ÁFRICA DO SUL:
Escrito por Redacção
Avalie este Item
(1 Voto)
DOIS cidadãos moçambicanos perderam a vida na manhã de ontem em actos de xenofobia que se registam na região de Durban, na África do Sul.
A informação, veiculada pela Rádio Moçambique, foi confirmada pelo Consulado-Geral de Moçambique em Durban, que acrescentou que a situação é o corolário do agravamento dos ataques xenófobos por parte de cidadãos sul-africanos contra estrangeiros, em particular moçambicanos.
Neste momento 500 cidadãos estrangeiros, com os moçambicanos em maior número, estão recolhidos num centro de acolhimento reservado a cidadãos estrangeiros vítimas de violência xenófoba.
Entretanto, o Governo da África do Sul anunciou que irá ajudar a todos os cidadãos estrangeiros expulsos das suas casas no âmbito da violência xenófoba, uma semana depois de ataques e saques aos seus estabelecimentos comerciais, próximo da cidade de Durban.
O Ministro sul-africano dos Assuntos Internos, Malusi Gigaba, fez esta promessa ao visitar as vítimas alojadas em tendas num campo desportivo na região de Isipingo, o epicentro deste levantamento. O Governo, segundo anunciou, poderá apoiar as vítimas a regressarem aos seus países de origem, se esse for o desejo delas.
Os ataques e saques a estabelecimentos comerciais de cidadãos estrangeiros em Isipingo aconteceram dias depois de o rei zulu Goodwill Zwelithini, o líder tradicional mais importante na província de KwaZulu-Natal, ter dito que os imigrantes devem “fazer as malas e deixar” a África do Sul.
A violência contra cidadãos estrangeiros na África do Sul conheceu o seu ponto mais alto em 2008, com a morte de sessenta e duas pessoas. Ainda assim a violência continua a registar-se de forma esporádica em bairros suburbanos, principalmente contra cidadãos somalis, bengalis, etíopes e congoleses.
MAIS DE 800 REPATRIADOS NA PÁSCOA
UM total de 848 imigrantes ilegais moçambicanos terá sido deportado da vizinha África do Sul para Moçambique no fim-de-semana passado, em que o mundo celebrava a Páscoa.
Segundo dados revelados pelo Departamento sul-africano dos Assuntos Internos, confirmados pelo nosso Ministério do Interior, os ilegais em causa foram presos e deportados após tentar atravessar de forma ilegal a fronteira de Lebombo, do lado da África do Sul, na fronteira com o nosso país a partir da província de Maputo. Os ilegais foram todos eles detidos na operação da Polícia sul-africana, que tinha como objectivo combater a entrada de imigrantes ilegais, isto do lado fronteiriço moçambicano.
Na senda desta operação, a RAS voltou a declarar o seu empenho em travar a entrada de moçambicanos ilegais no seu território. Por isso, segundo reiteram as autoridades policiais sul-africanas, qualquer moçambicano que for encontrado a pretender entrar sem documentos será preso e deportado.
Entretanto, fonte do Ministério do Interior moçambicano voltou a pedir a atenção dos nacionais para que se preocupem em obter a documentação oficial de viagens, isto tendo em conta que as medidas impostas pelo Governo sul-africano são rígidas e não facilitam a entrada, muito menos a estada naquele país de cidadãos em situação ilegal. Por outro lado, lembrou que a partir do dia 25 de Novembro deste ano deixam de estar em circulação o Passaporte e o Certificado de Salvo Conduto manuais, devendo os viajantes tratar documentos biométricos.
Actualmente o Certificado de Emergência moçambicano só é aceite na RAS no caso de o prazo de validade não for superior a um dia, isto é, para questões meramente de emergência. Este documento, com o prazo de validade de três anos, vinha sendo usado de forma abusiva por alguns compatriotas para viagens demoradas, o que não agradou a contraparte.
Para muitos a opção do uso do Certificado de Emergência deriva do facto de ser barato (117,00 meticais), comparativamente ao Passaporte Biométrico, que custa aproximadamente 2800,00 meticais.
Sem comentários:
Enviar um comentário