muitas leis, mas não são implementadas. 
Se bem que isso vai melhor o sistema, avante, mas se for o contrario, ja ouvimos.
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Felisberto Mequissone Shuga Se bem que isso vai melhorar o sistema, avante, mas se for o contrário, já ouvimos.
Parece-me que não temos, neste país, "plano a longo prazo". Consequência disso é o que estamos a ver, cada mandato com suas implementações, que não são acompanhados pelo mandato seguinte...
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Boinhana Junior E mais, ninguém cobra nada. É muito caricato porque até aqui, só se troca as pessoas, mas todas elas defendem o mesmo programa de governação. Caso para questionar mais: o que está errado afinal (as pessoas nomeadas ou os programas do governo)?
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Milton Boane Será que o MCTESP vai, desta vez, preferir abdicar da “gloriosa” massificação do ensino superior? O quê será feito das (muitas) “Universidades” que vivem graças aos “turbos”? Fechar? Pensou-se nisso? Bem, bem, bem, vou esperar 2016!
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Dércio Tsandzana Eis a minha opinião (02.11.15):http://opiniaosociedade.blogspot.com/.../fim-dos...
OPINIAOSOCIEDADE.BLOGSPOT.COM|DE TSANDZANA DERCIO
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Dércio Tsandzana Meu comentário:
É uma convicção que esta medida é oportuna e pode evitar situações daqueles docentes que só se apresentam na sala de aulas por mero capricho, de raspão em algumas vezes do semestre e sem programa da cadeira. Mas, tenho as minhas dúvidas
 que vá funcionar (a partir de 2016) pelas seguintes razões:

1. Neste país a mobilidade de docentes não pode ser vista como problema, pois, o próprio governo incentiva a partilha de conhecimento entre as instituições de ensino;

2. Há exiguidade de docentes especializados para algumas áreas do saber e este não é problema única e exclusivamente dos docentes;

3. Queremos obrigar docentes a darem aulas a partir do nível de Mestrado, enquanto o país forma licenciados aos milhares e mestres as dezenas;

4. Duvido da capacidade organizacional do Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional para monitorar tais docentes do Rovuma - Maputo;

