terça-feira, 13 de outubro de 2015

Carta ao Venerado General dos Generais de 4 Estrelas


Os 40 anos que passam desde que Moçambique conheceu um novo Colonizador (Frelimo), desde a expulsão do outro Colonizador (Português), que o Povo tem testemunhado atos macabros, hediondos e desumanos, perpetrados por um Regime de Comunistas, Ladrões, Corruptos, Assassinos, Ditatadores, Bandidos, Opressores e Saqueadores, serviram apenas para fortalecer e fortificar, e sobre tudo translucidar que, Libertar alguém não é tirá-lo duma prisão para a outra, pois é se estar preso na mesma. E foi exatamente o que a Frelimo fez, tirou o nosso destino das mãos do Colono Português para que eles mesmos colonizassem-nos.

Sabemos que, Libertar a Pátria era um Imperativo, esboçado por Mondlane e materializado por Samora. Mas sabemos também que esse mesmo Imperativo serviu para camuflar interesses e objectivos de vários ( falsos combatentes) pela Liberdade. Pois, muitos só entraram para a Luta de Libertação apenas por Ambição e Ganância individuais pela Herança que deixasse o Colono.

General, tal como muitos tantos Moçambicanos, movidos pela causa de Libertar a Pátria, combateste nas mesmas fileiras que este Regime (Frelimo), mas que - pois antes tarde que nunca - ao aperceber-se que o objectivo primordial da Luta de Libertação perdeu-se pela Ambição e Ganância dos Camaradas, abandonaste-os, e juntaste-te a um Grupo (Renamo) que as causas de Luta assemelhavam-se as suas.

Foste combatido enquanto combatias, mas que até reverteste o sentido da Guerra ao teu Favor, e tinhas a Vitória nas mãos, ou seja, a Luta pela Democracia e Igualdade cultural, social e económica estavam triufando. 
Foste tolo General, mas não culpo-te a ti, pois, é justo e honesto o homem que é fiel aos seus princípios. E os seus princípios não são necessariamente conseguir o que se quer (Democracia) passando por tudo e todos sem medir custos. Pelo que, mesmo tendo encostado a Frelimo às cordas em 1991, cedeste, e disponibilizaste-te imediatamente para o Diálogo e consequente assinatura do acordo de Roma, (a Frelimo riu-se de ti pelas costas, pois, achou que conseguiu aldrabar-te).

Foram várias sessões de Circo (chamado Eleições) montadas pela própria Frelimo para manter-se no poder, roubando votos em algumas Urnas e enchendo noutras Urnas.

Sempre soubeste conter-te, apenas manisfentando a sua Frustração passificamente, mesmo tendo armas e homens suficiente para eclodir uma Guerra. Até que um trio formado por gatunos de nome Armando (chefe da Quadrilha chamada EMATUM), Filipe (chefe da ala militar) e Manuel (tesoureiro), decidiu atacar-te no teu aconchego (Satunjira). Mas os teus conhecimentos pela Guerrilha e a Lealidade dos teus homens impuseram-se a todos e tudo. Retiraste-te (para parte Incerta), até os resultados no Campo de batalha não era favoráveis a Cúpula, e acabaram cedendo as reclamações.

Voltaste a Maputo para a assinatura de mais um Acordo (Cessassão das hostilidade e emenda do Pacote Eleitoral). Mais uma Vitória.

Como era de se esperar que, - pois em Moçambique não há Imprensa, mas sim Empresas que forjam Informação a bem do Regime - as Simulações dos resultados dos Votos não fossem-te favoráveis, visto que espera-se um Empate entre o Engenheiro Filipe (Fraudelimo) e o Engenheiro Daviz (MDM), e consequentemente uma segunda volta.

Pois bem, o Povo acordou e disse basta de sofrimento, e no dia da Votação, assinalou no Boletim de Voto, X em Dhlakama e na Renamo.

E quando a Frelimo apercebeu-se que aquelas Eleições estavam perdidas - avaliando também pela afluênçia massiva do Povo na Campanha da Renamo -, decidiu mexer os pausinhos ( enchendo Urnas por Votos Fantasmas e antes da Votação, e para piorar, sumindo com os Editais).

Isso foi um Escalabro e Roubo a luz do dia, que não só manchou o Escrutínio, assim como também tirou crédito aos resultados, o que obrigava a anulação do processo imediatamente e marcação de outras Eleições. Mas com esquemas atrás de esquemas montados para acobertar o Roubo, desde o STAE, CNE até o CC, validou-se um Escrutínio irregular.

Mas porque o Povo sabia em quem votou, e que acreditava que é desta que saisse da Ditadura, manteve-se sempre fiel a ti, enchendo sempre os teus Comícios, (o que incomodava os Camaradas).

Eis que os seus planos Macabros entram em prática. Emboscada atrás de Emboscada. Mas porque tú, militar que és, e General por mérito, e cercado por Guerrilheiros competentes, saiste sempre ileso. Falharam. E nem depois de sucessivas investidas dos Paus-mandados da FIR /UIR/FDS conseguiram ter sucesso, aliás, sempre foram repelidos e sofreram derrotas que causaram baixas e perdas, o que causou até um mau estar entre si, pelo que viram-se forçados a alugar Mercenários, mas que de nada valeu-lhes isso tudo.

Agora, sinicamente, querem dialogar, com quem atentaram e tentaram matar, tal como os outros defensores do Povo, desde Cardoso a Cistac.

General, não se negoceia com um Bandido duas vezes. Deixaste o Pássaro voar, durante os 16 anos que tiveste a oportunidade de lançá-los (os Mercenários) ao Mar, mas o mesmo Pássaro voltou e queres deixá-lo voar novamente?

Se não queres governar por ti, fá-lo pelo Povo que sofreu 40 anos sem dó, misercórdia nem piedade da Fraudelimo.

Marque a data, local e hora, que estaremos lá. Faremos um cordão Humano, apenas para ouvir-te dizer:
Moçambicanos e Moçambicanas, Operários e Camponeses, Povo Moçambicano. Eu, General Afonso Macacho Marceta Dhlakama, em vosso nome, (às X horas de desse dia), Proclamo solenemente, a Independência total e completa de Moçambique, e a sua Constituição em República Independente e Autónoma de Moçambique. Obrigado a todos.


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