quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Reconhecemos que é um > caminho difícil mas é estes que escolhemos: Jerónimo Malagueta, 19 de Junho > de 2013


 Orador: Brigadeiro
> Jerónimo Malagueta
> Funções: Chefe
> do Departamento de Informação
> Data: 19 de Junho
> de 2013
> Prezados e estimados
> jornalistas, parceiros inestimáveis da nossa acção
> política, convidámo-los para vos alertar que o país está
> doente.
> O nosso Moçambique está
> enfermo pelos maus tratos infligidos pelo partido FRELIMO e
> seus dirigentes que adoptam políticas de exclusão
> económica, política e social, o que descamba num
> descontentamento generalizado, fragmentando-o, por
> consequência.
> O país caminha
> vertiginosamente para o abismo, com sinais apocalípticos
> que urge ser travado para evitarmos uma hecatombe. A RENAMO,
> precursor da democracia multipartidária, sente-se na
> obrigação de se posicionar na linha da frente para salvar
> o país. Os pronunciamentos dissonantes da nomenclatura do
> partido no poder aliados a algumas acções práticas no
> terreno convocam a RENAMO para pôr travão aos camaradas
> que perderam o norte e pretendem arrastar o país para o
> abismo. 
>             Negócios inconfessáveis, desde
> o tráfico de drogas, tráfico de armas, tráfico de
> madeiras, de órgãos humanos, de menores, de pescados
> marinhos, entre outros, passaram para dicionário activo dos
> dirigentes deste país. Por via desses negócios obscuros os
> moçambicanos começam a ficar directamente afectados. Os
> acontecimentos de Savane, ou por outra, o ataque ao paiol de
> Savane não tem nada a ver com as forcas de defesa e
> segurança da RENAMO. O Governo e o partido no poder sabem
> muito bem disso; sabem quem foram os atacantes, porém, para
> enganarem a comunidade moçambicana e internacional aparecem
> a balbuciar de forma dissonante e sempre com a RENAMO na
> ponta da língua. Sua Excelência General Afonso Macacho
> Marceta Dhlakama já o disse repetidas vezes que a RENAMO
> não é dona da guerra em Moçambique. O descontentamento
> generalizado causado pela exclusão pode fazer
>  surgir outros moçambicanos a recorrerem ao uso das armas
> para desalojar este governo que descrimina os moçambicanos,
> criando uma oligarquia que se torna opulenta a olhos vistos
> em contraposição com a maioria dos moçambicanos. O ataque
> ao paiol de Savane é o espelho clarividente das
> contradições que existem no seio do partido FRELIMO, que
> dia após dia se torna mais visíveis. A RENAMO quando
> atacou o quartel da FIR em Muxúngue assumiu e elencou as
> motivações que originaram tal acção.
> Os moçambicanos não devem
> perder de vista a crise instalada no seio do partido no
> poder que lança faúlhas para fora do fórum partidário.
> Basta prestar atenção à forma como quadros históricos do
> partido no poder foram avacalhados no Congresso,
> praticamente silenciados e amordaçados. De algum lado
> teriam que reagir...o País não está bem, o país vai de
> mal a pior. Quando o chefe do Estado Maior General das
> Forças de Defesa do país e o seu ADC são desarmados em
> plena capital do país, e suas armas bem como o computador
> onde se presume existirem informações importantes para a
> defesa e segurança do país, desaparecem, é porque o
> governo está moribundo. Savane não é o primeiro paiol a
> ser assaltado. Nos outros assaltos a estratégia foi
> silenciosa, daí que parece ser este o primeiro...
> Mesmo assim, e porque a
> RENAMO constata no terreno movimentos belicistas na
> província de Sofala, tudo apontado para Sathundjira, onde
> se encontra o Presidente Afonso Dhlakama, a segurança da
> RENAMO vai ampliar o seu raio de defesa. A partir da
> Quinta-feira, 20 de Junho de 2013 o raio de segurança vai
> partir do Rio Save até Muxúngue.