5. A dita extensão do Ensino Superior apenas se baseia em extensão quantitativa e não qualitativa;

6. Como é que queremos tirar docentes do privado enquanto não há incentivos motivacionais no ensino público?.

SUGESTÃO

Que se adie a medida para além de 2016 pelas razões acima mencionadas, dando espaço para um melhor organização do nosso sistema de Ensino Superior.
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Wilson Assumane Estão a começar a construção pela cobertura, esse estudante vem donde? Primeiro deviam trabalhar com o ensino primário, o problema de qualidade vem de lá
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Egidio Vaz Kkkkk
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Buene Boaventura Paulo Parabéns professor pela chamada de atenção. Os nossos bosses ainda não entenderam que qualquer decisão tomada sem prévia pesquisa é uma tolice. Aqui, no Moz, o censo comum te sido a chave mestra para decisões ao mais alto nível. Enfim é o que todos merecemos por culpa própria.
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Telmo Vanexon Concordo plenamente e a título de exemplo tenho a Universidade Federal de Viçosa-Brasil, onde os professores leccionam turmas de mestrado e doutorado à mistura, turmas de graduação, possuem orientados de mestrado e doutorado, são premiados pelo número de projetos desenhados e executados, são prestigiados pelos artigos publicados em revistas científicas internacionais. Alguns professores como o meu por exemplo, chegam a ter 12 orientandos (5 mestrandos, 3 doutorandos, 2 pos-doutorandos, 2 de iniciação científica) dos quais ele deve revisar os trabalhos de dissertação e teses para além dos artigos que somos obrigados a publicar. Mesmo assim, apesar da qualidade de ensino não ser excelente é muito boa. Toda esta actividade é exercida dentro da mesma universidade, excepto á dos projetos, mas o trabalho é mais intenso do que qualquer professor-turbo em moçambique que possui 8, 10 ou 12 turmas divididas pela metade em 2 instituições. Caro Egidio Vaz, para além da noção de causa e efeito que faltou nesta medida, faltou também a noção de sustentabilidade. Será que existe alguém nesse país que acha que depois dessa medida a qualidade de ensino vai melhorar? Dúvido.
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Costume Sampaio So fala quem sabe.nao pensam em aumentar os orçamentos das instituições superiores,nao pensam em apetrechar as bibliotecas com material abaltura,nao pensam em salario do docente....mas pensam em evitar q o docente aumente seu salario
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Manuel Armando Maleve Esta medida pode ter outras razões, como que é possivel um problema da base ter soluções no topo? O problema da qualidade do ensino começa no ensino primário, pelo que eu saiba a cabeça de uma pessoa concerta-se atraves na massagem nos primeiros dias de dia e não quando já é crescido e preste a casar. Temos que investir mais na qualidade do ensino apartir da base(ensino primario), atraves de boas infra-estrutruras,Professores bem motivados, dai que podemos exigir a qualidade do ensino que tanto almejamos. Caso contrario estariamos a tomar Quarten para dores de barriga. Um problema terá a solução se houver a honestidade de reconhecer a existência do mesmo.
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Adriano Biza Minha hipótese: sobre o manto/pretexto da “qualidade”(razão explícita) está (senão também) em jogo a implementação de um dos paradigmas mais estruturantes da acção governativa desde que existimos como país independente. A equação é: “Limitar+Controlar/Vigiar+Punir”. Na prática tu deixas as pessoas sentadas em cima da lámina dolorosa da vida e ficas o “gate keeper”ou “facilitador”do acesso a rendas extras dos docentes e assim se reproduz o sistema. Já lhes lemos há mwito mas mwito tempo...
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Dulce Pereira Foucault
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Domingos Dimande Ilustre, Dr, parabens pelo post..acho que esta medida e' nos imposta por aqueles que nos dao 'mola' porque do contra'rio nao percebo pq ministerio com quadros competentes optaria por uma decisao destas!
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Alberto Mussana Atacaram de novo o elo mais fraco. Assim todos ficaremos miseria.
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Tony Ciprix Egidio Vaz, o poder absoluto corrompe a capacidade analítica de mentes brilhantes. O Prof. Nhambiu perdeu a oportunidade para dizer algo com sentido. Vc falou da proletrarizacao da profissao docente num contexto da mercadorizacao do Ensino. Quantos dirigentes nao sao sócios deste negócio rentável? Estao preocupados com a real valorizacao da profissao docente? Estao preocupados com a precarizacao da profissao docente ou apenas com os lucros? Parece que o Ministro Nhambiu foi-lhe aplicada uma anestesia analítica.
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João Guilherme A memos que qualquer um possa dar aulas na universidade, algumas simplesmente mão terão professores com esta medida.
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Joel Araújo Bofana Esse Nhambiu também era turbo, só porque virou ministro a ganhar bom salario, mordomias e roubo de fundos, quer impedir os colegas de batalharem a vida, dando aulas em mais de uma universidade! Que pouca vergonha senhor ministro.
Gosto217 h
Domus Oikos Temos dirigentes incompetentes. Não sei como chegaram ao poder. Ele mesmo foi docente teria percebido que a baixa qualidade do ensino no país tem muitas causas.
Gosto17 h
Tony Paulo Caro Egidio fazes Uma boa analise aqui mas algo falta para complementar os exemplos que trazes dos outros países. Os rendimentos dos professores universitários nao provem somente dos salários, existem sim outros incentivos por estarem Associados as universidades porque Podem aceder a financiamentos para investigacao e ate trabalhos de consultoria. Portanto o cenário que Se observa em Mocambique e que is professores Se submetem a esse cenário "Turbo" porque querem no final Das contas melhorar os seus rendimentos mensais. E consequentemente nao ha qualidade no serviço que prestam. Porque i tempo que devia ser aloucado para obter informação e preparar as lições e somente negligenciado, obrigando o a usar material que esta "Out Of date".
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Otilio Beijo Ainda vai esquentar. Muitos docentes de meia tijela vao comer no lixo. E' hora de lamber a bota!kkk
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Eduardo F. Buanaissa Grande Egidio Vaz, com alta capacidade de análise e intepretação da situação do professor. Pena é que poucos conhecem a verdadeira causa das fraquezas educacionais nacionais! Com esta medida que se espera, preve-se uma maior pauperização do sistema de ensino superior! Eu sei o que estou a dizer: conversei com colegas...! As greves silenciosas...! Se quizerem, de facto, um ensino superior de qualidade no país, por favor, reorganizem este subsistema, e adscrito a isso: tripliquem o sálario do professor! Caso contrário, estarão a escrever no ar...
Gosto114 h
Raul Cumbe Parabéns Egidio pelo post. Gostaria que as nossas análises fossem centradas na interação professor-aluno. E será que a mobilidade do professor afeta está interação e de que maneira. Se sim que aspetos deveriam ser tomados em consideração pra que seja alcançada a qualidade almejada. 

Um dos aspetos que também merece reflexão pra melhor qualidade do ensino superior é a cultura de publicação de artigos científicos em revistas Pre selecionadas. Há professores que tem dificuldades de orientar uma monografia justamente porque não cultiva o conhecimento a partir de exigências determinadas.

Por favor vamos ajudar o ministério a encontrar as melhores maneiras de abordar o assunto pra o bem de todos nós quanto uma sociedade onde o professor tem um papel chave.

Saudações
Gosto213 h
Abacar Muinia Meus caros! Na verdade é surpreendente a tomada de medidas como essa, sem atacar a raiz do problema. Vários factores concorrem para a fraca qualidade de ensino, que o Ministério ficou "cego" e não levou em conta. Quais os incentivos para o professor? Houve aumento do salário em função do custo de vida? Há melhoria das condições de trabalho do professor para melhor aprendizagem dos alunos?Lamento com esta medida tomada sem a devida reflexão e estudo de viabilidade. O PROFESSOR, COMO QUALQUER PROFISSIONAL, COMPARA ENTRE AQUILO QUE OFERECE/Input (ESFORÇO, NÍVEL ACADÉMICO) E AQUILO QUE RECEBE (RETORNO)/Output. NO NOSSO CASO, ESSA COMPARAÇÃO RESULTA EM UMA INIQUIDADE (DESEQUILÍBRIO). Daí que enquanto os esforços do professor e nível académico do professor não forem devidamente valorizados ou recompensados, jamais se pode alcançar a qualidade de ensino desejada.
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Gulumba D. Mutemba Um aluno que sai automaticamente do ensino primário para secundário,sai automaticamente da secundária para terciária,o que se pode esperar? fraca qualidade/má qualidade. Agora onde é que entram os turbos professores? Esses governantes ainda não querem qualidade do ensino em Moz,no dia em que vão querer,irão começar da base,por eliminar as passagens automáticas.
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Cremildo Bahule Aqui não temos (a) por isso somos medíocres.
Gosto6 h

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