UMA VEZ MAIS PARABÉNS
Por mim, depois dos atentados de Zimpinga, Amatongas em 2015 e satungira em 2013, aliado à "rendição" do PR, só posso concluir o seguinte:
1. As notícias que lemos aqui no Facebook sobre recrudescimento do conflito armado, e o perecimento em massa das nossas FDS, são verdadeiras. O exército está fragilizado e o moral entre os militares, sumiu.
2. A Renamo é um verdadeiro cancro para os nossos dirigentes no geral e o partido no poder em particular, que tudo tentaram para menosprezar a legitimidade e capacidade técnico-combativa dos seus guerrilheiros da Renamo e seu líder.
3. O PR e o partido no poder saíram enfraquecidos no meio disso tudo, e revelaram que o braço armado da Renamo é forte, e difícil de vence - lo pela via militar. Uma vez mais parabéns cota Nyussy.
4. Que não se pode torpederar a vontade do povo expressa nas urnas, razão pela qual as quando as nossas FDS visitam certa zona para o desarmamento coercivo, é a própria população que denuncia aos guerrilheiros que recebemos hóspedes, estão hospedados no local x, o que de certa forma inviabiliza as pretendidas ofensivas.
5. Que o lider da Renamo realizará o seu sonho de governar as províncias centro e norte do País, porque isso reflecte a vontade daquelas populações.
6. Precisamos de eleições antecipadas, livres, justas e transparentes para pelo menos daqui a um ano.
7. Alguns conotar-me-ão com este ou aquele partido político, mas uma coisa é certa, em Moçambique, quem pensa com lucidez é automaticamente da oposição, e assim pensa o meu irmão Julião João Cumbane.
Pelo sim, pelo não, uma vez mais, parabéns cota Nyussy
“Iremos instruir as Forças de Defesa e Segurança, o nosso Director Nacional, para ponderarem o processo em curso de desarmamento compulsivo, repito, no espírito da concórdia e da reconciliação e da tolerância de modo a permitir para que a sociedade se reencontre e consigamos estabelecer ou restabelecer o diálogo que todos os moçambicanos esperam.
Para melhor entendimento as palavras de Filipe Nyusi em 20.11.2015
“Iremos instruir as Forças de Defesa e Segurança, o nosso Director Nacional, para ponderarem o processo em curso de desarmamento compulsivo, repito, no espírito da concórdia e da reconciliação e da tolerância de modo a permitir para que a sociedade se reencontre e consigamos estabelecer ou restabelecer o diálogo que todos os moçambicanos esperam.
Afirmo que estou pronto para falar com qualquer pessoa que seja, incluindo a liderança do Partido Renamo, que já temos estado a conversar, para podermos encontrar soluções para o sossego dos moçambicanos.
Repito, instruímos as Forças de Defesa e Segurança, conscientes de que não precisam de nenhuma outra ordem, porque quando juram bandeira, quando iniciam uma missão, uma fase, recebem a missão atribuída pela Constituição da República, que é de proteger este país. Mas digo, usamos este pódio, para instruir a ponderação do desarmamento compulsivo e permitir para que todos voluntariamente entregar aquilo que acham que não devam possuir, mas sobretudo, para nos permitir que possamos trabalhar e dialogar. Isso no espírito da confiança e da vontade mútua.”
NOTA: Que cada um interprete.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Comments
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José Carlos Cruz said...
Não subestimemos Dhlakama e Renamo. Ninguém na Renamo mostrou sinais de relaxamento da sua atenção devido ao discurso de Nyusi ou qualquer outro.
Para a Renamo o governo da Frelimo já devia ter caído como fruta podre há muito, muito tempo. Não cai porque está a ser sustentado pela União Europeia e FMI. Estas instituições vão dar ao governo da Frelimo 300 milhões de usd até ao fim do ano e mais 700 milhões a seguir. Para que a Frelimo se aguente no poder. Para que a Renamo não tome o poder.
Portanto, para a Renamo o pior adversário é, como sempre foi, a comunidade internacional. Dizem eles, cinicamente, que é melhor ter-se um regime corrupto a governar, porque facilita negócios, enquanto que uma oposição forte garante a fiscalização do dinheiro.
Dhlakama e Renamo serão péssimos governantes, de acordo com os europeus, porque são demasiado puritanos. Dhlakama nunca foi apanhado em qualquer negócio ilícito. Os dinheiros que a Renamo recebe do Estado são religiosamente justificados ao Ministério das Finanças, como manda a lei. Ninguém consegue apontar um dedo à Renamo ou Dhlakama. Mau para o negócio, concluem os europeus.
A aposta no partido de oposição forte, a partir de 2008, foi o MDM, graças a um relatório altamente tendencioso da Chatam House, que "mostrou" que Dhlakama e Renamo estavam políticamente em vias de extinção. Este relatório já está a ser alvo de críticas azedas por parte dos académicos que estudam Moçambique. É evidente que se sustenta em informações falsas e tendenciosas.
Hoje a comunidade internacional está a ganhar consciência do enorme erro que cometeu. O MDM de Daviz Simango é igual ou pior que a Frelimo em corrupção e não pode ser o tal que vai fiscalizar os investimentos estrangeiros. A Renamo poderia servir para este efeito, mas é demasiado forte e está em vias de tomar o poder. Quem vai depois fiscalizar os investimentos estrangeiros? A Frelimo? MDM?
Eis portanto a questão. A Renamo, tomando o poder, certamente que também se vai corromper. Isto é inevitável. A indecisão sobre o futuro de Moçambique vem da certeza da incapacidade dos moçambicanos saírem da miséria e passarem a pensar num desenvolvimento sustentável.
A experiência de governação da Frelimo, a nível global no País, e do MDM em casos particulares, mostram qual a tendência dos moçambicanos em matéria de gestão dos seus recursos. A tendência é a pilhagem. Um homem com fome quer comer tudo o que encontra. E para os europeus, a Renamo é o homem com fome que está a aproximar-se da mesa.
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Francisco Moises said...
Os da Tv controlada pelo estado da Frelimo correram logo para dizer que o Nyusi tinha dito que estava pronto para dialogar com Afonso Dhlakama. Mas Nyusi nao mencionou Afonso Dhlakama, mas sim falou de LIDERANCAS da Renamo, coisa que ele so pode explicar nasua intencao de dividir a Renamo. E nem de facto, disse que a Frelimo nao se envolveria mais neste seu inutil exercicio de desarmar a Renamo quando diz que as suas forcas devim PONDERAR sobre o facto.
A linguagem do Nyusi esta cheia de ambiguidades, duplos significados, manhas, artemanhas e ciladas que podem so aldrabar Afonso Dhlakama e os homens da Renamo que comem com ela em Maputo, mas nao os que estao nas matas.