> Nesta área as forças da
> RENAMO VÃO SE POSICIONAR PARA IMPEDIR A CIRCULAÇÃO DE
> viaturas transportando pessoas e bens, porque o governo usa
> essas viaturas para transportar armamento e militares à
> paisana, para se concentrarem nas proximidades de
> Sathundjira para o ataque ao presidente da RENAMO. Ontem
> Terça-feira partiram de Maputo, mais de 35 camiões
> militares e 5 autocarros transportando elementos das Forças
> Armadas e de Intervenção Rápida, bem como material de
> guerra com destino a Gorongosa, Maríngue e Inhaminga com o
> fim de atacar as Forças da RENAMO. Parte desse material foi
> descarregado na noite da última Sexta-feira no porto de
> Maputo.
> A RENAMO e o seu
> Presidente, estão informados que o Comandante em Chefe das
> Forças de Defesa e Segurança, o Senhor Armando Guebuza
> ordenou uma ofensiva militar nas zonas de Maríngue e
> Inhaminga para atacar as Forças de protecção do Partido
> RENAMO naqueles distritos.
> Paralelamente aos ataques,
> ordenou também o aumento dos efectivos militares que cercam
> o distrito de Gorongosa, em especial o local onde se
> encontra o Presidente do Partido. Prova disso é a chegada
> de mais forças especializadas, como Comandos na pista
> Kangalitole, a famosa Casa Banana e Posto de Vanduzi,
> distrito de Gorongosa. Para confirmar estas nossas
> declarações, encontram-se neste momento em Sofala, para
> além do Tenente General Macaringue, Chefe do Estado Maior
> General das (FADM) Forças Armadas de Defesa de Moçambique
> o Comandante do Exército, Major General Mussa e outras
> patentes superiores para orientarem a ofensiva.
> A RENAMO, vai igualmente
> paralisar a movimentação dos comboios na linha férrea de
> Beira-Moatize e Beira-Marromeu; Interditar todos os
> movimentos da Força de Intervenção Rápida (FIR) nas
> proximidades da residência de Sua Excelência Senhor
> Presidente Dhlakama em Sathundjira- Gorongosa.
> A RENAMO chegou à
> conclusão que atacar quartéis da FIR não resolve o
> problema, pois, não são os filhos nem parentes dos
> dirigentes da FRELIMO que morrem. Os seus filhos estão à
> frente das grandes empresas e ou a estudarem no estrangeiro.
> Os jovens da FIR que morrem nesses combates são inocentes,
> seus familiares nem são informados, muito menos
> indemnizados. São pais que ficam sem seus filhos, esposas,
> namoradas, que ficam sem os seus parceiros, crianças que
> perdem seus pais e por consequência perdem o futuro, enfim,
> são mortes injustificáveis, indesejáveis,
> desnecessárias, despropositadas, em plena paz. Assim, o que
> será feito a partir da Quinta-feira, dia 20 de Junho de
> 2013, serão acções para fragilizar a logística dos que
> fazem sofrer os moçambicanos, sujeitando-os à escravatura.
> A morte de um jovem da FIR para o governo não representa
> absolutamente nada, pois, em seguida recruta mais 100 para
>  os mandar para o campo da guerra sem nenhuma preparação
> militar adequada. Assim, a RENAMO não pretende eleger os
> jovens militares ou para - militares como seus alvos, até
> porque não queremos guerra, o que queremos é um país de
> inclusão em todas as esferas da vida no nosso país. Chega
> de hipocrisias do governo. Aceitamos tudo para o bem dos
> moçambicanos. Apelamos a todos os utentes da estrada
> nacional número 1 troço Save/ Muxúngue para se absterem
> de usá-lo a partir da Quinta-feira, 20 de Junho de
> 2013.
> Amamos a paz, somos pela
> paz, lamentamos chegarmos a estas posições extremas,
> porém o governo não nos dá outra opção. A ambição,
> arrogância, prepotência do Guebuza e dos seus camaradas,
> exigem que a RENAMO aceite arcar sacrifícios para o bem dos
> moçambicanos.
> Reconhecemos que é um
> caminho difícil mas é estes que escolhemos porque só este
> é que pode dar tranquilidade aos moçambicanos.
> Continuaremos a privilegiar
> uma solução negociada, mas não como mendigos porque o que
> exigimos é transparência na gestão da coisa pública, do
> bem comum e de processos eleitorais livres, justos e
> transparentes.
> Temos dito e muito
> obrigado

Sem comentários: